quinta-feira, 24 de maio de 2018

“Mas até mesmo os cachorrinhos comem às migalhas que caem debaixo da mesa dos seus donos”.


Imagine-se vocês no meio dos judeus que já por costume não aceitava uma mulher no meio deles, e agora tomando à palavra para falar? Seria o cúmulo!
Agora pense que essa geração além de ter constituído normas, e saber sobre proibição de carnes imundas, saber de comer no chão das migalhas que caem da mesa? Um absurdo!

É comum para um judeu não consumir nada impuro e principalmente carne de porco: “Não comam carne de porco. Para vocês os porcos são impuros porque tem o casco dividido, mas não ruminam. Não comam nenhum desses animais, nem toquem neles quando estiverem mortos”. (Deuteronômio 14.8).

Se já era costume não comer das carnes imundas, o que dizer daquilo que caia da mesa? Seria como ignorar uma tradição por completa e poderiam pensar que estaria afrontando à Deus.

Lembre-se do caso das acusações dos fariseus quando ao ver os discípulos comendo sem lavar às mãos. “Eles viram que alguns dos discípulos dele [Jesus] estavam comendo com as mãos impuras, quer dizer, não tinham lavado as mãos como os fariseus mandavam o povo fazer... – Por que é que os seus discípulos não obedecem aos ensinamentos dos antigos e comem sem lavar as mãos?”. (Marcos 7.2 - 5).

Não estamos defendendo em não lavar as mãos, mas sobre o paradigma que era adotado na época como era tratado a sociedade que não obedecesse aos “valores” que uma geração impunha como habito.

Estamos agora diante de um “pecado grave”, o de comer embaixo de uma mesa, pois segundo uma religião (dos fariseus), não se podia nem comer sem lavar as mãos, imagine comer no chão? O cúmulo da aceitação!

Sim, meus caros, o cúmulo se faz presente aonde Jesus Cristo se apresenta.

O cúmulo é tentar compreender que uma mulher se dispôs em ir ao encontro de um homem, pois como sabemos uma mulher era como um resto, e o que dizer, de uma cananeia? Ora, seria um cúmulo uma estrangeira vir ao encontro de um mestre? Sim, um cúmulo.

Mas como bem tratamos, o cúmulo agora se faz presente, se faz, em precisão, e quer resolver seus problemas, pois para isso, não deixaria de ser o próprio cúmulo.

Não bastava chegar perto para ter um encontro com Jesus, contudo, gritar: “- Senhor, Filho de Davi, tenha pena de mim! A minha filha está horrivelmente dominada por um demônio!” (Mateus 15.22).

Você já se viu em uma situação de desespero? Você já presenciou uma mãe ou pai perdendo seu filho, o que eles são capazes de fazer? Pois é, meus caros, realmente é onde o cúmulo aparece.

Vemos uma mulher rejeitada pela sociedade só por ser mulher, e agora estrangeira? Pior ainda!

Era de tradição, isto é, proibido, que não se podia casar com uma mulher de Canaã, pois além de serem pertencentes de outros povos, ainda tinha como adoração, deuses pagãos, feitos de esculturas, imagens, gessos e pedras.

Leiamos: “Jure pelo Senhor, o Deus do céu e da terra, que você não deixará que o meu filho Isaque case com NENHUMA MULHER DESTE PAÍS DE CANAÃ onde estou morando”. (Gênesis 24.3).

O texto não deixa claro sobre o porquê, mas quando estudamos sobre o país compreendemos o motivo da não aceitação dessa união, visto não adoravam o Deus verdadeiro, e, portanto, da sua proibição.

Para os judeus discípulos ou não, o que importava era que somente os homens pudessem se aproximar de seu mestre. E agora uma mulher, seria o improvável, isto é, o impossível por causa da tradição.

Mas como bem tratado, Jesus quebra à lógica, mesmo num primeiro momento sem parecer que não está ouvindo.

Nosso problema é sempre achar que Jesus está surdo para nossas orações.
Nosso problema é sempre ou quase sempre a preocupação com que os outros irão pensar de nós.

Gostamos muito de mulheres caprichosas, pois quem não quer apresentar uma casa perfeita? Quem não quer mostrar aos amigos que tem a mulher melhor do mundo, cuidadosa, que cumpre das suas obrigações? Acredito que todos!

O problema agora se compõe de um desespero, não de beleza. Não de uma mera representação, mas de angústia, e de morte.

Cuidados quase todos tomam nos lares, ao entrar ao sair, ao pisar. Eu mesmo quase sempre não piso no tapete com chinelos, geralmente tiro-os antes de me adentrar, para não contamina-lo com à sujeira que temos embaixo deles advindo de onde pisamos nas ruas.

“Mas Jesus não respondeu nada. Então os discípulos chegaram perto dele e disseram: - Mande essa mulher embora, pois ela está atrás de nós, fazendo muito barulho!”. (verso 23).

Ah, meus caros, como é triste pensarmos que somos o rei da razão, como pensamos que estamos com à lógica. As lógicas às vezes são quebradas afim de mostrar para nós que não somos nada diante dAquele que sabe tudo.

O ouvido de Jesus já havia escutado o clamor daquela mulher. Então, porquê Ele não atendeu logo? Porquê Ele queria ouvir o que os discípulos tinham para dizer.

Jesus quer dá uma lição para os doutores da lógica que não é bem assim.

Jesus quer alegar da sua sabedoria mesmo aos barulhos que encontramos hoje quando vemos os aflitos e não queremos escuta-los.

A mulher cananeia queria tratar da filha doente, mas Jesus queria tratar não somente do seu problema, mas dos discípulos (pastores) contemporâneos também.

Sempre é bom estarmos preparados com inteligência para responder a todos que nos interrogam, como bem estudarmos para compreender dos propósitos da sociedade, da vida e do mundo. Entretanto, não basta sabermos quando se trata da fé, pois ela nos parece sem muita lógica, uma vez que isso depende do sentimento dos outros e por vezes não compreendemos bem disso.

Você consegue enxergar, uma cananeia que nem quer saber quem está presente, homens (discípulos, doutores da lei, fariseus)?

Você consegue enxergar, que ela em dado momento não quer ser mulher, porém uma mulher em desespero, e que só quer a cura de sua filha?

Você consegue enxergar, que ela demonstra que acredita num homem, pois outros diziam-lhe, “somente Ele pode fazer você feliz, e que pode curar sua filha?”

Você consegue enxergar, a fé dessa mulher, querendo comer das migalhas do chão, pois se faz de um(cão)?

Pois bem, aqui está quase traçado o ilógico da aflição, porém, contudo, não é só isso: “Jesus respondeu: - Eu fui mandado somente para as ovelhas perdidas do povo de Israel”. (Verso 25).

A mulher era cananeia, os cananeus segundo a lógica dos discípulos, dos mestre da lei (pastores contemporâneos), era uma perdida, uma sem futuro, sem talvez marido, uma que não tinha cuidado com seu lar no sentido de limpeza, pois queria comer no chão, e de lá é onde está a pior das impurezas, e eles não poderia admitir, uma vez que o que se sabe nada impuro poderia entrar nas bocas dos mesmos.

Perceba que aqui não é uma defesa do que é puro e impuro, mas de como se quebra valores que homens impõe para sua sociedade, e após, da qual é desconhecido.

Em certo sentido eles tem razões suficientes para não gostar. Eles foram ensinados que não se podiam dá atenção para uma mulher, ainda mais barulhenta (verso 23).

Eles foram ensinados que não deveriam casar-se com umas estrangeiras, embora sem em primeiro momento saber das suas origens, mas descoberto depois.

Eles foram ensinados que não poderiam se misturarem com os idólatras que era uma proibição do próprio Deus. (Êxodo 20.5).

Diante desses fatores, o que mais queriam, eram silencia-la, expulsa-la do seu meio.

A resposta de Jesus quando afirma que veio para às ovelhas perdidas em dado momento causam-lhe espantos.

Como pode um homem dá ouvido para uma mulher? A lógica deles estava comprometida.

Agora eles presenciam uma mulher ajoelhar-se diante de um homem. Em certo sentido, poderiam até gostarem, pois estava aos pés de um homem, coisa tragado de suportar, mas não de se dirigir.

“Então ela disse: - Senhor me ajude!” (Verso 25).

Você já pediu ajuda para Jesus da sua presunção afim de ser menos orgulhoso?

Você já pediu ajuda para Jesus da sua arrogância no intuito de ter menos elevação?

Ou você se acha grande demais que não pode ajoelhar-se em forma de humildade, assim como faz um cão?

Todos os dias quando abro a porta da minha casa meus cães balançam o rabo e latem mostrando da sua alegria em ver-me.

A mulher cananeia não se importou em ser uma cadela, pois ela tinha na sua consciência que os estrangeiros, perante os doutores da lei (pastores fariseus) e discípulos, tratavam-na como tal, e, se, pois, de joelhos.

Para ela não se importava o constrangimento, somente que sua filha fosse curada.

Não queria saber de se quem estava presente, não estava presa em meros favorecimentos.

Não estava ali por aparência, pois muitos estavam mesmo sendo até discípulos.

Você consegue enxergar, que na igreja hoje muitos estão supostamente seguindo Jesus Cristo por aparência?

Você consegue enxergar, que muitos dão os dízimos para que seus pastores não os julguem como infiéis?

Você consegue enxergar, que os homens não são os doutores da lei, e muito menos conhecem o que está no coração das pessoas?

Você consegue enxergar, que os pastores contemporâneos podem dá orientações, mas quem dá o milagre é Jesus Cristo?

“Jesus disse: - Não está certo tirar o pão dos filhotes e joga-lo para os cachorros”. (Verso 26).

O próprio Jesus Cristo jogando na cara dela que ela era uma cachorra. Jesus Cristo sempre mostrou os costumes que outrora tinham os judeus com o objetivo de ensiná-los o verdadeiro caminho a seguir.

Não esqueça, ela era mulher, era estrangeira, e, portanto, uma cadela (ou cão).

A cultura trazia-lhe uma raiz profunda de rejeição para uma comunidade puramente masculina e patriarcal.

Uma mulher nos tempos de Jesus Cristo como muitos já sabem, não era nada e pior que nada.

A mulher era usada como reprodutora de filhos, e ainda estrangeira? A sua perspectiva, seria ser mais que nada.

Ela entendia da sua insignificância, pois logo em seguida afirma: “- Sim, Senhor, - respondeu a mulher – mas ate mesmo os cachorrinhos comem as migalhas que caem debaixo da mesa dos seus donos”. (verso 27).

Você está com medo de comer às migalhas por que se juga melhor, e não pode pegar dos restos?

Você tá com medo de casar de novo por que acredita que já casou duas vezes e não deu certo, e agora, o que seria do próximo?

Você tá com medo por que pensa saber de outra pessoa, mas no fundo no fundo, você pensa que sabe, mas na verdade, é que você não sabe nada dessa pessoa?

A mulher cananeia não teve medo do que os outros (homens fariseus ou não) poderiam pensar dela. Sim, o caso dela não era de casamento, não era de trabalho, não era de solidão, mas de cura.

E porque seu problema era de cura, você pensa que ela não agiria do mesmo jeito se fosse outro problema? Ela tinha fé, e acreditava profundamente em Jesus Cristo; quando jogou todos os seus medos longe – aproximando-se dEle.

Se fosse por “N” motivos ela agiria da mesma maneira, visto sua importância não se tratava de pessoas olhando-a, mas de solução.

Por muitas vezes nossos problemas são tão grandes que nenhum homem pode trazer solução.

O único que pode resolver nosso problema é Jesus Cristo.

Você pensa porque tem um bom cargo, tem status na igreja, é conhecido(a), é atuante, é homenageado(a), isso te garante salvação (solução)?

A salvação não é por obras, mas somente pela fé. A mulher cananeia não quis saber de obras, mesmo indo ao encontro do Mestre. Ela usou a única coisa que possuía com toda a convicção: sua fé.

Com sua fé ela estava disposta em comer das migalhas que caia da mesa. 
Você está preocupado(a), porque a pessoa que você está se relacionando já é migalhas de outra pessoa?

Você está preocupado(a) porque não é mais virgem e de o que iria pensar de mim, pois já sou migalha de uma pessoa que me usou e me deixou?

Você está preocupado(a) em comer das migalhas, visto os outros dizem para não fazer isso, uma vez que conhece aquela pessoa e ela não merece você, pois supostamente você é melhor do que ele(a)?

Então você ainda não se tornou um cachorro ou cadela e necessita ainda tornar-se.

Muitos ainda não entendem: mas é melhor ser amigo(a) dum cão do que muitas vezes de pessoas.

Os cães dificilmente te traem, aliás, eu nem sei bem certo se eles têm esse sentimento de traição. Acredito que não!

A estranheza de um cão quando ataca o seu dono por vezes, existem muitos fatores.

Certa vez um veterinário havia falado para meu pai que o fila brasileiro, um cão muito requisitado para desfiles de exposições, tinha o crânio menor que seu tamanho de cérebro, e dai da sua aflição, pois forçava-lhe sua estrutura cerebral.

Geralmente quando saímos ou entramos no nosso portão pra dentro das nossas casas, acreditamos, isto é, temos fé, que eles (os cães), não irão nos atacar.

A fé que eles não nos atacarão é muito grande, acho até que é incompreensível dado a fé que possuirmos neles.

Assim foi o mesmo que fez a cadela cananeia, fé no seu dono. Sim, meus amigos, Jesus Cristo era o dono daquela cadela. Seu coração já estava ligado com seu dono e sabia que ele iria dar-lhe de comer na hora certa.

“– Mulher, você tem muita fé – disse Jesus – Que seja feito o que você quer!”.

Queremos tantas coisas, mas não confiamos no nosso dono. Somos cães sem dono!

Queremos que os homens (fariseus e discípulos), sejam nossos donos, mesmo Jesus Cristo.

O problema está aí! acreditamos e cremos nos homens, mas no verdadeiro dono das coisas, nada.

Acreditamos que água pode nos curar, e vamos às igrejas para beber porque os homens (fariseus), nos dizem que foram trazidas de Israel. Pronto, acreditamos!

Acreditamos que o sal grosso atrás das portas nos protege porque os homens (fariseus), nos dizem que é do mar da Galileia. Pronto, acreditamos!

Acreditamos em véus nas igrejas se passamos por baixo porque os homens (fariseus), nos disseram que o manto do tabernáculo de Jerusalém. Pronto, acreditamos!

Acreditamos em “santos”, isto é, gessos, esculturas e pedras, pois homens (fariseus), nos disseram que nos trazem se usarmos no pescoço ou num altar para adoração. Pronto, acreditamos!

Só que não queremos acreditar no dono de tudo!

Só não queremos acreditar no dono dos cães, pois ainda não nos tornamos um, visto temos vergonha das migalhas.

O que nos impede de sermos como são, são mesmo às migalhas que caem das mesas.

“– Eu não quero comer migalhas nenhuma!”;

“– Eu não fui nascido para comer migalhas!”;

“– Eu quero o melhor dessa vida, um bom casamento, uma boa casa, um bom emprego e bom marido ou esposa!”;

“– Eu quero prosperidade, pois os homens (fariseus), nos dizem que deve ser assim!”;

E por fim: “– Eu não quero ser cão ou cadela de ninguém!”, haja vista teu dono é deste mundo.

Não é nada demais querer coisas boas, afinal pode-se dizer: é muito bom poder usufruir do que seja bom, agora em meio às aflições, o que é bom muitas vezes não te trás a solução, só o dono dos cães pode resolvê-las.

O mundo de hoje prega e dogmatiza eficazmente que um sujeito(a), tem que ter coisas para ser feliz, pois o meio exige isso dele. Você está trocando sua fé pelas coisas sem se dar conta disso!?

Os pastores contemporâneos impõem isso nas nossas mentes que ter é ser um cristão verdadeiro, uma vez que isso demonstra quando vivendo “bem” sobre um montante de coisas, Jesus está conosco. Isso pode ser um engano maligno!

Podemos nem se dá conta que somos ímpios, pois estamos vivendo muito “bem”. Percebeu?

Tendo comida, roupa bonita para apresentarmos nas igrejas todos os sábados ou domingos, um carro moderno, uma casa bonita para recebermos nossos amigos, uma participação na igreja e tudo mais... Pensamos: estamos bem com Deus!

Os discípulos estavam com Jesus Cristo, caminhavam com Ele, presenciavam dos milagres, partilhavam de milagres como no caso dos pães e peixes, mas muito ainda não estavam convertidos ao dono dos cães. Percebeu? Não basta andar, ter, comer ou qualquer outra coisa – o importante é ter fé, é comer das migalhas que caem das mesas.

Enquanto não nos dispusermos em comer das migalhas, não estamos prontos para o dono do cães. (Jesus Cristo). {G}.

Um blog abaixo da média, mas desafiando a lógica.

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