domingo, 13 de dezembro de 2020

O orgulho dos homens


O orgulho dos homens

É comum para pessoas que estão numa situação mais abastadas terem os olhos voltados para julgamentos sem se darem conta das condições daqueles que vivem em privações; pois anelam que são ajustados e por conta disso, suas vidas são como são (de prosperidade).

Certa vez um homem ao chegar a Jesus disse: - Mestre, o que devo fazer de bom para conseguir a vida eterna?

Jesus respondeu:

- Por que é que você está me perguntando a respeito do que é bom? Bom só existe um. Se você quer entrar na vida eterna, guarde os mandamentos.

- Que mandamentos? – perguntou ele.

Jesus respondeu:

- “Não mate, não cometa adultério, não roube, não dê falso testemunho contra ninguém, respeito o seu pai e a sua mãe e ame os outros [próximo] como ama a você mesmo.”

- Eu tenho obedecido a todos esses mandamentos! – respondeu o moço – o que mais me falta fazer?

Jesus respondeu:

- Se você quer ser perfeito, vá, venda tudo o que tem, e dê o dinheiro aos pobres, e assim você terá riquezas no céu. Depois venha e me siga.

Quando o moço ouviu isso, foi embora triste, pois era muito rico. Jesus então disse aos discípulos:

- Eu afirmo a vocês que isto é verdade: é muito difícil um rico entrar no Reino do Céu. E digo ainda que é mais difícil um rico entrar no Reino de Deus do que um camelo passar pelo fundo de uma agulha.

Quando ouviram isso, os discípulos ficaram muito admirados e perguntavam:

- Então, quem é que pode se salvar?

Jesus olhou para eles e respondeu:

- Para os seres humanos isso não é possível; mas para Deus, tudo é possível.

Aí Pedro disse:

- Veja! Nós deixamos tudo e seguimos o Senhor. O que é que nós vamos ganhar?

Jesus respondeu:

- Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quando chegar o tempo em que Deus vai renovar tudo e o Filho do Homem se sentar no seu trono glorioso, vocês, os meus discípulos, também vão sentar-se em doze tronos para julgar as doze tribos do povo de Israel. E todos os que, por minha causa, deixarem casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou terras receberão cem vezes mais e também a vida eterna. Muitos que agora são os primeiros serão os últimos, e muitos que agora sãos os últimos serão os primeiros. (Mateus 19. 16-30).

Entenda, não é porque estão ou estarão numa posição privilegiada que possuem mais privilégios diante de Deus. A prova disso se encontra no capítulo 20 de Mateus; a recompensa de Deus não se resume no que a pessoa faz, e muito menos do que possui.

Claro que é importante como exemplo, uma família estrutura e adequada aos moldes de Deus; porém, isso não é tudo. O jovem rico tinha tudo que o dinheiro pudesse lhe oferecer, e mais: guardava os mandamentos.

Ser bom para o jovem, era ser praticante daquilo do que aprendeu com sua comunidade.

Ora, quando vivemos nos princípios de uma sociedade é comum fazermos às mesmas coisas que elas fazem; quando frequentamos uma religião, somos condicionados em agir da mesma maneira que daqueles que nos cercam.

Observe agora: “A segunda fase consiste em colocar muitas vezes o rato na caixa, onde experimentador o alimenta, apresentando-lhe uma bolinha de comida de cada vez na pequena bandeja. O animal se acostuma com essa situação e com o ruído causado pela saída da bolinha (‘Clique’).”

O experimento de Skinner em 1932, na Universidade de Harvard, nos mostra que se pode condicionar às ações humanas em certo sentido para que se faça a coisa “certa”.

Isso na psicologia chama-se de condicionamento operante, e é muito usado no intuito de analisar o comportamento humano (Behaviorista).

Embora pareça que o homem não seja um rato, e ele óbvio que não é, o indivíduo em uma cultura costumeiramente farisaica realmente se comporta como tal.

Existe um ditado muito comum: “Dizes-me com quem andas, e direis quem tu és.”

Quando Jesus o manda se desapegar daquilo que o prendia, em certo sentido ele teria que deixar de fazer o que antes fazia, que ao que parece, só obras.

Sim amigos, você pode está fazendo tudo do que é certo de maneira errada.

A nossa condição de “bem-estar”, pode estar nos enganando e passamos acreditar que nosso caminho é correto.

O rico havia alegado que fazia tudo que os mandamentos lhe pediam, entretanto, eram só deveres. Algumas pessoas realmente acreditam que receberão recompensas por isso – por estarem cumprindo suas obrigações.

A maior prova que não se pode ganhar a provação de Deus fazendo coisas, está na cura do paralítico em Marcos 2, uma vez que até para ir a Jesus tiveram que carregaram-no.

A admiração dos fariseus quando Jesus diz: “Os seus pecados estão perdoados”, prova o engano de muitos. O paralítico não tinha nada para oferecer; e muito menos ao que parece tinha uma vida confortável.

Entenda, não estou alegando que não se possa ter dinheiro ou conforto, estamos falando de crença daquilo que estamos acostumados em crer ser a verdade.

A verdade é mais profunda do que se possa imaginar;

A verdade não se resume somente em ações;

A verdade não só se restringe em ter uma família exemplar;

A verdade é Jesus e somente nele é que podemos depositar nossa confiança.

Se a verdade estivesse nas mãos daquilo que achamos do que é correto em fazer, a verdade por si só já levantaria uma contradição com aquele que é a verdade no que tange ao propósito de salvação.

A verdade do rico em ter poderia assisti-lo, mas não foi isso que aconteceu.

Claro que entendemos o objetivo oralmente proposto pelos doutores, teólogos, pastores e tudo mais, em querer estabelecer os rumores de uma vida digna. Conquanto pareça necessário, e no mais outros motivos, no reino de Deus, o trato é paradoxal.

E temos a prova do que digo: “Jesus ia caminhando viu um homem que tinha nascido cego. Os seus discípulos perguntaram:

- Mestre, por que ele homem nasceu cego? Foi por causa dos seus pecados dele ou por causa dos pecados dos pais dele?

Jesus respondeu:

- Ele é cego, sim, mas não por causa dos pecados dele nem por causa dos pecados dos pais dele. É cego para que o poder de Deus se mostre nele.” (João 9. 1-3).

Tanto como outrora como hoje, é motivo de crença que uma vida prospera é porque caminha no sentido correto, mas no reino de Deus às coisas não são bem assim.

Há motivos e mais motivos para uma renovação de vida.

“O reino de Deus é semelhante a uma rede onde pesca todo tipo de peixes.”

Se não é a riqueza, uma família estrutura, um caminho “correto”, etc., que se pode ser salvo, então o que devo pensar? Ora, isso é muito fácil:

Entenda: quando nós lemos das curas que Jesus fizera, o que eles tinham para oferecer? Só fé!

Era a fé que lhes levaram aos resultados esperados.

Não eram casas dispendiosas, nem se vestirem com trajes elegantes, nem o falarem bem, nem o viver luxuoso, muito menos as posições que ocupam que garantiam o conferir de Deus.

Compreenda que não estamos alegando que não se seja importante traçar esses objetivos ou tê-los, mas isso não é tudo o fim daquilo que Deus faz.

Se o mundo fosse perfeito no sentido de ações corretas, não precisaríamos de um salvador, pois estaríamos com os ditames do esmero nas mãos como garantia do prêmio.

E olha que não faltam pessoas que briguem quanto sermos perfeitos.

Se alegamos que somos pecadores, declaramos que somos imperfeitos. Percebeu?

Se conclamamos que somos perfeitos, somos imperfeitos pela alegação, porque não há homens perfeitos.

Entenda, quanto a alegação; “Sede perfeitos como eu sou perfeito.”, o ditame (verbo) está no futuro.

E quanto a isso, só na glorificação.

Observe agora um erro despercebido: “Existe, dizia ele, ‘um país onde ninguém é condenado pelos males que não pratica, um país onde existe justiça. Ficai por lá até que [Deus] ache por bem abrir-vos o caminho que vos livrará desta adversidade.” Triste, mas eu só obrigado a dizer: Nunca existiu tal país! Portanto, a afirmação não é verdadeira. Mas aos olhos de nós nos passam despercebido certas coisas.

O nível de empenho em fornecer devida atenção no dogma religioso implantado como fornecimento, é o resultado do que o povo irá crer.

A questão se traduz em crença naquilo que nos é implantado pelos hábitos e costumes de culturas.

Observe: Os australianos são pontuais e bastante informais; os chineses, relógios são símbolos de azar para os idosos, as cores branca, azul e preta são associadas a funerais. Já o vermelho, o amarelo e o rosa são considerados como um anúncio de sorte...[etc.];

A semana, para os muçulmanos, vai de sábado a quinta. Sexta feira é um dia sagrado; [na Índia], as mulheres não podem conversar em público se estiver sozinha. Sete (7) é um número de sorte;

No Japão, as pessoas nunca são chamadas pelo nome, apenas pelo sobrenome.

Os jantares acontecem em restaurantes e duram horas.

Presentes são embrulhados em papéis de cores leves, sem laços ou fitas, nunca em papel branco.

Não devemos oferecer presentes que venham em número de quatro.

Quatro (4), em japonês, tem o mesmo som da palavra morte.

No Quênia, flores são geralmente usadas para expressar condolências.

Sete (7) é um número de azar.

Mais detalhes, leiam o livro, A influência do consumidor nas decisões de marketing, de Marcia Valeria Paixão. Embora, ela esteja falando de negócios, o trato exposto nos mostram o vislumbre das diferenças em se querer crer naquilo que as tradições humanas ‘impõe’, para sociedade.

Em todo o mundo sempre houvera modo de embelecer como uma sociedade até religiosa como deveria ser.

Os homens desviaram-se do real propósito de D’us, e foram em busca de tradições, hábitos e costumes provenientes deles mesmos.

 Existem pessoas que creem em mitos, outros em coisas etc., tudo fundamentalmente desacertadamente por muitas vezes com real propósito egoísta ou por riquezas e poder.

Por essas questões que veio Jesus Cristo na terra com intuito de mudar os valores estabelecidas pela humanidade.

Valores esses em contradição com o ensejo do Pai.

É comum alegarmos que nossos valores é que importam e acreditamos que os dos outros são menos, visto estão contrários aos nossos costumes.

Veja isso: “Eis que uma mulher cananeia, que saíra daquelas cercanias, clamou, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia, de mim, que minha filha miseravelmente endemoninhada”. O povo dessa região pertencia à antiga raça cananeia. Eram idólatras, e desprezados e odiados pelos judeus. A essa classe pertencia a mulher que foi ter então com Jesus. Era pagã, sendo, portanto, excluída das vantagens dia a dia gozadas pelos judeus. Residiam entre os fenícios muitos judeus, e a noticia da obra de Cristo penetrara nessa região. Alguns dentre o povo lhe ouviram as palavras e testemunharam as maravilhosas obras que realizara. Essa mulher ouvira falar do profeta que, dizia-se curava toda espécie de doenças. Ao ser informada de Seu poder, nasceu-lhe a esperança no coração. Inspirada pelo amor materno, decidiu apresentar-lhe o caso de sua filha. Tinha o firme desígnio de levar sua aflição a Jesus. Este devia curar-lhe a filha. Ela buscava auxilio dos deuses pagãos, mas não obtivera melhoras. E por vezes era tentada a pensar: Que poderá fazer por mim esse Mestre judaico? Mas fora-lhe dito: Ele cura toda espécie de doenças, sejam ricos ou pobres os que lhe vão pedir ajuda. Decidiu não perder sua única esperança.

Cristo conhecia a situação dessa mulher. Sabia que o anelava ver, e colocara-Se-lhe no caminho. Mitigando-lhe a dor, poderia dar viva representação do que pretendia ensinar. Para esse fim levara os discípulos aquele lugar. Desejava que vissem a ignorância existente em aldeias e cidades vizinhas da terra de Israel. O povo a quem se dera todo o ensejo de compreender a verdade, DESCONHECIA AS NECESSIDADES DOS QUE OS RODEAVAM. ESFORÇO ALGUM SE FAZIA PARA AJUDAR AS ALMAS EM TREVAS.  O muro de separação, criado pelo ORGULHO JUDAICO, impedia os próprios discípulos de se compadecerem do mundo pagão. CUMPRIA, PORÉM, DERRIBAR ESSA BARREIRAS....”

Ainda hoje encontramos muros que nos separam das classes menos abastadas, pois quando nos vemos em posições melhores o nosso critério é acreditar que somos aprimores porque temos a aprovação de Deus, pois estamos cumprindo suas leis.

Ainda bem que Ele não nos vê assim.

O próprio Jesus veio sem formosura e sem posição elevada, a fim de confundir os homens.

Não estamos confundindo as normas deles, mas não dá para alegar que são essas somente que nos forneçam saída.

As respostas podem serem adequadas, os livros podem nos trazer conhecimento, todavia, são os fundamentos do Mestre que diferenciam o resultado.

“A ciência é como uma caixa de ferramenta e, como tal, existem instrumentos de maior ou menor tamanho ou para uma ou outra ação. O fato de não utilizarmos uma chave de fenda para fixar um prego nos leva a jogá-la fora.”

Assim também nos faz no campo das ideias. É óbvio que existe uma caminhada para prosseguir, e como tal, ideia errada. A jornada sabemos que é longa e o que almejamos é nos transformar.

Bem fez Jesus ao dizer-lhes: “Tua fé te salvou!”

Referências:

1)Bíblia de Estudo NTLH, Sociedade Bíblica do Brasil, 2005;

2) BARROS, Célia Silva Guimarães, Pontos de Psicologia Geral, p. 31, 1987 – Editora ática;

3) PAIXÃO, Márcia Valéria, A influência do consumidor nas decisões de marketing, p.127, 2012 – Editora Intersaberes;

4) WHITTE, Ellen G., O desejado de todas as nações, p. 384, 1986 – Editora Casa publicadora brasileira;

5) PEREIRA, Rodrigo, Arqueologia, Patrimônio material e legislação, p.96, 2017 – Editora Intersaberes.

 

 

 

Um blog abaixo da média, mas desafiando a lógica.
http://igrejaremanescente-igrejaremanescente.blogspot.com.br/* Serão permitida reprodução total quanto parcial, onde poder ser incluídos textos, imagens e desenhos, para qualquer meio, para sistema gráficos, fotográficos, etc., sendo que, sua cópia não seja modificada nem tão pouca alterada sua forma de interpretação, dando fonte e autor do mesmo. P.Galhardo.