A visão do Profeta
“Visão de Obadias. Assim diz o Senhor Deus a respeito de
Edom: Temos ouvido as novas do Senhor, e às nações foi enviado um mensageiro,
que disse: Levantai-vos e levantemo-nos contra Edom para a guerra.” (Obadias
1).
Obadias vê o futuro, pois anuncia os pecados dos edomitas e
que eles seriam, castigados por roubarem os bens dos moradores de Jerusalém
quando esta havia sido invadida, e conquistado pelos babilônicos no ano 586
a.C.
Assim fica claro que a profecia é estendida para o futuro,
porque apresenta um fato que ocorrerá depois. Mesmo que essa tenha que
acontecer no presente, tornar-se futuro, uma vez que o depois sempre será
futuro.
Um das provas mais contundente é, quando o profeta apresenta
a expressão: “Naquele tempo”, ou seja, num dia estabelecido haverá o cumprimento
de tal profecia.
“E o anjo continuou, dizendo: Naquele tempo, aparecerá o anjo
Miguel o grande príncipe, o protetor do povo de Deus [Jesus Cristo]. Será
[expressão verbal que leva para o futuro] um tempo de grandes dificuldades
(angústias), como nunca aconteceu desde que as nações existem. Mas nesse tempo serão
salvos todos os do povo de Deus.” (Daniel 12.1).
Os verbos apresentados indicam que a profecia seria cumprida
mais adiante, ou num futuro próximo.
A Bíblia é um livro que mostra os fatos que aconteceram no
passado, mas essas pessoas, sempre quem estava no presente, via um preanuncio
do que estava para acontecer.
Portanto, a trajetória da profecia era um fato que ocorreria
depois, e por isso futurística.
Os Profetas geralmente não sabia o dia que iria acontecer seu
anuncio, muitos menos a sua data, porém acreditava que iria ocorrer em algum
momento da história.
O próprio Daniel ficou doente, porque quando recebeu uma
revelação pelo anjo se viu sem saber o que significa e quando esta iria
ocorrer.
Muitos imaginam erradamente que os videntes, são aqueles que
dizem o que virá ser, mas esquecem de que eles não foram escolhidos para
acrescentar nada.
Entretanto, são os verdadeiros Profetas que intervém na
história do mundo, e apresenta o assunto concreto, mesmo que esse seja
ilustrativo por metáforas.
Ademais, tanto um como outro se difere, embora que os nomes
pareçam iguais, o vidente quase sempre tropeça nas suas aplicações, contudo o
Profeta, não.
A Profecia como um
objetivo
Deus tem um propósito, um supremo desígnio de estabelecer seu
reino eterno, e, portanto, um trato de amor para com a humanidade, a fim de
salvá-la.
Deus age de maneira eterna e constante, pois sua natureza é
eterna, e como tal, seu processo de atuação é extenso.
Os homens não conhecem o fim desde começo, mesmo adentrando no
texto bíblico para compreender o que irá acontecer futuramente, porém não é o
caso de Deus. Você conseguiria saber o que irá acorrer na sua vida amanhã?
Imagina-se que irá, acordar, comer, trabalhar e voltar para casa, mas saberá
que poderá tropeçar? Entretanto, Deus sabe tudo!
Há muitos falsos videntes que projeta eventos, pós acontecer,
que trazem mais confusões nas mentes humanas, que afirmações verídicas.
Se uma coisa anunciada é falsa e não condiz com a verdade,
porém, muitos creem, será óbvio que ficará e permanecerá no engano.
Toda profecia tem como trato trazer uma realidade a fim de
promover uma compreensão exata, a par no seu cumprimento, onde seu maior
objetivo é que irá ser feita uma mudança na história, mesmo que seja para um
fim ruim do ponto de vista de quem observa, ou dela que se adentra.
Quanto se sabe, nenhuma profecia é de elucidação humana, pois
foram homens enviados por Deus, com uma finalidade específica para trazer mesmo
que sejam textos proféticos bíblicos. Você pode perguntar, e no caso de Eliseu
que profetizou aos jovens que estavam ridicularizando-o quanta sua calvície e
os ursos mataram, é de Deus isso? Lembre-se, uma vez profeta, sua atuação
condiz com o que Deus quer. Entretanto, você ainda poderá perguntar: e no caso
do adultério de Davi, porque sendo profeta ele pecou? Mas, uma vez tenho que
dizer-lhe: sua conversão real acontecera depois do pecado, e não antes,
portanto, como profeta verdadeiro, o ocorrido deu-se para frente e não para
trás.
Assim, um profeta mostra sua profecia para gerações presentes e futuras,
como resultado dos planos que transcendem até sua compreensão do que ele mesmo
percebeu.
Ora, nem tudo que a profecia apresenta o profeta compreende
muito bem, mesmo que seja ele que anunciou, visto sua interpretação é limitada,
e a de Deus, não.
Portanto, ele carece de entendimento divino mesmo que nele
habite o espírito de Deus. Nas suas
aplicações e com frequências não identifica muito bem o objetivo, mas sabe que
serve para algum.
Ademais, consegui reconhecer que é humano e pecador, e mesmo
que a profecia atinja-o com clareza sua compreensão, mesmo assim, sempre
faltará algo a ser compreendido; uma vez que a recebeu e seu cumprimento se
fará depois e não aquele exato momento.
Lembre-se que mesmo Jeremias quando pregava sobre a
destruição que vinha de longe, nas suas angústias, pedia a Deus que vingar-se
daqueles que o estavam amedrontando e perseguindo-o. (Jeremias 11.20; 15.15;
17.18). E não conseguia ver com clareza essa vingança, embora sabendo que
aqueles seriam capturados pelo rei Nabucodonosor em 586 a.C.
Então, a profecia quanto mais estabelece seu cumprimento, mas
geralmente o profeta não ver detalhes, ou seja, minuciosamente precisão de
acontecimentos (atos mínimos).
Ele consegue enxergar o valor da profecia e seu cumprimento
quanto sua importância ao longo do caminho, que identifica ser certa para ele,
e a certeza que essa foi cumprida.
É na profecia que são determinadas às consequências dos atos
da humanidade:
1)
Segue
as marcas da história, épocas e eternidade, onde deixarão de existir e o que
surgirá.
2)
O
tempo trás um novo dia, o fim dos séculos e um recomeço.
3)
O
segredo revelado, sua atuação determinante para o estabelecimento de um reino.
“Ao vencedor, e ao que guardar até ao fim as minhas obras, eu
lhe darei autoridade sobre as nações, e com cetro de ferro as regerá e as
reduzirá a pedaços como fossem objetos de barro.” (Apocalipse 2.26 e 27).
Ainda mais, a profecia do profeta trará não somente aqui, mas
num futuro próximo seu julgamento de profeta de novo: “Ele julgará entre muitos
povos, e corrigirá nações poderosas e longínquas; estes converterão as suas
espadas em relhas de arado, e sua lanças em podadeiras: uma nação não levantará
a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra.” (Miquéias 4.3).
Deus é ele que comanda a coisa, e estabelece a causa do que
acontecerá no futuro, pois são-nos mostrados os mínimos deste plano, porque nem
tudo na Bíblia é apresentado de forma minuciosa, mas somente no resgate do
homem.
Seria impossível mostrar todos os eventos das coisas que irão
acontecer, porque seria como uma eternidade, e para tanto, somente nela que
entenderemos com mais clareza o objetivo de tudo, e as condições dos tais.
Conquanto possamos compreender sua vontade, a chave para o
entendimento das profecias está em saber a clareza que a Bíblia apresenta na
medida em que estudamo-la.
“Pois a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as
águas cobrem o mar.” (Habacuque 2.14).
Nossa direção não está em nos acharmos bons ou perfeitos, ou
mesmos videntes, mas sabermos que temos que seguir os passos Daquele que nos
resgatou e nos amou, cumprindo a profecia que uma vez Isaías disse ser ele o messias.
(Isaías 53).
“Olhai para Mim e sede salvos, vós, todos os habitantes da
terra.” (Isaías 45.22).
Os Escritos Passados e
o fim
Estamos no tempo do fim, e tudo que foi escrito, já passaram
mais de dois mil anos, e Jesus Cristo ainda não voltou.
Entretanto, quando vemos a realidade ocorrendo podemos
perceber que o cumprimento das profecias está-se aumentando, e já nos é
apresentado como fatos.
Eles disseram, “como nos dias de Noé”, é evidente e sem
negação, pois são-nos mostrados há todos instantes, guerras, rumores de
guerras, sodomia e gorromia, etc., que o fim se aproxima. Não há como negar de
jeito nenhum que estamos vivendo uma profecia sendo cumprida. Você poderá
dizer, mas sempre existiram essas coisas antes! Contudo, nunca como hoje seu cumprimento
é tamanho. Alguma vez agora, sem ser na época cristã primitiva, alguém viu as
cabeças das pessoas sendo decapitadas, arrancadas e colocadas em estacas ou
portões?
Ora, somente uma pessoa que não quer enxergar, que não
percebe que há algo estranho no ar. Muitos não conseguem ver o que os profetas
do passado escreveram, porque não quer se dá o trabalho para investigar, ou
simplesmente não tem vontade de reconhecer que o que tanto acredita, não possa
ser verdadeiro.
Assim como a mulher de Ló que amava as coisas presentes na
cidade, tais: joias, comidas, casas, carros, conforto, luxo e dinheiro à
vontade; que são como estatua, paradas no tempo e no espaço, e que não se move
a fim de obter compreensão necessária para se salvar. Em vez de se preocuparem
em saber da verdade presente, são como virgens imprudentes que quando foram à
festa do casamento, não levaram o azeite de reserva para iluminar o ambiente; e
quando acabou, queria das virgens prudentes seu óleo. Contudo, foi-lhe
negado.
A maioria das pessoas se diz, sou cristão, e, portanto, sigo
a Cristo, entretanto não reconhece suas profecias?
Está interessado no que a vida tem para oferecer que é,
prosperidade, conforto e luxo. Mas digo-lhes: “tais vendo tudo isso? Não ficará
pedra sobre pedra que não seja derrubada!”. É, meus caros, como nos dias de
Jerusalém quando invadida por Tito, que foram arrasados, presos e mortos, assim
será agora no tempo do fim.
Jesus alertou-nos que quando viesse e com ele os seus anjos
na sua glória, tudo seria destruído. Alguém teria a audácia de dizer que
Babilônia não invadiu cidades e arrasou povos estrangeiros, a menos que não
conhece a história mundial? Você sabia
que isso tá na profecia de Jeremias? Então, seguindo a lógica de que Jeremias
profetizou sobre invasões, destruições, sofrimentos e prisões, fazendo um
paralelo, entre uma e outra, ou seja, a profecia dele, e a história mundial,
podemos, abrir os olhos e perceber que fora concreta sua mensagem; portanto, levando em conta, o passado, chegamos à conclusão que a profecia de Jesus
Cristo: “como nos dias de Noé”, cumprisse em nossos dias.
Entretanto, nem todos viram essa profecia ser cumprida, mas
isso não tira a verdade presente, uma vez que na profecia a outra que diz:
“Todos estes morreram na fé, sem ter obtido as promessas, VENDO-AS, porém, de longe e
saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra.”
(Hebreus 11.3).
Eles ficaram vendo de muito longe, mas nós a vemos de perto e
percebemos seu cumprimento, e vamos continuar achando que falta acontecer? Isso
seria o cúmulo da falta fé! Há aqueles que querem enxergar prosperidade
financeira, estais de aviso, perto está o ladrão para roubar-lhes tudo que tu
tens.
Muitos buscam uma pátria terrena, outros buscam uma pátria
celestial, uns querem ficar aqui mesmo, como a mulher de Ló, outros querem está
como Abraão.
Ficam nas expectativas de conseguirem resolver seus problemas
financeiros, uma vez que acham que resolvidos podem viver em paz, sem ninguém
estarem lhe cobrando, nem enchendo o saco, e, vão há alguns lugares, muitas
vezes em lugares que pouco se ouve da Bíblia Sagrada para agradar-lhe seus
sofrimentos, e quando chegam lá enchessem de esperança, porque vão ser resolvidas
suas dificuldades, e, portanto, não mais estarão em crises. Ledo engano!
“ora, todos estes que obtiveram bom testemunho por sua fé,
não obtiveram, contudo, a concretização da promessa por haver Deus provido
coisa superior a nosso respeito, para eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados.”
(Hebreus 11.39 e 40).
Percebeu a contradição? “sem nós”, sem os profetas
verdadeiros não se conseguem obtiver verdadeiros aperfeiçoamentos vistos não
compreenderam bem o caminho, e como andariam bem nele? Você poderá dizer, mas
Jesus Cristo não disse: ser ele o caminho? Sim, disse. Contudo, isso não anula o
ensinamento dos profetas. Lembra quando ele mesmo disse: “Não penseis que vim
revogar (anular), a lei ou os Profetas, não vim anular, vim cumprir?” (Mateus
5.17 e 18). Em outras palavras Jesus estava dizendo que havia vindo cumprir o
que os profetas haviam estabelecido com regra de vida, e sobre as profecias que
havia anunciado ou profetizado.
Vocês conseguem enxergar com clareza essa afirmação: “Os
sábios entenderão?” (Daniel 12.10). Aqui está mostrando que aqueles que forem
sábios, entenderão o que os profetas profetizaram, ou seja, as pessoas que
farão parte da classe privilegiada (salvos) saberão que as profecias são
verdadeiras e entenderão elas.
Podemos admitir que, muitas coisas que acontecerão no nosso
meio ou num futuro próximo não estão escrito, mas lembre-se que, as profecias
são-nos dadas, contudo não de maneira minuciosa (detalhada) com já havia dito
antes.
É verdade que a igreja remanescente está sendo aperfeiçoada e
restaurada, até o final dos tempos, porém chegará uma hora que essa igreja terá
que decidir, vou seguir literalmente o que a Bíblia apresenta, ou vou ficar na
minha conjectura? Lembre-se que a igreja morna ou indecisa, vai ser jogada ou
vomitada para fora. (Apocalipse 3.16).
Aqueles que como a mulher de Ló que só querem enxergar as
riquezas, os valores que o mundo tem para oferecer, serão estes, e não
outros, que o vômito do salvador, a gosma, transformarão em estátua para o fogo
eterno.
“Creiam nas profecias e estareis seguros, creiam nos seus
profetas e prosperareis”, a segurança da vida eterna, aqui não se trata desta
vida, mas da vida na eternidade celestial. Estejamos lá! [G]
Continua...
http://igrejaremanescente-igrejaremanescente.blogspot.com.br/
*
Serão permitida reprodução total quanto parcial, onde poder ser incluídos textos, imagens e desenhos, para qualquer meio, para sistema gráficos, fotográficos, etc., sendo que, sua cópia não seja modificada nem tão pouca alterada sua forma de interpretação, dando fonte e autor do mesmo.
P.Galhardo.