sábado, 1 de agosto de 2015

Jesus Cristo diante da ciência


O que nos interessa é o fato que Jesus Cristo existiu, e, portanto, é Nele que estamos seguros.

Mais ainda serão as provas apresentadas.

Diante da história surge Jesus Cristo proclamando-se o Legado Divino, o Filho de Deus.

Diante da história surge Jesus Cristo selando suas afirmações com a autenticidade dos selos privativos e infalsificações de Deus: os milagres.

Se se procedesse com Jesus Cristo como geralmente se procede com os personagens que a história nos mostra, teríamos de acordo com a ciência e a crítica escrupulosa, o conceito exato da pessoa de Jesus Cristo, como se afirma a personalidade de Cícero, Tucídides, Heródoto...


                                             Os pensadores... Imagens web

Mas não é em vão que, atualmente, em Psicologia e Psiquiatria, considera-se como ponto de vital interesse o influxo da afetividade na lógica; o influxo da afetividade na vontade.

Nos problemas históricos comuns estão ausentes as cargas afetivas. Por isso é fácil ser lógico, sem que a vontade se desvie.

No problema de Jesus Cristo, entretanto, existem, no máximo da intensidade, grandes cargas afetivas. As fobias, repugnâncias afetivas à doutrina de Jesus Cristo e suas consequências práticas, são de tamanhas violências, que chegam não só a anular e a cegar a inteligência como a abater a vontade.

Senhores amigos, antes de entrar no tema desta escrita, uma reflexão exigente.

Poderíamos avaliar o poder de intensidade da luz dum farol quando, apesar de mergulhado na mais espessa névoa, suas cintilações são vistas de grande distância.

Densíssimas são as névoas afetivas e de preocupações apriorísticas diante das cintilações da pessoa de Jesus Cristo. As mais densas que existem na humanidade.

Em torno dessa luz colocou-se tudo quanto de ódio e de paixão existe no mundo; mas, senhores, se apesar de toda essa cerração da inteligência, ainda se percebem cintilações de luz intensa, podemos descobrir o poder intrínseco da luz que Jesus Cristo encerra.

Amigos, vejamos agora o que sabem sobre Jesus Cisto os que abertamente negam ser ele Filho de Deus, mas que, obrigados pela ciência, não podem deixar de admitir inegável valor histórico às fontes de seu estudo.

Vejamos amigos que conceito formou a Ciência racionalista sobre Jesus Cristo. A ciência... Eles não admitem senão a Ciência racionalista.

Pois bem, pois bem, diante desses homens de critério único e exclusivo racionalista-materialista, como aparece a pessoa de Jesus Cristo, estudada por eles de acordo com sua técnica?

Ouçamo-los amigos agora. Que eles nos digam quem é Jesus Cristo segundo a ciência. Sua ciência.

Vamos, por conseguinte, ver, perante a ciência racionalista pura, perante a refinada supercrítica, perante os que a priori, a priori, dizem ser impossível a existência de um homem Deus, o que opina essa mesma ciência sobre Jesus Cristo.

Não proponham argumentos escritos aos que defendem a priori ser impossível um homem Deus. Cegos por seus princípios negam tudo quanto existe da divindade.

Que há testemunhos? Que são autênticos? ... Negam-no a priori.

Para esses, precisamente para esses, quem é Jesus Cristo? Está agora a resposta, vamos ouvi-los.

Se eu, amigos, vos submetesse, este dia, as conclusões a que esses investigadores chegaram sobre Jesus Cristo e, confiado em minha memória, às repetisse aqui, esperaria que todos nelas cressem, não duvidando de minha veracidade.

Mas, amigos, agradecendo-vos essa confiança em minhas citações, não procederei dessa forma.

Minhas ideias talvez trocassem algumas das minhas letras ou palavras que modificariam as ideias dos textos que iria citar. Ou talvez algum de meus leitores pudesse ser assaltado pela dúvida quanto à completa fidelidade das citações.

Por isso, amigos, para minha tranquilidade absoluta e para a plena garantia de todos, vou este dia escrever-vos textualmente as conclusões sobre a pessoa de Jesus Cristo dos investigadores racionalistas mais renomados, eu aqui caro amigos, não estou referindo-me aos meros homens da atualidade, conquanto entendo que muitos se fizeram de estudiosos e fidedignos são também, mas com algumas ressalvas, pois, esses que irei vos apresentar são corifeus e chefes de escolas, figuras, portanto, de primeira grandeza.

Não quero aqui colocar esses arlequins da ciência com suposta interpretação e ainda achando-se no direito de pensar que sabe onde ouvem e leem qualquer livro de segunda categoria ou um que custou R$ 100,00 (cem reais) e acham-se no seu enredo fazer poder dizer que seu mérito é maior que os grandes que apreciaram os estudos históricos de veracidade.

Eu aqui não estou tratando de meros, os falsificadores, esses, que cobrem-se com uma capa rasgada, que não é ciência, mas mero diletantismo.

O arlequim é para o café, para o jornal.

Os que estudam, como concebem a Jesus Cristo quando o estudam!
Não parece que se não coloca-se ao intuito verdadeiro seja a verdade quando esta não faz comparações e estes com outros livros.

Não é porque eu pego um texto e encontro fora do lugar que este defina que tudo é morta e mera, falsidade, pois, os outros determinam ser verdadeira a mensagem.

Como já havia dito, não considero alguém só porque ler um livro de um custo que poderíamos até defini-lo como caro ser importante, e devora-lo ser certo. Não!

Estuda aquele que domina o grego e o hebraico: considero capacitado para esse estudo o que conhece bem a Filologia, o manuseador de todas as bibliografias referentes a esta matéria e aquele que, assim preparado, dedica a existência ao estudo.

           Grego:                          

Ο Ιησούς Cristo         
Cristo
 Hebraico:

       ישו כריסטו

Não quero aqui dizer daquele que somente conhece o grego e o hebraico, mas aquele que entendem o que escrevo ser verdadeiro.

Mas, esses senhores amigos, que dizem de Jesus Cristo?

Jesus, para Renan, com “seu perfeito idealismo, é a mais alta regra da vida, a mais destacada e a mais virtuosa. Ele criou o mundo das almas puras, onde se encontram o que em vão se pede à terra, a perfeita nobreza dos filhos de Deus, a santidade consumada, a total abstração das mazelas do mundo, a liberdade enfim”. (Renan, E. Vie de Jésus, 14, c. 15, 17, 20; e 28).


Jesus Cristo é de uma clareza de inteligência, de uma penetração de espírito tão profunda, de uma elevação de ideias tão sublime que, para Renan, “criou o ensinamento prático mais belo que a humanidade recebeu”. (ibid. pág. 125).

“Ele concebeu – continua Renan – a verdadeira cidade de Deus, a verdadeira palingenésia, o sermão da montanha, a apoteose do fraco, o amor do povo, o gosto do pobre, a reabilitação de tudo quanto é humilde, verdadeiro e simples. Esta reabilitação ele a fez como artista incomparável, com caracteres que durarão eternamente. Cada um de nós lhe é devedor do que tiver em si de melhor”. (Ibid., pág. 294).

“Sente-se por tudo – escreve Loisy, o apóstata modernista – em seus discursos (de Jesus), em seus atos, em suas dores, não sei que de divino, que eleva Jesus Cristo, não somente por sobre a humanidade ordinária, mas também por sobre o mais seleto da humanidade”. (Le Quatriéme Evangile, 1903, pág. 72).



Para Loisy a obra de Jesus Cristo “o cristianismo, representa incontestavelmente o maior e mais feliz esforço até agora realizado para elevar moralmente a humanidade”. ( La Morale Humanine, págs. 185-186).
E o chefe do racionalismo alemão, o renomado professor Harnack, que escreve de Jesus Cristo?


Para Harnack, “a grandeza e a força da pregação de Jesus estão em que ela é, ao mesmo tempo, tão simples e tão rica; tão simples, que está encerrada em cada um dos pensamentos fundamentais por ela expressados, tão rico que cada um dos seus pensamentos parece inesgotável, dando-nos a impressão de que jamais chegamos ao fundo de suas sentenças e parábolas”.

Atenção, amigos! Se Harnack, com a preparação científica que possuía, reconhece que, embora estudando-as a fundo, não crê haver chegado ao âmago das sentenças e parábolas de Jesus Cristo, que dirá o diletante? ...

E prossegue Harnack: foi Jesus Cristo quem “pôs à luz, que primeira vez, o valor de cada alma humana e ninguém podem desfazer o que Ele fez. 

Qualquer que seja a atitude que, diante de Jesus Cristo, se adote, não se pode deixar de reconhecer que, na história, foi Ele [Jesus Cristo] quem elevou a humanidade a esta altura”. (Harnack, A. Das Wesen des christentums, págs. 33 e 34).


Quem “se esforçar em conhecer Aquele que trouxe o Evangelho, testemunhará que aqui o divino apareceu com a pureza com que é possível aparecer na terra”. (Ibid. págs. 33.e 34).

Diante da perfeição moral, da paz harmônica, da conduta delicada, serena, claríssima e plena de humildade majestade de Jesus Cristo, exclama Harnack: “Que prova de intensa paz e de certeza!” (Ibid. pág. 92).

Ah! Quisera ter aqui lendo uns psicólogos profundos que me dissessem o que pensam do homem que saiba ter paz na alma, e paz serena, paz de domínio, paz de tranquilidade, apesar de todas as torturas, de todos os ódios, de todos os tormentos, inclusive o da crucificação na cruz. Espanta amigos!

“De um só sabemos haver unido a humildade mais profunda e a pureza de vontade mais completa, com a pretensão de ser mais que todos os profetas que existiram antes dele”, acrescenta Harnack (Ibid. pág. 23).

Leiamos com a devida atenção: “O desconcertante em Jesus é que ele tinha consciência de ser mais que um homem, conservando, contudo, a mais profunda humildade diante de Deus”.

“É totalmente impossível representar-se uma vida espiritual com a de Jesus” (Wernle, P., Die Augange Unserer Religion, pág. 25).

Tal é a perfeição que, na ordem intelectual e moral, encontram em Jesus Cristo os mesmos que não lhe reconhecem a divindade, que Tyrrell, confessa, ao vê-lo tão superior aos demais homens: “Eles queriam ter a Jesus por divino, em certo sentido... Ele seria Deus à maneira de um sacerdote, de um representante, a manifestação carnal do que Deus significa para nós... Jesus seria o mais semelhante a Deus entre os homens (Jesus or Christ? Londres 1909, pág. 15).

                                           Um dos maiores teólogos modernista q existiu
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/noticias-anteriores/11101-george-tyrrel-jesuita-e-teorico-do-modernismo-condenado-por-pio-x

Foi o que escreveu J. Middleton Murry dizendo que Jesus é o mais divino dos homens – Jesus Man of Genius, Londres e Nova York, 1926.



Para Augusto Sabatier, o pai do modernismo francês, Jesus Cristo é a alma mais bela que jamais existiu; sincera, pura, que conseguiu elevar-se a uma altura a que nunca o homem poderá atingir” (Esquise d’une Philosophie de la Religion d’aprés la psychologie et l’histoire, Paris, 1896. Les Religions d’autorité et la Religion de l’esprit, Paris, 1903).


Houve, amigos, na América, um homem que empregou toda a força de sua oratória e de sua ciência em retirar de Jesus Cristo a divindade, em exibi-lo como simples homem: Channing.



Pois este homem, amigos, arrastado e obrigado pela evidência histórica em crítica racionalista pura, emite este juízo sobre Jesus: “Creio que Jesus Cristo é mais que um homem. Os que não lhe atribuem à preexistência (isto é, aceitam, de bom grado, que Jesus Cristo, por sua grandeza, mas estabelecem entre ele e nós profunda diferença... consideram, por isso, de maneira alguma, simples homem, os que, como ele, negavam-lhe a divindade) não o conduza por sua bondade, supera toda e qualquer perfeição humana” (Discours sur le caractere de Christ).



Whilhelm Bousset, o exegeta talvez mais fora do plano da seriedade, não pode deixar de escrever: “Jesus permanece, é certo, em relação a nós, a uma distância insuperável... Não ousamos medir-nos com ele, nem nos colocarmos ao lado desse herói” (Jésus, trad. Franc. Da 3ª ed. Alemã. Tubingen pág. 72).



E disse Goethe: “Curvo-me diante de Jesus Cristo como diante da revelação divina do princípio supremo da moralidade”.



E Rousseau chega a dizer: “Se a vida e a morte de Sócrates são as de um sábio, a vida e a morte de Jesus Cristo são as de um Deus”.



Que dizer mais, amigos?

A todos os demais homens é possível superar, mas Jesus Cristo atingiu a tal cúmulo da perfeição intelectual e moral, possuída em tal pureza e elevação, que Renan confessa lapidamente: “Jesus Cristo nunca será superado” (Vie de Jésus, pág. 325).

Jesus colocado – prossegue Renan – “no mais alto cimo da grandeza humana... superior em tudo aos seus discípulos... princípio inesgotável de conhecimento moral, a mais alta... Nele se condensa tudo quanto existe de bom e elevado em nossa natureza” (Ibid. págs. 4654, 468, 474).

Afirmação que, antes de Renan, fez expressamente um dos mais encarniçados inimigos do cristianismo, não podendo fugir à evidência que se lhe impunha, embora contra seus preconceitos e cargas afetivas.

Strauss, a quem me refiro, escreveu estas frases: “Cristo não podia ter sucessor que se lhe avantajasse... Jamais, em tempo algum, será possível ascender mais algo que ele, nem imaginar-se nada que sequer o iguale”.

Tão grandes, embora puramente humanos, aparecem Jesus e sua obra que Renan, em que pese o veneno destilado insidiosa e pseudocientificamente em seus livros, diante da pressão da realidade, da qual foge em vão, exclama estas frases dignas certamente de meditação para o incrédulo: “A Igreja, esta grande fundação, foi certamente a obra pessoal de Jesus. Para ter-se feito adorar até esse ponto, é necessário que ele tenha sido digno de adoração”. Notem os amigos que neste trecho, Renan o concebe unicamente como homem, e acrescenta: “O amor não existe sem um objeto digno de acendê-lo e nós nada saberíamos de Jesus se não fosse pelo entusiasmo, a constância da primeira geração cristã [igreja primitiva], não se explicam senão supondo, na origem de todo o movimento, um homem de proporções colossais” (Vie de Jésus, pág. 463).



E ainda diante do cadáver de Jesus, justiçado numa cruz, sente-se tão profundamente a grandeza de Jesus que, não o crente, mas a chamada ciência racionalista deixou escritas estas linhas, com as quais dou por terminada a lista dos testemunhos, que nos mostram o conceito que, diante dessa ciência, gozava a pessoa de Jesus Cristo.

Jesus Cristo morreu; foi justificado com blasfemo, por afirmar sua filiação divina e, diante do seu cadáver, escreveu Renan: “Repousa agora em tua glória, nobre iniciador. Tua obra está terminada, tua divindade fundada... Ao preço de horas de sofrimento, que não chegaram a tocar tua grande alma, adquiriste a mais completa imortalidade. Signo de nossas contradições serás a bandeira em torno da qual se travará a mais cruenta batalha. Mil vezes mais vivo, mil vezes mais amado após tua morte do que durante os dias de tua vida terrestre, há de chegar a ser a pedra angular da humanidade, de tal maneira que arrancar o teu nome deste mundo, seria sacudi-lo em seus fundamentos. Entre ti e Deus não há distinção possível. Plenamente vencedor da morte, tomas posse do reino ao qual te hão de seguir, pela via real que traçaste, séculos de adoradores” (Renan, Vie de Jésus, pág. 440).

Amigos: peço que mediteis um momento no que acabei de escrever: 

“Tomas posse do reino ao qual te hão de seguir, pela via real que traçaste, séculos de admiradores!”...
Escrevi de maneira a ser entendido?

Amigos, eis ai o que a incredulidade mais incrédula, à luz da chamada Ciência, pensa de Jesus Cristo.

Jesus Cristo é, perante a ciência racionalista, a pessoa histórica de superioridade máxima na humanidade.

Jesus Cristo é, perante a ciência racionalista, a inteligência mais sublime e mais profunda, da qual recebeu a humanidade a doutrina mais prática e mais bela, mais simples e mais rica em conteúdo, mais consoladora e reabilitadora.

Jesus Cristo é, perante a ciência racionalista, a pessoa sem o mínimo desequilíbrio entre suas qualidades, todas sublimes, e em que reina a máxima harmonia intelectual, afetiva, moral.

Jesus Cristo é, perante a ciência racionalista, a alma mais pura e bela, serena, delicada e plena de luz, de amor e de verdade.

Jesus Cristo é, perante a ciência racionalista, aquele em quem se concentra tudo o que há de nobre, puro e elevado em nossa natureza.

Jesus Cristo é, perante a ciência racionalista, por todas as sublimes, harmônicas e únicas qualidades que possuiu, a pedra angular da humanidade, cuja retirada sacudiria os alicerces do mundo da vida.

Amigos, a ciência racionalista, investigando seriamente, viram-se obrigada a confessar, através de todos seus grandes estudiosos de todas suas escolas, que Jesus Cristo é esse que acabais de ler. Esse sim. Mas Deus, não.

Esse, sim, amigos. O máximo em sabedoria e moral, o máximo em retidão, o máximo em justiça, o máximo em verdade. Eis o que concede a ciência racionalista a Jesus Cristo. Mas Deus, não.

E como fica tranquila a ciência, a racionalista, como que aliviada dum remorso que a perseguia, quando concede isso a Jesus !

Sim. Se fosse lógica, séria a cientifica, ela deveria reconhecer que Jesus Cristo é Deus. Mas, tendo que negar-lhe a divindade contra toda lei de ciência critico-histórica, cega pelas densas névoas que ela própria, de modo afetivo, foi criando, não regateia nada do mais sublime que se possa conceber, contando que não exceda os limites do puramente humano.

E assim procedendo, os racionalistas como que fazem calar os gritos da verdade histórica que clama: “Não sois sério, não sois científicos, não sois autênticos no tratamento do problema mais vital da humanidade; claudicais diante de vossos apriorismos. Isso não é ciência”.

E como que respondendo a essa voz atormentadora, semelhante a horrível pesadelo, respondem: “Deus, não. Mas em compensação, já confessamos que o maior na ordem intelectual, o maior na ordem moral, o maior na ordem afetiva, o maior da humanidade existente e por existir, isso sim, isso é Jesus Cristo”.

A troco de negarem que Jesus Cristo é Deus, não lhes importa conceder-lhe o que concedem. Negar, com todas as forças, que Jesus Cisto seja Deus, mas exaltá-lo como homem até o ideal.

Mas, reparai amigos: é precisamente daquilo que concedem a Jesus Cristo enquanto homem que se conclui de maneira intuitiva, ser ele Deus.

Precisamente pelas perfeições que a ciência racionalista atribui a Jesus Cristo, enquanto homem, negando-o ser Deus; precisamente por essas concessões é que se deduz, claramente, que Jesus Cristo é precisamente Deus.

Vejamos amigos, a prova.

Há argumentos difíceis de expor, porque possuem conceitos delicados, que talvez eu não consiga expressar com a necessária clareza, mas agora, hoje não preciso esforçar-me.

Existem, talvez, aqui pessoas como o motorista que leem: o operário, o comerciante metido com seus negócios, o jovem que vem do comércio ou dos bancos, que poderiam dizer-me: “Galhardo, não estou habituado a determinados raciocínios...”.

Mas hoje, desde o operário até o intelectual vão entender-me.

Esse Jesus Cristo, amigos, disse que Deus Pai e Ele eram uma e a mesma coisa – que Ele era o Filho de Deus – que antes que Abraão Ele já tinha existência – que Abraão desejou ver o seu dia – que Ele era maior que Salomão – que aquele que, por Ele não abandonasse os pais e tudo quanto possuísse (riquezas, ou até mesmo o que tivesse), não entraria no reino dos céus – que Ele voltaria para julgar, no dia do juízo final, a humanidade toda...

Disse tudo isto repetidas vezes, asseverando, exigindo que acreditassem no que dizia. Disse-o, amigos, quer particularmente, quer em público. Disse-o, amigos, como tal clareza e tão categoricamente que, por dizê-lo, levaram-no à cruz.

Eis agora o meu raciocínio. Entendei-me um momento; o fulgor da razão.

Se Jesus Cristo não era o Filho de Deus, se não era maior que Salomão, nem anterior a Abraão, nem possuía todo o poder no céu e na terra; se não era o Juiz da humanidade e acreditou nisso, observai bem, amigos, Jesus Cristo não passava, então, dum paranoico vulgar. Um infeliz e delirante megalomaníaco. Um tipo digno de um manicômio.

E se não acreditou no que dizia, mas sabendo que não era nem Filho de Deus, nem nada de quanto afirmou, afirmou-o e reafirmou-o, ameaçando de condenação eterna aqueles que não acreditassem em suas palavras, então Jesus Cristo foi um embusteiro, Jesus Cristo foi um impostor. Um tipo digno de um cárcere.

Jesus Cristo, amigos, se não foi Deus, como afirmava, foi um louco ou um impostor, foi um delirante ou um embusteiro.

Evidente como a própria evidência, amigos.

Mas ciência racionalista, que nos disseste, como prova ciência, de Jesus Cristo?

Como insististe, a troco de negar-lhe a divindade, ser Jesus Cristo a inteligência mais sublime e mais profunda, mais equilibrada e harmônica que já existiu e pode existir no domínio intelectual?

Logo, se a perfeição sublimada, no intelectual, foi Jesus Cristo, não foi ele um delirante, não foi ele um paranoico, não se enganou.

Como insististe, ciência racionalista, a troco de negar a Jesus Cristo a divindade, haver sido ele a pessoa de moral mais pura e elevada, a retidão plena de luz e de verdade?

Logo, se a perfeição sublimada, na ordem moral, foi Jesus Cristo, não foi ele um vulgar e refinado impostor ou embusteiro.

Logo, amigos, se Jesus Cristo não se enganou, e se Jesus Cristo não se enganou, e se Jesus Cristo não enganou e se Jesus Cristo, séria e repetidamente, afirmou ser Deus, Jesus Cristo é Deus.

Deus, ou louco, ou impostor. Eis o dilema.

Jesus Cristo louco? Ciência racionalista: repete agora o que concedeste à pessoa intelectual de Jesus Cristo. Foste, no entanto, a primeira a confessar que Jesus Cristo não foi um louco.

Impostor Jesus Cristo? Ciência racionalista: repete agora o que concedeste à pessoa de Jesus Cristo. Foste, no entanto, a primeira a confessar que Jesus Cristo não foi um impostor.

Deus, ou louco, ou impostor, isso é Jesus Cristo.

Perante a ciência pura racionalista, Jesus Cristo é a suma sabedoria, a suma moral, a suma retidão, a suma verdade. Logo, não é louco nem impostor.

Deus, ou louco, ou impostor.

Jesus Cristo não é louco nem impostor; logo, amigos, perante a própria ciência racionalista, Jesus Cristo é Deus.

Jesus Cristo. Agora sim, Jesus Cristo pode repetir aquela frase que, em vida, saiu de seus augustos lábios: “Mesmo quando sou eu próprio quem dá testemunho de Mim, o meu testemunho é verdadeiro” (João 8. 13 e 14).
Crede-me, disse Jesus Cristo, eu sou Deus!

Amigos: terminei e convido-vos a pensar.

Escrevi outro dia, Jesus Cristo na profecia e vimos convergir em Jesus Cristo, como e ponto concêntrico, verificadas e realizadas, todas as profecias no decurso de vários séculos.

Apresentei-vos Jesus Cristo perante a historia e recordai-vos de que não existe monumento literário nas obras clássicas do universo, que tenha a certeza histórica de que gozam os Evangelhos; recordai-vos do testemunho autorizado e insuspeitos de Westcott em favor dos Evangelhos, afirmando que a alteração que neles pudesse haver não passaria de uma milésima parte do seu todo.


Vede, hoje, amigos, Jesus Cristo diante da ciência racionalista que, de maneira a não deixar dúvida, conclama a impossibilidade de ser tido como louco ou como embusteiro.

Donde, a conclusão, amigos... Desejais tirar a conclusão?

Quando em agora no momento, mesmo diante de outrora apresentação no youtube, ocorreu-me uma passagem do Evangelho:

Certo dia, rodeado pelos seus, Jesus Cristo perguntou-lhes: “Que dizem os homens quem eu sou?”.

E os discípulos, passaram a transmitir-lhes as opiniões que, a Seu respeito, tinham os homens.

Hoje imagino Jesus Cristo repetindo a mesma indagação:

- Que dizem os homens quem eu sou? Que diz a ciência racionalista?

E logo, voltando-se para nós, como fizera aos seus, faz-nos a pergunta definitiva: - E vós, quem dizeis que eu sou?

Amigos, a resposta cabe a vós. Pensai.

Quereis pensar a respeito? Não é uma questão de Bíblia Sagrada contenha um mínimo de erros, pois isso é normal em toda escrita e escritor visto nos tempos outrora a correção era difícil. Mas a apresentação foi fazer descortinar os horizontes e conhecer a verdade. Desejais meditar sobre este problema?

Pensai. Estudai. [G].



Um blog abaixo da média, mas além dos fatos.

http://igrejaremanescente-igrejaremanescente.blogspot.com.br/* Serão permitida reprodução total quanto parcial, onde poder ser incluídos textos, imagens e desenhos, para qualquer meio, para sistema gráficos, fotográficos, etc., sendo que, sua cópia não seja modificada nem tão pouca alterada sua forma de interpretação, dando fonte e autor do mesmo. P.Galhardo.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Olhos abertos e mente fechada



Todos conheceram a expressão: “Abrão seus olhos”, sim, conhecemos muito bem ela, mas não compreendemos!
Ter olhos abertos significa em outras palavras, abrir a mente para o que vemos.


Temos a mania de vermos as coisas somente pelos olhos e como de costume, a mente permanece fechada.
Poderíamos dizer: uma mente obscura; uma mente embotada; uma mente sem entendimento; etc.


Então mesmo que tentemos explicarmos porque fizemos isso, ou porque agimos assim, não nos convence de forma clara, objetiva e real.


No antigo Israel, os “grandes homens” (intelectuais fariseus), que estudam e decoravam as Escrituras Sagradas, conhecidas como Torá, desenvolveram certos tipos de cultos e uma sequência de rituais no suposto intuito de está agradando a Deus seus ensinos.


Seus dogmas diziam-se está de acordo com a vontade daquele que conhece tudo, e que mesmo sendo promissor para os seus dias, pois todos achavam importantes, não condizia com a verdade.


Mesmo que para eles essa proposta fosse necessária em razão de estarem com razão, Jesus Cristo veio e trouxe o deslumbramento da real verdade.


Embora naquela época eles achavam-se com o direito de posicionar-se teologicamente, pois acreditavam que eram detentores desta verdade, Jesus Cristo mostrou-lhes que as coisas não era bem assim como eles diziam e faziam.


Naquela era, o homem era considerado culpado por ter pecados diante do mundo antigo e do Eterno. Então eram-lhes exigidos sacrifícios diários e rituais a serem feitos necessários. Então diante disso, os detentores da suposta verdade, os teólogos da época, entraram com muitas das suas normas com o fim de fazê-los supostamente libertos das culpas que os envolviam.


Com isso, não só livrar-lhes das suas necessidades da crise que tomavam-lhes, como também, faziam-lhes dependentes deles (dos teólogos fariseus).


Independente de serem ou não homens de cultura, eles estavam pondo neles (no povo), cargas que eles não podiam suportar.


Jesus Cristo quando presenciou isso, ficou extremamente indignado.


Todos nós podemos fazer essas coisas, inconscientemente e conscientemente quando queremos ofertar algo diante dos homens sejam: nossos dogmas; nossas leis; nossos desejos e nossos anseios, sem no mínimo nos darmos o trabalho de enxergar o que essa pessoa esteja sentindo.


Na era medieval, ou seja, na inquisição, com uma suposta proposta de fazer justiça, os homens perseguiram e mataram milhões de pessoas.


Era um tempo que na sua maioria se falava o latim, e eram ricos (teólogos) da época, e, portanto usava-se dessas, com o objetivo de ludibriar e enganar as classes menos favorecidas, ou seja, os pobres.


Era o mundo das atividades grotescas e perversas, pois viam, com os olhos, mas as mentes estavam obscurecidas com trevas.


Na verdade deve-se ter reverência e culto ao nosso Deus, porém, não fazer disso, um incessante jugo pesado para os homens, pois Jesus não agia dessa maneira.


Ele ensinava, mas fazia deste, em ações também, pois não só traziam-lhes a luz da verdade, mas da cura.


Ele curava a alma, mas a emoção.


Como assim? Vede que muitas pessoas estão envolvidas com algum tipo de sentimento, seja esse bom ou ruim, e, portanto, doentes da alma e emoção.


Mas uma pessoa com um sentimento bom pode está doente? Sim, pode, pois nem sempre o sentimento bom está envolvido com a necessidade que muitos precisam.


A necessidade deste sentimento bom, não é dele? Claro, mas se pode tê-lo, pode distribui-lo, porém, muitos não fazem, então precisam ser curado.


Também Ele curava o homem da culpa, pois se achavam necessitado disso todos os dias uma vez que era necessário trazer uma oferta (cordeiro), todos os dias.


Porém, os fariseus (teólogos antigos), aproveitando-se disso, vendia-lhes tudo que pudesse.


Alguém conhece algo parecido hoje? Pois é...


O antigo e o novo se junta ou unir-se nesse encontro, sobre uma suposta necessidade de bênçãos que todos devem e precisam alcançar para poderem ter acesso a Deus.


Conquanto pareçam estarem ajudando a obra e o mesmo para si, virou uma sequência de necessidades: dar para receber – é o toma lá da cá.


O que Jesus Cristo diria com essas vendas no templo? Será que aprovaria do mesmo jeito que aprovou na frente do templo, o comércio?


O som criminoso de que ouvimos que o homem para poder alcançar a Deus, tenha que se envolver nisso (dinheiro) e prosperidade, é no mínimo afastar-se radicalmente da verdade da salvação.


O ensino verdadeiro deve ser tratado não em “subjugar”, mas em trazer a paz de liberdade, onde Cristo disse que “o meu jugo é suave e meu fardo é leve” (Mateus 11.28-30).


Queremos e necessitamos adorar a Deus e precisamos disso! Entretanto, nossos olhos estão abertos, mas nossas mentes fechadas.


O visível aparece como um bom caminho, uma vez que estamos vendo o que é de bom para nós, mas não conseguimos enxergar mentalmente nada do invisível.


Talvez porque queremos mais e mais, e esquecemos que não iremos morar aqui.


Talvez porque somos egoístas e como tal, queremos, só para nós.


Ou talvez porque necessitamos mostrar para os outros que somos os melhores, e, portanto, todo esse “show”, nos pareça bom tê-los.


É um sentido ilusório que tentam passar para os irmãos, pois muitos deles estão como estavam no passado quando não entendiam o latim – cegos e surdos.


Não há como negar que mesmo que alguns pareçam alegres, a Bíblia também nos apresentam que muitos dos seus profetas e fiéis viam abatidos com tristezas e clamores de dia e noite.


Frankl, em frente ao sofrimento de Auschwitz disse a Deus: “a quem entreguei minha dor e TRISTEZA como algo que faz sentido, e, finalmente, não senti carente de explicação. 
Daí por diante, tenho passado por uma fantástica recuperação”. (FRANKL, Viktor – A Presença Ignorada de Deus, pág. 13, 1985).


Não podemos venerar o errado supondo que está certo o que pensamos ser certo, simplesmente por Jesus tirou e rasgou o “véu do templo”. Vede isso: “Mas os sentidos deles se embotaram. Pois até ao dia de hoje, quando fazem a leitura da antiga aliança, o mesmo véu permanece, não lhes sendo revelado que, em Cristo, é removido”. (2 Coríntios 3.14).


Muitos poderiam alegar que este verso está referindo-se a antiga aliança que estava escrita em tábuas de pedras (leis), foram extintas, mas não esqueça que essas mesmas foram postas no coração; e não estamos aqui levando o sentido deste em referência a lei, mas na vitória em ser livre, ou seja, liberdade em Jesus Cristo, sem está presos por doutrinas (ensinos) mentirosos.


Deus amigos não só lida com a igreja comunidade como um todo, mas também com ela individual, é fantasioso achar que ele não permanece no cristão individual.


Precisamos aprender a pensar com a mente e não só enxergamos como os olhos, pois ele nos engana. E como somos enganados!


A fé não pode ser cega. Na fé temos que enxergar com a mente e não só com os olhos.


Moisés falava com Deus, mas não o via, com os olhos, porém, entendia com a mente, seus ensinos.


Que nós possamos agir que nem ele, ver com a mente para que possamos compreender que os olhos estão fechados para liberdade. [G].










Um blog abaixo da média, mas além dos fatos.

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 Serão permitida reprodução total quanto parcial, onde poder ser incluídos textos, imagens e desenhos, para qualquer meio, para sistema gráficos, fotográficos, etc., sendo que, sua cópia não seja modificada nem tão pouca alterada sua forma de interpretação, dando fonte e autor do mesmo. P.Galhardo.

terça-feira, 28 de julho de 2015

O homem sujeito a história



Muitas vezes o que nos parece óbvio, não temos o mínimo trabalho em pensar: Vc já pensou que a história é mostrada do ponto de vista de cada um? Mas, saiba que quando essa história se situa no contexto social, político e religioso, o ponto de vista é direcionado para o que é principal e mesmo assim ela ainda não diz todos os pormenores, isso seria uma coisa impossível de ser feita. Agora pense na história bíblica, Deus trás o que é para nós o mais importante, e mesmo que nos traga como disse nas Escrituras o defeito dos profetas, ele assim mesmo não relatou tudo.


Se quisermos estudar a história bíblica, então devemos ter em mente que o historiador estudou a história humana da vida, ou seja, o que apresentava naquele momento e mais significante segundo seu ponto de vista.


Mas, muitos não se apercebem disso, acha que ele tem que viver na nossa época, construir os mesmos valores que temos e por ai vai...


Como exemplo: Amigos, se o profeta vivia um conflito naquele momento, ele vai retratar aquilo que fazia-lhe angustiado. Percebeu?


Jonas não iria retratar todo império que o envolvia, mas a situação que vivia e seu conflito diante em enfrentar o povo de Nínive. Ai tem alguns que acham que somente porque ele fugiu era porque não queria obedecer a Deus. Não, amigos, a retratação dos fatos está além do conhecimento que Jonas tinha, pois estava uma história maior por trás.


Leia: Jonas 1-4 
 

Então, mesmo que ele quisera-se escrever tudo, não conseguiria, uma porque não conhecia tudo, e outra, porque ele estava sujeito à história.


Entretanto, Deus conhece a história desde começo, mas não intervém de forma significante, a menos que seja para salvar 120 mil pessoas como na história de Jonas.


Ele não quer que ninguém se perca, por isso, que fez Jonas ir em direção a Nínive.


O que mais nos deixa perplexo é que se vc quiser entender um pouco de história bíblica ou geral, precisa saber que por princípio terá que ter uma visão crítica, e qualquer historiador sabe disso.


Ele nos fornece a história, mas sabe que ela não está completa nos mínimos detalhes.


Ele intervém através dos seus trabalhos, com fatos que são constituídos na sociedade passada e presente, mas não sabe o que irá acontecer no futuro.


Dar-nos os resultados para compreendermos como um remédio a fim de curar uma doença, contudo não pode saber que doença irá nos submeter amanhã. [G].
 


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