sábado, 11 de maio de 2019

O Sonho de Ezequiel


Ezequiel 37

Introdução

Era o ano de 538 a.C., o rei Nabucodonosor rei da Babilônia invade Jerusalém, guerreia e aprisiona alguns moradores e os leva cativos; o rei Joaquim bem como os indivíduos mais importantes da época – príncipes e artesãos (2Reis 24. 8-17).

Dentre esses estava o sacerdote Ezequiel (1.1) que morava a beira do rio Quebar, juntos dos judeus que havia sido levados prisioneiros para Babilônia.

Neste mesmo tempo Ezequiel teve uma visão donde o céu se abriu e mostra-lhe o que deverei fazer, mas agora como Profeta (2.2).

Sabemos, ao analisar a vida dos habitantes de Jerusalém que eles viviam em pecados, pois o rei era o principal pecador (2Cr.36.5-8).

Diante dessas circunstâncias, Deus chama o profeta para conclamar Israel a fim de voltar-se para Ele.

O Vale dos Ossos Secos

Muitos pregadores e alguns judeus invocam e anunciam a profecia de Ezequiel 37, como um parâmetro de um retorno futurístico, como exemplo: o retorno de Israel em 1948. Mas o contexto não nos leva acreditar nisso, uma vez que Jerusalém é invadida de novo no ano 70 d.C., pelo imperador Tito.

A profecia é uma referência ao primeiro retorno e não ao segundo.

Nesse contexto eles haviam adquirido deuses pagãos com objetivos de adora-los por necessidade de apresenta-los aos seus moradores, isto é, mostra-los com formas palpáveis (Jr. 3.6-10).

E Deus não estava em primeiro lugar com supremo e bem dizer inserido nessa forma de adoração. Por isso, e não de outro forma, Deus assume um papel de possuidor, disciplinador e salvador do povo de Israel através do Profeta Ezequiel.

O vale dos ossos secos é um campo de mortos já consumidos pelos vermes, pois já não há mais carne/vida.

A vida se fora e agora o que só exala são coisas inanimadas, uma vez que ossos não se mexe e não isquemia (suspensão ou deficiência de sangue).

Além de serem ossos secos, eles estavam separados, pois não havia nada que os ligassem, visto se precisa de músculos para se fazer isso.

O gatilho que estava faltando deveria ser composto de vários fatores – tendões, músculos, pele e sopro – vida.

Em meios aos absurdos em relação aos valores que buscava Israel, Deus com sua misericórdia anuncia que iria trazê-los de volta para sua verdadeira terra.

Prontamente revestisse de profunda compaixão e revela ao profeta Ezequiel que irá formar uma nova geração a partir do nada.

A revelação de Deus sobre os acontecimentos, revesti-nos de profunda novas decisões quando se trata do seu amor mesmo para um povo rebelde.

A celebração de uma norma quando simbólica, mesmo através de um sonho, exulta intricado que mesmo o homem pecaminoso e desobediente, a salvação ainda estará disponível para ele.

Ademais, o favor de Deus é para um povo imerecido.

Isso não quer dizer que este mesmo permaneça no caos.

A severidade de Deus estará exposta, pois sua santidade é contrária ao fator insurreto.

Na história medieval as normas muitas vezes se traziam constituídas por adaptações e composições trazidas pelos seus próprios componentes.

Vamos ser mais claro: os bispos, monárquicos e autoridades eclesiásticas, fundamentavam-se em seus próprios parâmetros ditatórias de suplementação do que aceitaram serem bons para os povos contemporâneos.

A estruturação Israelita estava seguindo este mesmo valores, outrora revestidos por celebração ao que haviam aceitado como então, fosse necessário fazer.

Assim, veio Babilônia invocado pelo próprio Deus no intuito de transformá-los através de prisioneiros, angustiados e sem pátria.

Ora, mas você pode salientar: mas Deus não é bom, como pode então trazer o mau?

Ora, meus caros, não confunda às coisas! Deus não é antropomórfico (doutrina que atribui a Deus forma, ações, virtudes e defeitos humanos). Ele conhece o futuro, pois é onisciente, e, portanto, sabe o que irá acontecer quando deixa nós tomarmos nossas próprias decisões erradas.

Israel conhecia que não poderia adorar outros deuses, pois somente YaHaWeH era o Deus deles.

Se um professor ensina que o Brasil não foi descoberto por Cabral, uma vez que já existia moradores, como pode Israel acreditar que Cabral e seus comparsas foram os verdadeiros descobridores? Percebeu?

Já existia o verdadeiro descobridor do mundo – YaHaWeH.

Mesmo vindo, após, outros descobridores, o verdadeiro já existia; e, então, os outros, são falsos.

Não podemos em hipótese nenhuma, neste caso, desconsiderar a semântica da palavra profeta que quer dizer, adj. e. s.m. 1. Homem inspirado, que fala em lugar de Deus. 2. Individuo que prediz o futuro. Fem.: profetisa. LUFT, Celso Pedro, Minidicionário Luft, p. 540, 1921. Editora Ampliada.

Portanto, quando o profeta Ezequiel estava vendo os ossos secos revivendo em forma humana, era o que ele como homem de Deus iria anunciar aos israelitas que iriam reviver e retornar a Jerusalém.

Israel estava morto assim como aqueles ossos secos; e sobre aquele simbolismo apresentado reviver (Ez. 37.7).

Israel estava dentro da antinomia, isto é, entre duas leis ou princípios. E Ezequiel, que era Deus na terra, não poderia admitir essa forma de reverência.

A amostra do vale dos ossos secos é uma revelação do Israel outrora admitido como estava – morto.

Agora preso e morto espiritualmente, precisava ressurgir através de alguém.
Deus sempre escolhe alguém a fim de mostrar o caminho que o povo deve tomar. Deus escolheu Jonas medroso e tímido para ir a Nínive mostrar o pecado do povo. É bom que se diga que Jonas não era perfeito.

1)    Jonas, fugiu da presença de Deus;

2)    Jonas, enganou os navegantes, pois só revelou depois o porque do vendaval quando estavam prestes a morrerem;

3)    Jonas, duvidou de Deus, uma vez que tinha medo de ir a Nínive;

4)    Jonas, não acreditava na oração, só o fez quando estava em aflição no vente do peixe;

5)    E por fim, Jonas, pediu para morrer.

Assim, levando em conta não só Jonas como outros profetas, o homem não precisa ser perfeito, aliás, ele não pode ser aqui.

A perfeição mesmo sendo invocada e querendo ser adquirida, visto anunciada na Bíblia, isso é impossível ao que se refere nesta vida.

Lembre-se: não conseguir não significa não querer tê-la.

A busca deve ser constante, uma vez que isso é uma norma indiscutível. Em tudo devemos ter em mente às normas morais e preceitos exigidos ao homem.

Quando se fala em Israel devemos ter em consciência que se trata de dois reinos, do Sul e do Norte.

Deus faz uma aliança para restaurar, mas de unificação. “Deus não faz acepção de pessoas.”

Embora os dois reinos foram divididos por volta do ano 931 a.C., (1Reis 12), Ele não rejeitou Israel no sentido literal absoluto, contudo, acentuou os seus pecados quando os deixou prisioneiros em Babilônia.

O homem precisa passar pelo deserto a fim de renovar-se.

O homem que nunca passou pelo deserto não conhece a glória de Deus.

O homem que passa pelo deserto ouve a voz de Deus no sentido absoluto.

Entretanto, alguns mesmos passando pelo deserto, rejeita-o.

A decisão de escolhas é do homem, não de Deus.

Deus não tira o livre arbítrio do homem, todavia, tenta busca-lo.

Quando Deus manda o profeta juntar duas tábuas que simbolicamente é os dois reinos, norte e sul (Ez. 37. 15-22), revela que irá salvar e tirar o povo de Israel do reino que os aprisionava e os resgataria de volta, e não somente isso, mas que os fariam dos israelitas um povo purificado (verso 23).

Portanto, o vale dos ossos secos, não só é uma representação do Israel renovado, como na continuação do capítulo todo é uma restauração de um povo por completo. Aqui quem os santifica é o próprio Deus.

A aliança que Deus faz com Israel através do profeta é uma referência de paralelismo entre ele e o profeta que é um homem que peca.

É Deus que santifica o profeta. Deus faz do homem como nação uma purificação porque é ele representado no homem como santo.

Já não é o homem sendo homem agindo, mas o homem sendo divino agindo.

Israel é homem, mas Israel tem um homem Deus – o profeta Ezequiel.

O vale dos ossos secos é um vale de homem imperfeitos que se tornaram perfeitos através do profeta Ezequiel.

Conclusão

A demissão de Deus à Israel que estava recluso nos pecados dos povos pagãos trazia uma restruturação ao novo Israel.

Ele queria mostrar ao seu povo que uma vez em pecados e assumindo isso, seriam aprisionados não somente por uma nação, porém, aos seus próprios costumes.

O bom disso tudo é que Ele nunca esquece daquele que o chama.

Deus não escolhe errado, mesmo que esse venha a afastar-se.

Dentro de Israel mesmo em pecados estavam homens de Deus.

A nação é encarcerada e representada como um todo, entretanto, existe indivíduos separados.

A separação pode ser distinguida por profetas(izas) e por sábios, mestres e artesãos.

Israel é todo aquele que está e estará em busca de Deus.

Israel foi salvo no vale onde estava morto porque Deus não nega sua aliança, bem como sua salvação que outrora revelou a Abraão.

Israel pode ser um todo, mas Israel pode ser individual.

Israel pode ser um vale dos ossos secos, porém, pode ser um revestido de carne.

Por fim, Israel será salvo. [G].

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