terça-feira, 15 de outubro de 2019

A arrogância dos "irmãos."

                         
Investigando a Bíblia

É comum querer trazer uma história que ocorrera no passado para nossos dias.
A nossa vontade muitas vezes quererá impor do que pensamos sobre os assuntos que usamos; a fim, em parte, reconstruí-la.

Acreditamos, hoje, na atualidade, que existam regras para uma defesa de tese.

Se queremos que a verdade prevaleça, então não expressamos de maneira vulgar nossas reconstruções da história.

O pecado não está em ler como se distingue como aconteceu os fatos outrora. Porém, reformá-la é que nos trás o falso daquilo que quiseram representar.

A Igreja pode possuir a humildade em entender um livro como ele se apresenta de forma contada, como pode usurpar sua real intenção, e querer favorecer o aspecto indutivo para um fim em si.

Quando no passado sobre o viés das indulgências, os pecados eram perdoados, pois os homens queriam aumenta esplendor de Roma.

Época que ela, 1400 e começo de 1500, progride no sentido de poder e riqueza.

Sabendo que não tinha de onde buscar mais riquezas e manter sua soberania ao que consta luxo, inventa tal doutrina: arrecadar dinheiro com indultos de perdões.

Não bastasse isso, haveria de julgar sua própria civilização, isto é, seus próprios clérigos:

Cada delegado eclesiástico era solicitado a enviar à Cúria Papal – escritórios de administração do papado – metade da renda de seu cargo para o primeiro ano (‘anatas’), e daí em diante um décimo ou dízimo por ano. Um novo bispo tinha de pagar ao papa uma quantia importante [pelo] pálio – tira de lã branca que servia de confirmação e insígnia de sua autoridade. Na morte de um cardeal, arcebispo, bispo ou abade, suas propriedades particulares revertiam ao papado.... Todo julgamento ou favor conseguido da Cúria exigia um presente como confirmação, e às vezes, o julgamento era ditado pelo presente.” 1

Entre os homens por incrível que possa parecer em contradições, observa-se seu desejo e anseio em trazer pra si, o aspecto de comando.

Não há muitas vezes o princípio pregado, ‘sola scriptura’, uma vez que o que interessa é impor sua vontade.

E estamos falando de homens estudados. Imagine aqueles que nem têm estudo na área teológica.

Cansamos de assistir alguns ‘sábios’, de interpretações bíblicas em obras próprias de consciência – mente.

Segundo suas próprias interpretações longe de ser a verdade.

Babilônia no passado era símbolo de toda altivez e prostituição.

Sabemos que beber de mais ofende o organismo e faz que o homem, fale coisa com coisa, sem sentido.

Assim é a comparação da sua embriaguez do “vinho de sua devassidão” (Apocalipse 17.2).

Não dá para admitir interpretações bíblicas sem usarem o contexto. Muitas vezes ela nos traz uma definição clara do assunto.

Falam de anjos, demônios, inferno etc., sem entenderem de fato a composição tratada no sistema escriturístico.

Por exemplo: quando a Bíblia fala do formato de alguns anjos com face de leão, touro etc., cheios de olhos pela frente e por todos os lados, não está se referindo ao aspecto de forma, mas de força e poder.

Não há sentido em dizer: “– A prostituta está ‘sentada sobre muitas águas’”. Pensar ser uma mulher no sentido literal sentada sobre o mar. O próprio Apocalipse responde que águas, onde a meretriz está sentada, são povos, multidões, nações e línguas. (Apocalipse 17.15).

Portanto, não dá para concluirmos nossa própria conclusão ao bel prazer, e admitir isso, como fato comprovatório final.

Temos que irmos ao real significado bíblico sobre o viés contextual.

O que passar de interpretação pessoal, haverá de usurpar o real sentido bíblico.

Devemos entender que à Bíblia existem formas de relatar às coisas, seja, profética, narrada, poética etc. E temos que compreendê-la, levando isso como fato no momento de lê-la.

Muitos acreditam que suas hipóteses estão certas. Mas lembre-se, são hipóteses, isto é, conjecturas.

Acreditar no seu próprio pensamento não define comprovação verdadeira. 

Temos que admitir uma maneira mais racional quando adentramos na crença em atribuir hipóteses.

Uma coisa é ter fé no que acreditamos, e outra, é ser empírica na palavra.

Mas você pode dizer: “a fé não é empírica.”, mas não estamos tratando de fé, mas de escritura.

Podemos admitir pela fé que Deus exista; porém, não comprava-lo pela fé.
A prova da sua existência comprova-o pela crucial observação nas Escrituras Sagradas.

A questão não se resume no campo da filosofia onde sugere pistas e pensamentos. Entretanto, sobre às palavras escritas de testemunhas.

Se cremos na história como nos relataram, temos fé, mas além disso, o empirismo, pois há os escritos dos amanuenses.

O argumento escrito não bastasse serem escritos, mas comprovados sobre ideias presenciáveis, ou seja, daquilo que testemunharam.

Veja que temos um probleminha que muitos relatam. “Pedro e outros eram sem instrução (cultura culta).” E, portanto, pregavam e relatavam sem estudo nenhum. Ora, estamos falando de homens que viram e ouviram.

Não era interpretação deles, mas daquilo que conheciam no sentido pleno.

A questão não se resume de conjecturas; onde podiam falarem e escreverem o que se dera na cabeça.

Para eles não havia falta de provas, pois não era uma questão coisas sem sentido, mas de presença factual.

É difícil entender alguém que fale de velocidade sem nunca ter entrado no campo da mesma.

O sujeito consciente ao menos no que se possa parecer para construir um mundo dentro daquilo que quer defender, no mínimo precisará coordenar aquilo que quer acastelar.

O princípio básico da prova é saber como ela age. Para isso, o indivíduo quer controlar à prática.

E ela, a teoria defendida, sem comprovação empírica, passará somente como base teórica como símbolo de fé.

Permita-me dizer mais uma vez, não estamos falando de fé, mas de interpretação verdadeira do que o autor quer relatar.

Não negamos a fé, pois é um ato sobrenatural individual do sujeito. Ao contrário das citações dos religiosos contemporâneos do ponto das vivências.

Se como exemplo falarmos de graça, não extinguimos a cruz. A graça pode ser comparada ao um ato de favor imerecido ao indivíduo. No campo da cruz, é um ato palpável.

Podemos imputar em nós um favor, mas não deixa de ser subjetivo mesmo que este seja conscientemente aceito por todos.

Alguns parece que carecem de real abandono de verdadeira observação escrituristica. Resume às coisas num argumento simplista. Não estamos querendo dizer que a simplicidade não é focar nas suas palavras que até pode serem rebuscadas, mas sobre do que está escrito na Bíblia.

Ter um título de doutor ou mestre em alguma área não te dá um direito de argumentar os escritos sagrados ao ter bel prazer, pois o grupo de fariseus e saduceus, faziam muitos deles, o mesmo.

“Os saduceus proclamavam crer no princípio “sola scriptura”, em oposição aos fariseus que apoiavam abertamente algumas de suas doutrinas pela tradição. Mas, na verdade, os saduceus tinham também suas próprias tradições e até mesmo sem suas ênfases sobre as Escrituras eram frequentemente muito parciais quanto aos que aceitar e o que rejeitar.” 2

O próprio Jesus, Yeshua, condenava os doutores da lei (sentido de interpretação própria da Torá). Ainda mais das suas próprias doutrinas que queriam que o povo cresse.

Pedimos aos nossos leitores que não basta querer crer no que te dizem, contudo, verificar de forma pesquisada como “regras e mais regras, um pouco aqui e um pouco ali.” Isaías 28.10.

Veja se pode agora entender o real significa do texto, pois vou apresenta-lo mais relevante: “– Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo.” Mateus 10.28.

Veja bem, se formos levar o real significado o texto, então teríamos que admitir que alma é um ser pessoal fora do corpo, mas o sentido é de vida.

O corpo só tem vida se tiver uma alma. Mas o que é uma alma? A alma, é o fôlego de vida.

Se alma fosse um ser pessoal, então não poderia perecer como relata o texto; “Perecer (morrer) no inferno a alma e o corpo.”

Ora, se alma pode perecer, como pode viver eternamente queimando no inferno? Não tem sentido uma alma morta num inferno eterno, pois a alma morreu.

Fantasia, fantasia, fantasia, querem te ensinar sobre alma e inferno.

Falta estudos profundos sobre o assunto, e não conjecturas simplistas.

Salta-nos aos nossos olhos, como não há comparações escriturísticas, como manda o profeta Isaías que façamos.

“Os fariseus ensinavam a existência de espíritos tanto bons como maus... opinião que recebeu grande impulso das ideias pérsicas. Acreditavam [os fariseus] ... no galardão e suplício eterno, ideias que tiveram grande desenvolvimento nos dois séculos antes de Cristo... Os discípulos de Cristo saíram da camada religiosa imbuída destas ideias.” 3

A questão é seguir os regulamentos de interpretação e exegese, e principalmente o contexto.

Temos que considerar, como já fora relatado, que até mesmo os discípulos, estavam envolvidos com os pormenores de ensinos dos fariseus, quantos saduceus.

Observe agora, como era preocupante o fato de não aceitar às normas pré-estabelecidas:

... Neste processo o Santo Ofício seguiu o critério de que na ausência de demonstrações conclusivas, não se deve difundir e propagar o que vai contra uma tradição estabelecida. Galileu foi condenado a prisão perpétua em junho de 1633, é obrigado a abjurar suas teses, sob pena de ser queimado como herege. Prefere viver e se retrata, foi forçado a admitir que ultrapassara os limites. Todos os seus livros foram proibidos e ordenou-se que o Diálogo fosse queimado.
Para Galileu, a ciência adquiriu o seu verdadeiro valor na síntese católica do saber.4

Não dá para formar um raciocínio, sem levar em consideração os contextos dos eventos que outrora que se permearam.

Portanto, não é um sistema cognitivo, sem antes olhar sobre o viés investigativo, os tratados de estudos profundo sobre os mesmos.

Seria arrogância minha, escrever ou falar de um assunto tão significativo e profundo, sem antes ler sobre às propostas.

“Muitos conhecem tão pouco acerca da Bíblia que sua fé é instável. Removem os marcos antigos, e as falácias e ventos de doutrina os levam para cá e para lá. A ciência, falsamente assim chamada, está minando os fundamentos dos princípios cristãos; e os que uma vez estavam na fé vão-se afastando dos marcos bíblicos e se divorciam de Deus enquanto ainda professam ser filhos Seus.” 5

Os ditos “profetas” da internet, estão fazendo sucesso, uma vez que com “bons” argumentos, agoirentam princípios metafóricos como realidades.

Já não são àqueles que pretendiam trazer para si, o possível período narrado futurístico, como Nostradamus.

O que temos hoje é a averiguação, sua legitimidade e autenticidade do que dizem, ser a verdade absoluta.

Não estamos dispostos a acatar todo vento de doutrinas, sem antes pelas escrituras, saber, ser ou não verdade o que dizem.

Sabemos que há infâmia de encenações e interpretações teatrais, a fim de fazer que outros creditem e acreditem nas falácias perpetradas.

Para isso, devemos compreender se vale ou não às palavras, Má-ás-malaki (como és formosa), tuas interpretações.

Alguns só cultiva nos seus pensamentos, daroês (individuo que aduba a magia), acreditavam os árabes que os dervixes possuem o dom de adivinhar o futuro.

O problema se encontra na adivinhação e não na inferência concreta do contexto.

Veja bem, não precisa de muito estudo para compreendê-la, pois foi feita para que todos entender-se.

Os próprios reformadores traduziram-na para que muitos pudessem lê-la, e compreender-se ela.

Wicliffe, Lutero, Tyndale, Calvino etc., enfrentaram oposição, uma vez que queriam que não somente os cultos compreendesse dela, mas os leigos também.

Ora, se eles estavam convictos que os leigos pudessem lê-la e compreendê-la, sem muitos esforços, como então, não estudá-la usando seu contexto? Ela, não fora traduzida para que não a pudesse ser compreendida.

Não precisamos de adivinhadores, falácias, “profetas”, para interpretá-la bem; basta, usar o seu contexto.

Sir Frederic Kenyon, durante algum tempo diretor do Museu Britânico, [disse]... deu essa certeza em seu livro amplamente lido, Our Bible and the Ancient Manuscripts: “O cristão pode tomar nas mãos toda a Bíblia e dizer sem temor ou hesitação que tem nelas a verdadeira Palavra de Deus, transmitida sem perda importante de geração a geração através dos séculos.” 6

É importante destacar que ele fala de cristão no sentido pleno; isto é, tantos cultos como leigos – famosos ou simples; embora esteja defendendo a veracidade da Bíblia.

Mesmo vivendo muitos na era medieval, ainda existiam aqueles que defendia da sua veracidade.

O que causa problemas nas sociedades, muitas vezes é o fato de má interpretação das escrituras; levando o homem para caminhos obscuros.

Quando a Igreja na Idade Média, começou a arrecadar dinheiro a fim de poder e riqueza, quanto condenar pessoas para a morte e apossar-se das terras alheias, aí veio o castigo.

O castigo vem muitas vezes sobre a forma de revolução. Isso dera nos primórdios do terrorismo.

 E a revolução Francesa em 1798, é uma dessas, que, Da propaganda pelos fatos ao terrorismo, há apenas um passo que certos anarquistas franceses transpõem seguindo niilistas russos, a partir de 1882. Uma primeira bomba explode num cabaré de luxo em Lyon. Em seguida, a célebre Banda negra de Montceaules-Mines acumula as ameaças enviadas aos notáveis, destruições de objetos litúrgicos, o incêndio de uma capela... pagando o preço com pesadas penas de prisão.7

Veja que muitos acreditam em teorias conspiratórias, e acusam algumas formas de doutrinas religiosas, mas esquecem de que fora por causa de investigações interpretativas erradas, daqueles que queriam se fazer-se de ‘profetas’, que trouxeram tais revoluções.

Impuseram a população, imposição, ditaduras etc. etc. etc., e assim vieram as revoltas contra tudo isso.

A Revolução de 1930: Visão dos Tenentes

(Discurso de Maurício de Lacerda, líder do movimento tenentistas de 1930)
[...]
Não! [...] Não sou democrático e sim revolucionário, francamente revolucionário. A revolução continua a ser, para mim, a solução mais viável para esse complexo problema brasileiro. Ela é o meio de provocar a transformação radical, absoluta, do anual regime imperialista. 8

Se seguissem às normas que à Palavra de Deus recomendando, de divisão, ajudar os necessitados, e amor, nada disso haveria acontecido.

Mas a dificuldade maior está sujeita nas supostas interpretações dela como sendo supostamente estudada, de vida após a morte, do fogo eterno, inferno eterno, alma eterna etc., tudo engano.

Veja isso, “a alma que pecar essa morrerá.” Ora, mas a alma não é eterna, como pode então morrer? Percebeu? A alma não pode ser um espírito individual.

A alma é igual ao fôlego de vida: “O Senhor Deus criou os céus e os estendeu: formou a terra e tudo o que nela existe e deu vida e fôlego a todos os seus moradores.” (Isaías 42.5);

“... quem dá a todos vida e respiração [fôlego ou alma] e tudo mais.” Atos 17.25 Bíblia de Estudo NTLH.

Se você notar com mais cautela ou atenção, perceberá que não há escrito alma, mas fôlego. Ora, se a palavra alma fosse tão importante no sentido pleno, então porquê preferiram usara a expressão fôlego? A resposta é óbvia, são a mesma coisa.

Conclusão

Devemos deixar de lado às pessoas que querem trazer como uma nova interpretação das Escrituras Sagradas, como uma nova verdade.

Nada pode ser comparado como saber que de fato, uma palavra se distingue como uma mesma palavra, isto é, um sinônimo.

O Senhor tem seus agentes certos para compor o verdadeiro estudo das Escrituras.

Isso não quer dizer que todos não podem lê-la com cuidado e sabedoria.

Ela não se contradiz, mas age com textos e mais textos formando assim um contexto.

E para entender da sua história, necessita-se usar, o começo, meio e fim do assunto tratado.

Não dá para se pegar um livro e lê-lo no começo, e não ir até o seu meio e fim para compreendê-lo.

Existem tópicos abordados que se terminam naquela página, mas um verso isolado não determina uma história; toda contada sobre o assunto proposto.

Devemos compreender que os fariseus e saduceus acreditavam nos espíritos porque compreendiam, eles, do ponto de vista dos persas.

A Bíblia nos relata que o livro de Daniel foi escrito quando judeus estavam sendo oprimidos pelos pagãos.

A invasão da Babilônia em Jerusalém aconteceu por intermédio do imperador Nabudonosor, onde levaram os judeus para suas terras.

O reinado dos Persas deu-se entre 539 a.C., quando conquistaram Babilônia.
Vivendo entre os pagãos por tantos anos aprenderam dos seus costumes.

Dentre esses, eram às mensagens de deuses espirituais e vida após a morte.

Portanto, quando voltaram para Jerusalém trouxeram tais costumes para sua terra.

Os pecados das quais os profetas estavam sempre advertindo-os, se referiam aos deuses pagãos, e crenças obscuras e vida após a morte.

A história confirma. Um pouco de história não faz mal pra ninguém. [G].

Referências

1)    O homem em busca de Deus, p. 307, 1990, W.T.B.

2)    VENDEM, Morris, Como Jesus tratava as pessoas, p.107, 2010 – CPB.

3)    CHRISTIANINI, A.B. Subtilezas do erro, p.250, 1981 – CPB.

4)    MACLACHLAN, J.G.G. et. At. Galileu, Pensamento vida e obra, p.24 e 25, s/d - CT ed. Ltda;

5)    WHITE, E.G. Conselhos sobre Escola Sabatina, p.35, 1976 – CPB;

6)    MARXWELL, A.G. Você pode confiar na Bíblia? p.12, 1986 – CPB;

7)    SIGNIER, J.F. E Renauld Thomazo, Sociedades Secretas Vol. III, p. 191, 2011 – Larousse;

8)    PRIORE, M.D. et. At. Documentos de história do Brasil de Cabral aos anos 90, p.82,1977 Ed. Scipione.

Um blog abaixo da média, mas desafiando a lógica.
http://igrejaremanescente-igrejaremanescente.blogspot.com.br/* Serão permitida reprodução total quanto parcial, onde poder ser incluídos textos, imagens e desenhos, para qualquer meio, para sistema gráficos, fotográficos, etc., sendo que, sua cópia não seja modificada nem tão pouca alterada sua forma de interpretação, dando fonte e autor do mesmo. P.Galhardo.