terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Cartas secretas de Bento XVI viram livro sobre Vaticano



Obra revela posição da entidade sobre políticos, intrigas e escândalos sexuais

No Vaticano, Papa Bento XVI realiza missa da Sexta-Feira Santa, na Basílica de São Pedro (Vicenzo Pinto/AFP)
Cartas confidenciais do papa Bento XVI sobre temas polêmicos, como as intrigas da Igreja e os escândalos sexuais do padre mexicano Marcial Maciel, estão sendo publicadas num livro não autorizado pelo Vaticano.
Um resumo de Sua Santidade, Cartas Secretas do Papa, escrito por Gianluigi Nuzzi - autor do best-seller Vaticano SA, sobre as finanças da Santa Sé - foi publicado nesta sexta-feira pelo jornal Il Corriere della Sera. A obra estará à venda a partir de sábado em toda a Itália.
Política - Baseado em cartas confidenciais destinadas ao papa Bento XVI e ao seu secretário pessoal, Georg Gaenswein, o livro descreve manobras e confabulações dentro do Vaticano e inclui relatórios internos enviados para o Papa sobre políticos italianos como Silvio Berlusconi e o presidente da República Giorgio Napolitano.
Também relata os confrontos com a chanceler alemã Angela Merkel sobre aqueles que negam o Holocausto, e as confissões do secretário do fundador da Congregação Mexicana Legionários de Cristo, Marcial Maciel, acusado de abusar de crianças e de ter uma vida dupla com duas esposas e filhos. 
O livro traz também diretrizes específicas para tratar de questões com o estado italiano por ocasião da visita presidencial em 2009. "Devemos evitar qualquer equivalência entre a família fundada sobre o matrimônio e outros tipos de uniões", diz o texto.
Acesso - Nuzzi teve acesso, possivelmente por meio de funcionários da Secretaria de Estado, a centenas de documentos, incluindo alguns que levam o selo "Reservado", que foram elaborados pelo mesmo secretariado. 
O jornal italiano Libero também publicou comentários sobre o livro. Nuzzi chegou a comentar sobre o difícil ano vivido com os "corvos" do Vaticano, que lhe passaram os documentos entre "silêncios, longas esperas e precauções maníacas".
O jornalista confessou que não manteve mais contato com esse "grupo informal" de informantes desde que o Papa nomeou uma comissão de inquérito, em março passado, para investigar os vazamentos, conhecidos como "Vatileaks".
(Com agência AFP)
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/

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