“Enquanto Jesus ia caminhando, a multidão o apertava de todos
os lados. Nisto, chegou uma mulher que fazia doze anos que estava com uma
hemorragia. Ela havia gastado com os médicos tudo o que tinha, mas ninguém
havia conseguido curá-la”. (Lucas 8.43).
É comum por mais que não queiramos julgarmos às pessoas, pois
nos achamos superiores aos mesmos.
Dizemos: “ah, ele tá passando por isso porque ele não é fiel!
Ele se diz homem de Deus, mas com sua família é diferente”.
Queremos sempre compararmos nossa situação que às vezes são
muito boas, porque viemos de boas famílias, bons lares, boa educação etc., aqueles
que nem conhecemos intimamente.
Muitos nem se dão conta que seu pai é um pastor, um diretor,
um professor etc., sim, aquele que pode comprar boas comidas, boas roupas, bons
carros e enviar suas notas para que outros paguem e com isso, temos “tudo de
bom”.
A mulher com uma hemorragia poderia ser filha de uma dessas
pessoas, pois quando lemos nas Escrituras Sagradas, percebemos que ela possuía
uma vida financeira estável, uma vez que havia gastado seu dinheiro com
médicos.
Ninguém sabe ao certo se ela possuía família de posses, mas
não podemos negar que sua vida era financeiramente ótima.
O problema não se tratava de relacionamento, mas de uma doença.
Logo que os problemas aparecem, entendemos e compreendemos que estamos à mercê
dos mesmos.
Vivemos querendo e observando os outros, quanto fazendo uma
comparação conosco em relação que ele tenha o mesmo paradigma que nós, pois se
vivemos bem, achamos que somos referencia para orgulhosamente apresentar como
modelo de nossa vida para os outros.
O problema não está somente na nossa vida, porque somos
pessoas insignificantes quando uma doença nos aparece, e então, percebemos que
o mal que pode também nos atingir.
Alguém já presenciou uma pessoa no estado terminal, ou mesmo
que seja uma pequena doença quando internado, como ele fica? Não dá para
sentirmos por completo seu estado, só podemos querer compreender.
Eu conheci várias pessoas que aparentemente foram fieis a
Deus, e adoeceram quanto morreram – foram muitas.
Quanto aos tratamentos quer sejam pessoais, vi pessoas que se
casaram e ficaram viúvas não só somente uma vez, mas três vezes.
Poderíamos pensar: o que tem de errado com essa pessoa uma
vez que perdeu seu marido tantas vezes? A resposta pode ser óbvia, nada!
Estamos num mundo cheio de contradições, cheios de dificuldades
e problemas que muitas vezes somos incapazes de resolvê-los, e que somente através
de Deus que talvez possamos conseguir resolvê-los.
Levamos tempo para resolver nossos problemas e nem sempre conseguimos.
A mulher do fluxo de sangue havia doze anos sofrendo com essa
doença e não havia quem a curar-se. Havia gastado todos os seus recursos no
tratamento.
Ela tinha culpa? Talvez nenhuma! Ela era filha de pastor
(prosélito da época)? Talvez fosse, não sabemos! Ela tinha condições financeira?
Sim, pois possuía soluções monetárias. Ela trabalhava numa escola, ou numa instituição
que lhe dava condições de pagar das suas despesas? Talvez, não sabemos!
O que sabemos que ela tinha gastado todos os seus “bens” no
tratamento dessa enfermidade.
Aquela mulher estava disposta em se humilhar, não era
igualzinha aos discípulos que supostamente estavam somente ali por aparência.
“Tudo o que eles fazem é para serem vistos pelos outros. Vejam
como são grandes os trechos das Escrituras Sagradas que eles copiam [Leem] e
amarram na testa e nos braços! E olhem os pingentes grandes das suas capas!
Eles preferem os melhores lugares [ quando chegam com suas mudanças vindo de
outros ambientes, ou são transferidos, “a empresa” logo arranjam um lugar para
eles no lugar de outros, e quando não transferem aqueles que já ocupam esses
lugares, os demitem no intuito de darem esses recintos às mulheres dos pastores
(fariseus)] nos banquetes e os lugares de honra nas Sinagogas [igrejas]”.
(Mateus 23.5).
Enquanto os discípulos estavam preocupados que ninguém empurrassem
Jesus Cristo não porque queriam protege-lo, mas porque queriam está na frente,
isto é, ser um dos primeiros, a mulher por outro lado, só queria tocá-lo e
sentir do que haviam lhe dito: “Ele pode curá-la!”.
O homem busca aconselhar outros não porque às vezes quer ajudá-lo,
porém, a fim de que outros saibam que ele pode fazer isso.
Isso não quer dizer que não existam pessoas que tenham mesmo esse
propósito, mas na sua maioria, não.
Somos muito arrogantes em nem querer admitir nossa falha. Só
nós somos capazes de tocar em Jesus Cristo, o resto não.
Todos estão supostamente tocando no manto de Jesus Cristo,
mas os “doentes (enfermos, separados, filhos(as) de pastores etc.) não podem.
“Ela foi por trás de Jesus e tocou na barra da capa dele, e
logo o sangue parou de escorrer”. (verso 44).
Para os discípulos parecia uma novidade, simplesmente porque
o conhecimento expunges estavam em proteger o Mestre. A escala deles frequentemente
se disponha em identificar de quem podia ou não chegar perto do seu professor.
A necessidade em estar juntos, entorpeciam-lhes a verdade que
lhes impôs não corresponder aos objetivos dAquele que estava presente.
Queriam confrontar o próprio Senhor do sabe tudo, pois logo expõe:
“– Mestre, todo o povo está rodeando o senhor e o está apertando”. (Verso 45).
Jesus sabia que alguém havia que lhe tocado, mas seus
seguidores somente queriam descentralizar o verdadeiro toque, mesmo não tendo a
devida compreensão daquilo que lhe faziam presente.
Não é fácil entender dos mistérios porque somos até mistérios
para nós mesmos.
Somos os piores observadores, contudo, achamos que somos bons
no que fazemos, uma vez que podemos comprar, viver bem, ter um belo casamento,
dinheiro, casas, terrenos, carros e muitos mais.
Talvez se parássemos para observar o toque no manto, compreenderíamos
que somos extremamente arrogantes e egoístas quando pensamos que conhecemos aqueles
que nos cercam.
O impulso de condenar é muito claro! “Se vc é homem de Deus,
então porque não administra bem seu lar?”.
Claro que não compreendemos bem o conhecimento para fazermos
tal pergunta, ou seja, não entendemos de psicologia comportamental que não
somente envolve nosso ser, mas no trato afetado na outra pessoa.
Geralmente é comum quando vamos ao consultório de um
especialista, ele começa nos ouvir, uma vez que quer nos entender quanto nossa
aflição ou angústia a fim de chegar de um começo de tratamento, não de cura.
Mas isso não quer dizer que não possa alcançar tal propósito.
Tentamos tratar pessoas com nosso conhecimento, mas não basta
tê-lo, porém, que outros o aceite.
Os discípulos andavam com Jesus Cristo, eles faziam presente
em todos os seus caminhos, todos andavam juntos, comiam e até dormiam unidos,
mas não se dispunham em compreender dos seus ensinos. Percebeu?
Imagine-se criado num ambiente onde seu pai é um alcoólatra e
sua mãe uma desqualificada, e onde a tradição não seja pagar às contas e por
vezes cortem sua luz e água.
Qual seria seu comportamento diante desses fatos? Você teve o
privilégio em estudar numa boa escola da vida?
Talvez a mulher menstruada fosse aquela que era filha de um
pastor de “sucesso” que pode colocar sua filha numa escola particular.
Talvez ela fosse uma apresentadora de um programa de ensino
religioso e tivesse condições de pagar das despesas da sua doença. Quem sabe?
Existem princípios obscuros que supostamente podemos até
querer orientar, contudo, estão longe da nossa revelação, uma vez que são abstrusos
aos nossos olhos.
Compreendemos da necessidade de queremos ajudar, mas não queira
parecer realmente que sabe da angústia da mulher – não está em você a doença.
Não diga: “Ele é homem de Deus e não sabe administrar sua
casa!”, pois Davi era homem de Deus e não sabia.
Considere às doenças como fator indiscutível de serem
evitadas quando aparecem.
Considere que pessoas estão doentes sem saberem que estão.
Considere os fatores de cultura e criação.
Considere que podemos adoecer.
Considere que morremos.
Considere que ficamos viúvos.
E considere que não queremos tocar o manto.
A teoria é uma forma de mostrar daquilo que supostamente
conhecemos. Entretanto, é na experiencia epistemológica que realmente atingimos
o verdadeiro conhecimento da pesquisa(fatos).
Mas você poderá me dizer: - Eu já vi e ouvi de muitas
histórias de pessoas que foram criadas em ambientes totalmente desqualificado e
conseguiram sair e viverem muito bem.
Eu não discordo da sua interpretação, mas lembre-se que isso
é resultado de muito esforço e que o índice de sucesso é muito pequeno.
Certa vez ouvi um sermão de um pastor que subia no púlpito e
pregava com toda ousadia e intrepidez daquilo que nunca presenciou. E então,
até ser repreendido pela sua esposa, que disse: “pregue daquilo que você viveu
e não do que não viveu!”. Percebeu?
Sabe, é muito fácil julgamos coisas que nunca estivemos
presentes, pois nos é confortável uma vez nunca estivemos em tais
circunstâncias.
Dependendo da situação às perspectivas podem serem mudadas. Um
código moral num lugar inóspito será diferente para cidade urbana.
Existem tolerância incongruentes em algumas regiões onde
seriam um absurdo para nós.
Nós costumeiramente não comemos cachorros, mas na China, sim.
As africanas islâmicas têm por costumes circuncidarem seu
clitóris.
“Mas Jesus disse: - Alguém me tocou, pois eu senti que de mim
saiu poder”. (verso 46).
Aquela mulher deveria sentir-se a pior das pessoas do mundo
porque vivia numa cultura que não admitia esse tipo de “sujeira”, pois isso já
fora determinada pela lei de Moisés quanto a respeito de impurezas do homem.
“A
mulher que tiver hemorragia ou que continuar menstruada além do tempo normal
ficará impura como durante a menstruação”. (Levítico 15.25).
Considere a aflição dessa mulher vivendo na impureza “infinita”?
Considere do seu tormento.
Imagine-se no lugar dessa mulher vivendo numa cultura que não
queria ela presente.
Considere ela vivendo em regiões fora do convívio de pessoas.
Considere suas angústias.
Quando ela soube que havia um homem que poderia trazer-lhe
paz, não pensou duas vezes, correu e se prostrou de joelhos para ser curada.
Mas não sabia que ainda iria enfrentar outro problema que era
chegar perto dAquele homem.
As multidões impediam-lhe de aproximar-se dele.
Os guardas (discípulos) ainda não poderiam deixa-la chegar
muito perto deste homem.
Havia muito empecilho, mas ela não se desesperou, pois tinha
muita fé e rasgando a multidão, tocou-lhe o manto.
O problema nosso é não queremos enfrentar às dificuldades da
vida, estamos sempre encontrando guardas que nos impedem de chegarmos na frente
mesmo escondidos.
A mulher menstruada nem quis saber de apresentar-se, ela
queria somente receber as benesses do poder do homem que cria.
Embora escondida, Jesus a percebeu. Ninguém chega perto de
Jesus sem que ele não perceba do seu toque.
“Então a mulher, vendo que não podia mais ficar escondida,
veio, tremendo, e se atirou aos pés de Jesus E, diante de todos, contou a Jesus
por que tinha tocado nele e como havia sido curada na mesma hora.” (Verso 47).
Considere que não podemos ter dúvidas do que queremos?
“Aí Jesus disse: - Minha filha, você sarou porque teve fé! Vá
em paz. (Verso 48).
A sua fé foi o resultado da sua cura, mas não somente isso,
ela teve a paz que tanto procurava, pois vivia escondida. Percebeu? Ela foi até
Jesus escondida porque não poderia está no meio deles, uma vez que era impura e
segundo a tradição deveria estar longe dali.
O que no passado era uma imposição de impureza, no futuro ela
vivia o presente da doença adquirida, e, portanto, da humilhação existente em
forma de imposição.
Existia várias barreiras para ela, porém, isso não impediu
que ela ultrapasse todas elas a fim de poder chegar onde queria.
Havia complexidades demais, mas havia esperança. As pessoas
relatavam que havia um profeta que fazia milagres.
Ela foi induzida em acreditar mesmo não o conhecendo. Ela
creu. Ela se dispôs em ir na sua presença.
Talvez sua situação financeira já não era mais às mesmas
visto havia gastado todo seu dinheiro no tratamento.
Não existiam formulas que pudessem resolver de forma significativamente
e contundente da sua peste.
Sua única solução era encontrar aquele que tanto ouvira. Então
foi em direção à Ele.
E agora houve salvação – foi curada.
O que importa não é saber, isto é, conhecer, todavia, é crer –
ter fé. [G].
Um blog abaixo da média, mas desafiando a lógica.
http://igrejaremanescente-igrejaremanescente.blogspot.com.br/*
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P.Galhardo.