terça-feira, 21 de janeiro de 2020

O doutor, o físico e suas contradições


Quanto mais assistimos a net, mais vemos uns que pensam e aqueles que não.

Queremos interagir, pois isso nos parece uma estratégia para se ganhar dinheiro.

Ele não nos cansa, uma vez que precisamos. E para isso, argumentamos daquilo que nos veem a cabeça.

Falta um guia que nos torne sermos verdadeiros. “O verdadeiro conhecimento vem de dentro.’ – Sócrates.

Ele não está dando autoridade para um lado de negação ao conhecimento certo, mas de um saber vivido. Ele próprio viveu sobre o mundo de realidades dos homens da oratória, mesmo que tivessem os sofistas.

A questão não se trata de física propriamente dita. De um saber sobre o campo da astrologia, da astronomia e muitos menos da NASA.

O que se figura é a pretensão. É a arrogância. É o querer aparecer. É a mentira.

A questão não se trata da dúvida, nem tão pouco da questão, pois dela, resulta de uma dialética.

Questionar é de profunda necessidade. É profundo interrogar do que nos querem impor.

Perguntar faz parte da filosofia. Do pensamento correto. Do entendimento. Do resultado.

Nada pode ser mais opressor para qualquer um não poder duvidar.

Hoje dia a sociedade de uma maneira para contundente ao que parece não admite aquele que refute das suas ideias. É um “crime”, fazê-lo.

Claro que para haver um acordo, devesse no mínimo que se entenda do assunto proposto.

A proposição apresentada pelos apreços de alguns, no último caso, no servem como base para resolver nossas questões. Contudo, aquela que veio sobre produção de ‘compreensão’ tem que ser analisada. E deste, formada, sim ou não, como condições de aceita-las como verdadeiras.

A criança aceita e até imita, mas elas também questionam e ficam bravas pelas suas próprias decisões. Sua decisão pode até parecer para nós que não há compreensão, entretanto, sobre o seu próprio raciocínio. 

“No Estágio 3 encontramos o início da verdadeira imitação de sons e movimentos que já estão no repertório da criança. Isto é, ela reproduzirá muitas vezes as ações de outrem, mesmo que ela própria não estivesse anteriormente a praticar aquela ação.”
Mesmo à criança imitando, ela também rejeita.

O argumento não está sobre o manto do antagonismo. A questão não se trata em ser antagônico em tudo que nos impõe. O paradoxo se estende em entender daquilo que vem para nós.

Ninguém come sabão sem saber, o que é o sabão? O sabão não é para comer, mas para lavar roupas. Mas há crianças que comem sabão sem saber o que é sabão.

Existem conflitos aí? Claro que existe.  Se eu não puder pensar o que nos propõe, haveria de aceitar o sabão como comida.

Se não puder questionar, o que é o comunismo? Aceitarei o que ele é, comida.

Se come comida, sem saber o que é comida?

Lutar pela Rússia ou pelo Stalingrado, faz de Stalin, um herói? Pode ser que se fizesse dele naquele momento de salvação. Percebeu? Se nós estamos cercados por tropas do nazismo, de Hitler, então acreditamos no nosso salvador quando não nos deixou na mão dos opressores.

A comida que nos deram foi aquilo que não tivemos a opção para escolher; estávamos cercados pelas tropas do inimigo.

“Um velho general, remanescente do czarismo, comentou com um comandante alemão: ‘Se vocês tivessem chegado há vinte anos, talvez fossem recebidos com festas. Agora já é tarde demais... Estamos lutando pela Rússia e essa causa nos une a todos.”
A comida estava estragada, mas era o que se tinha no momento.

Veja que existem: questões e questões; acusações e acusações; fatos e fatos; e mentiras.

O próprio Sócrates sofre-as da última, às mentiras para satisfazer os egos daqueles que imputa valha-as.

“1. Não sei, Atenienses, que impressão causaram os meus acusadores. Pela minha parte, ao ouvi-los, estive quase a esquecer-me de quem sou, a tal ponto eles foram persuasivos. E, no entanto, se assim me posso exprimir, não disseram uma só palavra verdadeira.”

A mentira pode causar um homem a morte por falta de retratação. Essa, não admitida por Sócrates.

“E se, expondo sem hipocrisias todas as vantagens que creio receber dos deuses e dos homens, bem como a opinião que faço de mim mesmo, tiver sentimentos pelos juízes, preferirei morrer a mendigar servilmente a vida e fazer-me consentir uma existência mil vezes pior que a morte.”

Ainda há aqueles que acham que não devemos pensar tudo que vivenciamos como captura de fontes.

“O homem propõe e dispõe. Só depende dele de se possuir totalmente, quer dizer, de manter em estado anárquico o bando cada dia mais temível de seus desejos. A poesia lho ensina. Ela traz em sai a compensação perfeita das misérias que suportamos.”
A primeira impressão pode ser estabelecida sobre o surrealismo, mas como sabemos este é um fenômeno construído sobre um mundo fantasioso. A fantasia “adentra-se”, sobre a realidade. Uma realidade não existente, contudo, querendo que exista de alguma maneira.

O último movimento segundo (TELES, 1997), da vanguarda europeia teve mesmo sendo uma ‘Revolution surréaliste’, da sua influência, oníricas (Concernentes a sonhos), teve como pivô de ‘partidas’, um apoio filosófico da fonte principal em Freud e do marxismo.

Pois bem, sabemos que mesmo fora de outros autores que se comunicaram afim de introduzir o surrealismo, sabemos que quando alegamos tais perspectivas nos trás ao jogo da fantasia pandoriana.

O que é surrealismo? Segundo o dicionário Amora (1917-1999), é uma “Escola artística, poética, literária que se expõe a expressar, através de um puro automatismo psíquico, a atividade original do pensamento, independente do controle da razão e sem atender as normas estéticas ou morais.”

Veja que minha convicção está baseada aquilo que almejam que até ‘sem querer’, mas querendo nos fazem aceitar de um sonho. O sonho pode ser um fenômeno daquilo que pensamos durante o dia.

Claro que podemos compreender que há sonhos realistas que se farão de fatos que se irão concretizar.

Freud, admitia que os sonhos eram exercidos por ‘fantasias’ provenientes de anseios sexuais.

Temos que admitir também que nem todos os sonhos são reais e se tornam. Os fatos nos apresentam outros episódios.

Podemos fantasiar, e essas, podem nos fornecer alicerces para a realidade.

 Uma composição como por exemplo, nos levam aos acontecimentos, às escritas, às notas musicais e por fim, um recital (Composição ou toques musicais por uma pessoa; concerto musical). Tudo pode ser real, porém, nem tudo o é.

“Ludwig Van Bethoven praticou todas as formas musicais existentes em seu tempo [fora sua própria composição]. Absolutamente novo, porém, é o tratamento que ele imprimiu a essas formas. Gêneros herdados do Classicismo de Haydn e Mozart, como concertos, sonatas e sinfonias, foram ampliadas e reelaborados, apresentando soluções que abriram caminho para a liberdade formal dos românticos.”

Pode-se fantasiar e desses sonhos fazer um recital ou comandar uma orquestra.

Entretanto, mesmo numa velocidade de pensamentos, às vezes não são verdadeiros, e nos fazem em questão, serem mentiras.

O próprio escritor Jorge Amado, fora comunista. “A Raquel de Queiroz aproximou Jorge Amado dos grupos comunistas e o escritor começou a participar dos movimentos de frente da Aliança Nacional Libertadora. Chamado de comunista foi preso entre 1936 e 1937. Quase dos mil volumes de seus livros foram queimados em plena Salvador, por terem sidos considerados subversivos.”

Temos que entender o porquê disso, pois há dúvidas. Lembre-se que ele estava vivendo num tempo escravistas e ele mesmo era negro. Os coronéis eram os donos do pedaço. Havia muita opressão aos trabalhadores. Diante disso, quando há uma ‘forma’ de libertação, ele entra.

Embora, sendo escritor, isso não o deixa livre dos fatores maus. Resignado pela estrutura da sociedade perversa, acredita numa libertação através da força.

A febre, isto é, uma força ‘libertária’, poderia fazer com que o povo se alcançar a liberdade. Muitos acreditavam nisso. Outrora, muitos decepcionaram-se e morreram com os seus propósitos.

“Sou apenas um baiano romântico e sensual.” “É preciso viver ardentemente.”

Ele acreditava nos seus ideais. Liberdade a todo custo era de tamanha necessidade.

Os problemas de revoluções, muitas delas envolve questões sociais. Existem vários fatores de ascensão social.

No jovem Trotsky, foi assim, judeu, sem posses, via e vivia a mercê da sorte.

Assim quando se via em necessidade, com pura depressão, e crise existencial, adentrar-se num período de angústia.

Daí nasce a vontade dos estudos de filosofia, história e literatura.

Vendo vários de tipos de acontecimentos, que se desenvolvia na sua época, e tendo herdado uma cultura judia que estava em conflitos com outras sociedades, da qual ainda não aceitava-o, pois havia a questão antissemita, ele houve falar do marxismo e entra nesse campo afim de querer uma revolta no intuito de melhorar suas condições de sobrevivência.

O que talvez ele não conhecia seria das ilusões que isso causaria.

O regime, seria uma solução. Pensava os seus idealizadores, de classes trabalhadoras (proletárias), contra burguesas (industriais e comerciantes ricos).

“Naquele momento, o que Lev sabia sobre a teoria marxista limitava-se à ideia de que todos os aspectos de uma sociedade são determinados por suas condições econômicas.”

Como já foi expressado, à tendência é parecer verdade, entretanto, é pura imaginação. Não que não se possa imaginar, mas essa, deverá atender para uma realidade de fatos verídicos.

O doutor sabe. O físico conhece. O doutor expõe, o físico quer refutar. O doutor tem razão. O físico nem tanto. O doutor se comporta com interrogação, o físico com sofisma.

O doutor conhece, visto quer questionar para esclarecer. O físico acha que sabe, pois só aceita sem questionamento.

Se você fosse realmente honesto, saberia quem tem razão. Sabe aquele que investiga a fundo. Não aquele que pensa que conhece sem fazer uma investigação naqueles que ele pensa que aceitou da sua própria doutrina. O próprio Newton havia dito que não estava concluída das suas investigações.

“Assim, quando atiramos uma bola para cima ela cai em direção ao solo, é porque ela está sobre influência da curvatura que a terra causa no espaço tempo. Veja que não há nenhuma força sobre a bola. Ela está apenas seguindo a trajetória mais curta nesse espaço deformado.

Você deve estar se perguntando: ‘Então, tudo aquilo que aprendi nas aulas de física sobre força gravitacional está errado? Sim, está.

Mas como já dissemos, a ideia de força – ou toda a teoria newtoniana da gravitação – funciona muito bem para os fenômenos do sistema solar. Só falha, por exemplo, quando está muito próximo do sol, onde a curvatura que essa estrela causa no espaço-tempo começa a ser apreciável. Daí a anomalia na órbita de Mercúrio, planeta mais próximo do sol, que a gravitação newtoniana não consegue explicar.”

Einstein, não se conformou com a explicação da gravidade. Ele queria saber, como isso poderia acontecer quando fenômeno chega mais próximo do sol.

Ora, o que queremos dizer, que mesmo um cientista pode refutar outro, pois isso depende da atuação da sua aceitação no campo do sentido.

Conclusão

O homem é um ser pensante, isto é, que pensa. Então como pensadores, o que ele deveria mais fazer seria pensar.

Mas o pensamento não depende do pensamento dos outros, contudo do seu próprio. De nos fazer homens que almejam saber.

As investigações que os homens fizeram, foram aqueles que nos trouxeram até aqui. Não foram aqueles que ficaram de comum acordo, mas aqueles que entenderam que precisariam chegar mais adiante.

O homem não é uma máquina que comandando-a ela aceita os comandos. Não estamos querendo dizer que não aceitamos comandos estabelecidos, são coisas opostas.

O que queremos salientar, é um homem que investiga, que mesmo existindo a coisa pré-estabelecida, ela ainda quer conhecer mais e libera sua consciência para mais.

A costureira não faz somente uma roupa, nem o marceneiro somente um móvel. O agricultor planeja como plantará sua horta afim de obter uma excelente colheita.

Todos os dias surgem novas roupas, novos móveis e uma nova forma de plantar nossos alimentos.

Desde da época arcaica que os homens lutaram no intuito de melhorar da sua agricultura. “A agricultura possibilitou um excedente de produção, isto é, as plantações forneciam uma quantidade de alimentos acima do mínimo necessário à sobrevivência.”

Cada dia acompanhamos o crescimento dos nossos alimentos na agricultura, são recordes e mais recordes todos os anos.

A primeira e grande revolução se deu na agricultura, pois sem ela, não poderíamos sobreviver. Portanto, a principal fonte de vida.

Aí de nós, se não existissem os doutores do saber cientifico, com suas tomadas de decisões de desenvolvimento nas melhorias das coisas.

Aí de nós, se não existissem os trabalhadores, os enfermeiros, os ferreiros, os motoristas, os alfaiates, etc.

Tudo seria ruim se não tivesse aqueles que pensando, serem, os verdadeiros artistas, os criadores, os desenvolvedores das descobertas mais eficazes para nos fornecer às abundâncias que nos permeiam hoje.

Afinal, precisamos mais deles. E menos, blá, blá, blá.

Referencias

1)    PHILIPS, John L. Jr. Teoria de Piaget sobre as origens do intelecto, p. 77, 1977 – Socicultur

2)    HOOBLER, Tomas e Dorothy - Os grandes líderes – Stalin, p. 77, 1985-87 – Nova Cultura

3)    PLATÃO, - TRADUÇÃO: PULQUÉRIO, Manuel de Oliveira, Apologia de Sócrates, p. 60, 1972 – Editorial verbo

4)    LAMARTINE, Par A. La mort de Socrate – p. 57, 2003 – CT editora Ltda

5)    TELES, Gilberto Mendonça, Vanguarda Europeia e modernismo brasileiro, p.170, 1977 – Editora Vozes

6)    AMORA, Antônio Soares, Minidicionário Soares Amora da língua portuguesa, 701, 2008 – Saraiva

7)    COELHO, Lauro Machado, Clássica – A história dos gênios da música – Bethoven, p.2 s/d – Nova Cultura

8)    GARZA, Hedda, - Os grandes líderes – Trotsky, p.20, 1987 – Nova Cultura

9)    CURY, Fernanda, Coleção Iluminados – O grande gênio – Albert Einstein, p. 67, s/d – Minuano Cultural

10)                     FERREIRA, José Roberto Martins – História Martins, p. 63, 1997 - FTD

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