É indiscutível a presença monetária no templo, pois se havia
um lugar que depositar-se é óbvio a afirmação.
De tal forma que “todos” ali depositava das suas finanças que
almejavam propor. Era tão rápida a execução que muitos podiam ouvir quando caia
no gazofilácio, pois naquele tempo ainda não existia o dinheiro em nota, então
o barulho era constante.
Havia naquele meio uma classe sacerdotal clerical que
almejava serem reconhecidos, e receber favores por causa dos seus prestígios,
pois além de trajar-se de maneira superior aos leigos ainda eram conhecidos
como os mestres da Lei, isto é, aqueles que as instituiu.
Quem eram esses homens? Era homens [separados, separatista],
“membro de um dos principais grupos religiosos dos judeus. Os fariseus seguiam
rigorosamente a Lei de Moisés e as tradições e os costumes dos antepassados.
Acreditavam na ressurreição e na existência de seres celestiais (Atos 23.8). Os fariseus não se dão com os Saduceus, mas se
uniram com eles para combater Jesus e os seus seguidores. (Mateus 16.1).
Bíblia da mulher (2009).
Quando Jesus Cristo apresenta aos discípulos aquela viúva
trazer duas moedas a fim de depositar na caixa, ele estava querendo mostrar a
eles que ela não vivia da aparência igual aqueles homens que se mostram
orgulhosos e arrogantes porque tinha uma posição maior.
“Assentado diante do gazofilácio, observava Jesus como
lançava ali o dinheiro”. (Marcos 12.41).
O olhar de Jesus às pessoas com suas atitudes identifica quem estava ali. A observação dele refuta tais pessoas, pois ao que parece, não
gostou das atitudes daqueles que se faziam presentes naquele lugar.
Chama à atenção dos discípulos com referência a implicação
dos atos morais que mesmo consciente ou inconsciente não traduz o que Deus
queria.
Mesmo eles (fariseus), tendo um conjunto de regras
pré-estabelecidas sobre o aspecto moral do que seja bem ou mal, eles mesmos com
suas presunções e autoridades demonstrava que da sua moralidade e ética estavam
comprometidas, pois da sua representação era só de exterioridade.
“Exterior e anterior ao indivíduo, há, portanto, a moral
constituída, pela qual o comportamento é orientado por meio de normas. Em
função da adequação ou não à norma estabelecida o ato será considerado moral ou
imoral”. (ARANHA, filosofando, introdução à filosofia, p. 215, 2009).
Então, portanto do lugar que é introduzido a forma que
outrora foi direcionada ao povo, a reação ao que parece permeava a todos
presentes.
O ato de Jesus em identificar às ações daqueles que faziam
presentes contrasta do que realmente Deus queria que eles fizessem.
A problemática que Jesus identifica ao ver todos colocarem
das suas moedas nas caixas com o ar de “superioridade”, pois não devemos
esquecer de quem estava presente, e o grau que possuíam, revela do engano que
tinham quanto a verdadeira adoração.
Qual era o problema daquelas pessoas? O fanatismo presente.
Deus não almeja pessoas fanáticas, mas pessoas sinceras. Indivíduos que sirva à
Ele, não pelos seus costumes e determinações de homens, entretanto, com uma
pura verdade.
Verdade essa que encontramos naquela viúva que tendo tudo que
possuía, deu-Lhe.
A verdade daquela viúva não estava na quantia que tinha
depositado no templo. Porém, na adoração.
O fanatismo era um mal em si, isto é, naqueles homens, uma
vez que tinham introduzido em si próprio o desejo como representante de Deus,
mas com defeitos morais e éticos do que realmente eram ser.
“Toda manifestação de fanatismo desvia a mente da evidência
da verdade – a própria Palavra”. (WHITE, Ellen G., Mensagens Escolhidas, vl.
II, p. 43 – 1988).
Como já conhecemos quem estava no templo, não somente pessoas
comuns, mas também, os fariseus, saduceus entre outras castas, seria ilusório
não pensar que Jesus Cristo não estivesse falando deles.
Veja o texto: “... Ora, muitos ricos depositavam grandes
quantias”. (verso 41). Percebeu? As castas mais elevadas
depositavam muitas moedas; muito do que possuíam.
Considerando a possibilidade de serem ricos, não tinham
dificuldades, pois parecia que não se importavam em jogar com “arrogância” do
seu dinheiro nas caixas, visto à atenção de Jesus mediante o fato.
A viúva por sua vez refletia da sua condição vulnerável
porque ao vermos no verso 40: “os quais
devoravam as casas das viúvas e, para o justificar, fazem longas orações; estes
sofrerão juízo muito mais severo”. Não
temos dúvida nenhuma da constituição presente, os fariseus (escribas).
Não podemos supor que os escribas fossem somente aqueles que
estivessem em posição inferior aos ditos fariseus, pois dentre esses eram eles
mesmos: “... Que gostam de andar com vestes
talares e das saudações nas praças”. (Marcos 12.38).
A importância da verdadeira interpretação hermenêutica está
direcionada no contexto, e, é ele e não outro que nos mostra o porquê das
coisas.
Eram figuras que alto intitulavam-se merecedores de devida
autoridade como representante de Deus porque achavam-se os que escreviam as
“leis”, que outrora era usado no meio.
Procuravam para si, serem observados, serem homenageados ou o
mais até exaltados como “homens de Deus”. Mas o que vemos é Jesus mostrando uma
mulher pobre.
Uma mulher que não tinha quase nada, e, é ela que deveria ser
exaltada como uma verdadeira adoradora.
O que isso nos mostra? Que não existe posição, exaltação,
classe eclesiástica etc., se não estiver com o coração puro no sentido sincero,
que seja aceito por Deus.
Deus não está preocupado com dinheiro, porque se tivesse, Jesus
não chamaria a devida atenção aos discípulos quanto aquela viúva e aos demais.
Deus não necessita de dinheiro, são os homens. Deus faz a
obra dele de qualquer forma.
Você já parou para pensar alguma vez que a atenção de Deus
está para mais os necessitados do que para os abastados?
Temos grande exemplos disse na Bíblia. Moisés quando no
deserto disse: “Quem sou eu para ir até o Faraó?”
“Então Moisés disse a Deus: Quem
sou eu, que vá a Faraó e tire do Egito os filhos de Israel”?
Êxodo 3:11.
Êxodo 3:11.
Ora, isso é fato que Moisés já não possuía mais situação
financeira.
Ao mandar Elias à uma viúva em Serapta que estava em
necessidade. “Porém ela disse: Vive o Senhor teu Deus, que nem
um bolo tenho, senão somente um punhado de farinha numa panela, e um pouco de
azeite numa botija; e vês aqui apanhei dois cavacos, e vou prepará-lo para mim
e para o meu filho, para que o comamos, e morramos”.
1 Reis 17:12
1 Reis 17:12
Isso é, são dois exemplos dos quais poderíamos relatar os de
Jesus Cristo diante dos necessitados.
Então não há dúvida da obra de Jesus Cristo e de Deus.
“Então chegou uma viúva
pobre”. (Marcos 12.42). Da sua pobreza revela
da sua necessidade.
Embora estivesse sem condições não teve vergonha em adorar à
Deus.
Sua adoração estava em comum acordo do que Deus realmente
quer dos seus filhos – um coração sincero. Posso de dizer com autoridade: Deus quer um coração sincero.
Não adianta fazermos tudo para nos mostrar boas pessoas se em
nós não tivermos com a verdadeira sinceridade.
O parecer não é ser. Eu posso manusear bem uma faca, mas isso
não me torna um médico.
Eu posso saber muito construir uma casa, mas isso não me
torna um engenheiro.
Eu posso saber contar muitas histórias, mas isso não me torna
um historiador.
No mundo de Deus, não é a relatividade que leva até Ele, mas
a objetividade sincera.
Aquela viúva tinha um objetivo, servir à Deus com toda
dedicação, pois deu tudo que tinha.
Deu tudo que tinha, deu do que possuía, deu com sinceridade e
deu seu coração.
Muitos pregam por aí, que o importante é dar, do seu
dinheiro, dar é o que é mais importante.
Não se toca na sinceridade dos seus fiéis, visto a
sinceridade não é aqui (na igreja), que interessa, mas da importância
financeira que você possa trazer.
Quanto são que irão se perder por acreditarem nessa
afirmação, nessas conjecturas sem se darem conta da verdadeira mensagem da
Escritura Sagrada e no caso da viúva pobre.
Jesus Cristo não queria mostrar a quantia que deveria trazer
para o templo (igreja), não!
Jesus Cristo não queria mostrar que deveria trazer dinheiro
para o templo (igreja), não!
Jesus Cristo não queria mostrar as situações financeiras de
cada um no templo (igreja), não!
Então, o que Jesus Cristo queria mostrar para os discípulos e
para nós? A verdadeira adoração está num coração sincero e humilde.
“... Em verdade vos digo que esta viúva pobre depositou no
gazofilácio mais do que o fizeram todos os ofertantes. Porque todos eles
ofertaram do que lhes sobrava; ela, porém, da sua pobreza deu tudo quanto
possuía, todo o seu sustento”. (Marcos 12.43-44), Bíblia da mulher, p.1589 -
2009.
Somente um coração sincero e humilde poderia fazer isso!
Pense: Você daria tudo que possuía do seu sustento? Duvido!
Mas aquela mulher era tão sincera e tão disposta em receber
de Deus da sua adoração que não hesitou, deu tudo.
O importante aqui não foi o seu dinheiro, foi sua disposição.
O importante aqui não foi o seu dinheiro, foi sua perfeição. O importante aqui
não foi seu dinheiro, foi da sua pureza e o importante aqui não foi o seu
dinheiro, foi seu coração sincero.
Mas os ditos “pastores”, não se dispõe em receber da sua
disposição, da sua perfeição, da sua pureza ou é do seu coração sincero, mas do
seu dinheiro é da sua importância.
Jesus Cristo repreende a todos quando diz: “... Da sua
pobreza deu tudo quanto possuía...” (verso 44), o que
equivale dizer, deu da sua sinceridade, mas do que todos aqueles (“Pastores da prosperidade”
fariseus), que no estalar das suas moedas e das suas condições, dão.
Diante desses fatos, refutamos as ações desses que estão
preocupados somente com aqueles que dão, e que no fundo no fundo – são essas as
intenções, arrecadar cada vez mais.
Ora, uma vez que já provamos diante do caso da viúva a noção
errônea que permeia nesta sociedade conforme seus pensamentos, ajudasse pensar
numa reformulação no sistema religioso, pois se continuarmos com essa
perspectiva, o fim será trágico – o inferno. [G].
Um blog abaixo da média, mas desafiando a lógica.
http://igrejaremanescente-igrejaremanescente.blogspot.com.br/* Serão permitida reprodução total quanto parcial, onde poder ser incluídos textos, imagens e desenhos, para qualquer meio, para sistema gráficos, fotográficos, etc., sendo que, sua cópia não seja modificada nem tão pouca alterada sua forma de interpretação, dando fonte e autor do mesmo. P.Galhardo.