quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Enganando e enganados


A conversa começa quando assustado pelo que publicam na internet.

Acredito que há interesse para alguns os problemas causados para aqueles que pensam e daqueles que pensam que pensam.

Trata-se, portanto, não em assumir uma forma de rebatedor, mas de exposição no aforismo.

Se surgirem os meandros da mentira como sendo verdade ao absoluto, ela pode ocupar tornando certo sendo errado.

Afastar-se dela é de extrema necessidade, não que não possamos ouvir o repente, pois nem tudo seja claro para aqueles que pensam conhecer do que expressa.

Parece-me necessário os argumentos mesmo que isso seja contrário a clareza do correto.

Às vezes nos enganamos, uma vez que ainda não nos passou sobre nossas mentes, o que é verdadeiro?

A verdade é a clareza daquilo que pensamos que conhecemos, porém, ela existe, nem que não conheçamos.

Se lançarmos um olhar com mais cautela nela, ou seja, naquilo que pensamos saber, poderemos compreender que aquilo não seja verdade.
Por isso, pesquisa-la é de extrema necessidade.

Devorá-la no aspecto compreensivo poderá ocorrer uma mudança de pensamento.

Só existe uma transformação quando somos flexíveis, isto é, quando deixamos de lado daquilo que nos pareceu relevante.

A relevância nossa não é estar sobre parâmetros do calor da nossa certeza, visto acreditamos ser, mas sobre outras necessidades em compreender outras que nos apresentam.

O engano se perpetra quando sujeito ao nosso compreensivo sem mesmo saber se estamos certos ou errados.

É impossível uma transformação num individuo que pensam que sabe.
Saber não é uma questão dos conceitos seus já determinados na sua consciência.

Saber do referido, é, entretanto, se deixasse amoldar em outros sensos do conhecimento.

Se olhos estão errados nas definições e às explanações são feitas aos outros, o engano será do enganado para os enganados.

O enganado que não se deixou fazer conhecer, “inocentemente”, indiscutivelmente permanecerá enganado e enganando, muitas vezes sem entender que está enganando.

Por exemplo: O niilismo na expressão correta da semântica, isto é, no seu significado concreto quer dizer, “redução a nada, DESCRENÇA ABSOLUTA.”
Porém, muitos defende que o niilismo de Nietzsche, trata-se de um pensamento livre sem uma crença.
Nietzsche pode tá errado, pois quando se crer em oferendar algo já se cria uma crença. “Cristo morreu pela sua própria culpa e não pela culpa dos outros.”

Ora, Cristo existe? Se ele não existe, então como culpa-lo? Percebeu?
Vamos então usar da sua própria incoerência para fazer compreensivo àqueles que não querem ouvir: “O homem que vê mal vê sempre menos do que aquilo que há para ver; o homem que ouve mal ouve sempre algo mais do que aquilo que há para ouvir.” – Nietzsche.

Os problemas geralmente sempre estão nos fragmentos daquilo que ele acredita conhecer.

Em certo sentido, o falso causa alguma coisa certa, porém, em sua conjuntura por completo permanece ainda que tenha pontos certos, ainda é falso. “Damos aquilo que é nosso quando alguma coisa de falso, pois está em nossa natureza sermos falsos. E, quando damos coisas falsas, não são outra coisa senão nos mesmos.” – Nostradamus.

Existem interpretações erradas quando analisadas diante de contextos escriturísticos, uma vez que não se enquadra no pensamento do autor.

Não estou dizendo do autor que escrevera uma biografia, mas na interpretação daquele que pensava.
O autor pode homenagear o errado a fim de fazer com que outros acreditem no que seu personagem quis dizer.

Veja esse pensamento: “A revolução não precisa de cientistas, precisa de justiça.” Ora, lendo essa frase fora do contexto, poderíamos acreditar numa revolução pertinente numa crença que os cientistas não servem para nada.

Mas o próprio Lavoisier, usava-la em suas experiências. Não estou alegando que essa frase seja sua, mas o contexto mostra essa referência dos seus estudos. Os acusadores mostrassem contrário.

Então, o paradoxo é que ele prosseguia e tinha como máxima estudar “a densidade e a natureza da água.”

Ele estava certo nas suas pesquisas? Poderia ser que não, mas não olhava seus acusadores e continuava com sua determinação em desvendar o problema da terra e da água.

Não estamos admitindo os erros que muitas vezes nos apresentam ficções e fantasias, mas que muitas coisas foram descobertas pelos erros.
O próprio Lavoisier pensava que “..., a terra provém da água.” E depois, com experimentos num vaso percebeu que à terra vinha do próprio vaso que ficava no fundo.

“A água é, portanto, inalterável.” Temos que perceber que não é uma questão de mudança, mas de receber novas observações de mudar o que poderia até já percebido.

De outra forma, não queremos que se detenha naquilo que nós apresentamos, mas que no mínimo naquele que curioso investiga e impõe condições quando esta seja levada ao viés da certeza.

Queremos decidir sobre investigação que mesmo alguns com títulos rogados que mais que os nossos, entretanto, não nos deixam dúvidas que eles estão errados por mais que queiram forma da sua compreensão em outros.

“Não há motivo para que um ilusionista, por mais lúcido e razoável que seja, não viva sobre a crença transformada que ele é um mágico.”

Alguns não passam de mágicos ou ilusionista, mas não podemos achar que todos se verenda no campo das suposições, sejam mágicos, pois algumas hipóteses que nos vêm se tornam reais.

O que mais necessariamente impõe condições de saber se extingue de certa forma que alguns já vieram de classes mais favoráveis.

Digo isso, não para querer uma revolta, mas sobre os tratados existentes da formação da humanidade ao que se refere os campos de ensinos e empregos.

Até mesmo quando estudando a formulação e forma de trato de raças, quanto forças na administração dos países, percebemos que quanto difícil é sair uma posição social para outra é.

Isso porque existem vários fatores. Na Índia há o problema de castas; de bramares, serem superiores aos outras castas; na China, os Han se consideravam “iguais”, aos outros, que poderiam saber o mandarim, mas há um problema que houvera gravíssimo que era saber o alfabeto, isto é, na erudição dos caracteres; como no Japão sobre o regime aristocrata, os camponeses eram considerados de certa forma como soldados como na Inglaterra por terem o ‘sangue espesso”; assim também, na Europa feudal os ‘coitados’, isto é, os analfabetos, eram liderados pelos fidalgos da corte da igreja, que os dominavam e pressionava-lhes o conhecimento no sentido abstrato, concreto e pleno.

A verdade que ouve uma cautela para que pudessem o povo ser desprovido de riquezas e cultura.

“Todas as grandes religiões que a humanidade inventou desaprovam a adoração a riqueza e do poder, mas todas transigiram com ela, com a igreja ou o templo apoiando a autoridade secular ou se estabelecendo como autoridade por sua própria conta.”

Ainda hoje há no nosso meio um sistema que podemos alegar ser “perversos”, pois passam de geração para geração.

A sucessão familiar torna-se uma regra indissolúvel.

Claro que não podemos sermos hipócritas, que não queremos posições grandes para nossos filhos. Mas a questão se fundamenta em ajudar aqueles que, uma vez querem saber sobre a questão de entendimento mais numa cultura que não quer que saibam.

Temos que considerar a avaliação dos que nos governa, pois em suma já estamos sendo administrado por muitos que não querem que tenhamos conhecimento, uma vez que um povo culto há libertação.

Não estamos querendo uma revolta, pois isso não nos levaria a nada, mas sabermos como atuar para conseguirmos espaços.

“Ninguém poderá aperfeiçoar-se se não tiver o mundo como mestre. A experiência se adquire com a prática.” – William Shakespeare.

A questão é consegui-la, pois há o medo dos subjugados subir ao poder no campo do conhecimento.

Em geral, quando começa uma luta para o desenvolvimento no campo do entendimento, os que acostumou o povo na escravidão querem que voltem. O caso do Presidente Trump, a desculpa é que ele influenciou outro presidente para investigar outro.

A questão não é de tirar o presidente da nação americana, mas como voltar para governa-la com a intenção de incutir seus objetivos.

A riqueza e poder está no campo da preservação daqueles que querem que o povo continue como estão, sem mesmo considerar a questão do saber.

Quando se estuda o mundo, isto é, o começo da humanidade quanto a soberania, ou seja, os governantes, não podemos desconsiderar como aconteceu o seu desenvolvimento.

Então, sabemos que eram complicados os livros, acessos de informações e tudo mais. Embora, compreendemos tudo isso, não pensem que não havia uma luta para que o povo permanecesse como eram, pois havia.

Você sabia que o rei tinha muitos deveres? “... o de organizar os trabalhos agrícolas e o abastecimento dos celeiros. Ele deveria garantir também que a cidade tivesse acesso aos produtos... Para conseguir esses produtos, enviava expedições militares e comerciais.

O rei desempenhava também religiosas, sendo, muitas vezes, a principal figura nas cerimonias e cultos aos deuses da cidade.”

A questão não se resumia em fazer uma governança somente sobre a forma de proteção, mas de permanência.

Permanecer no poder era um fator determinante e garantia de proteção do seu bem comum.

Portanto, uma hegemonia de poder.

É evidente e óbvio que vivemos em uma sociedade mais avançada, contudo, com os mesmos princípios outrora.

Entendemos também que existem vários fatores em administrar toda a sociedade e não sendo tão fácil assim.

Compreendemos o comportamento individual, bem como da sua “competência individual” de cada sujeito.

Claro que sabemos das questões que temos que levar em conta; a organização que ocorre em questões do saber e da sua importância.

Conquanto, pareça difícil e problemática, devemos e temos por obrigação: “Liberar o potencial de cada indivíduo.”

Não quero entrar no campo de administração porque o foco aqui não o é. Queremos sim, fazer com que o que compreendemos muitas vezes não é à plena verdade.

Eu vou dá um exemplo em um erro que muitos cometem por falta de entendimento. Eterno em alguns casos não está se referindo numa eternidade sem fim, mas num longo período de tempo.

Afirma (Christianini 1981, p. 270) O adjetivo grego aion ou aionios não significa no grego um período que não tem fim.  No caso de pessoas que invoquem tais “palavras ‘fogo’ e ‘castigo’ são temporais e o adjetivo aionios tem sentido restrito.”  “Mateus 24. 41 e 46 como ‘fogo eterno’ e ‘castigo eterno’ é temporal e tem influência medieval do inferno.”

Portanto, continuar com a tese de um inferno eterno sem ir aos escritos originais e sua verdadeira interpretação é um erro.

Num comentário mais adiante, Christianini (1980), sobre o texto de Judas 7, onde está escrito: “Sodoma e Gomorra e as cidades circunvizinhas ‘sofreram’ a pena do ‘fogo eterno’ [pyros aionioy], por acaso as cidades estão pegando fogo? “Não, porque foram ‘reduzidas as cinzas’.”

A obra clássica de Liddel ¨& Scott (Dicionário Grego) dá os seguintes significados de aion: “1. Um espaço ou período de tempo, especialmente toda a vida. Vida. Também a vida de uma pessoa. Idade; a idade do homem....

2. Um longo período de tempo. Eternidade... [Quando se refere a Deus].

3. Mais tarde. Um espaço de tempo claramente definido... Uma era. A vida presente. Este mundo.”

Então pessoal, não podemos levar nossa definição de ‘eternidade’ com o nosso pensamento ocidental.

Temos que entender que à Bíblia foi escrita em três idiomas: Hebraico, aramaico e grego. Em quase todo o Novo Testamento foi em grego.

Portanto, defini-la sem um estudo dos originais, é raso sua interpretação concreta.

A própria medicina quando se trata de cura, vai aos estudos aprofundados afim de trazer o verdadeiro diagnóstico.

Conclusão

Não, por aforismo, não devemos acreditar ou crer no que todo mundo diz com respeito em várias coisas.

Mas mesmo em se tratando de pesquisas, não devemos também achar que não se possa levantar hipóteses, pois só porque uma coisa foi descoberta que não podemos rebuscar outras.

Também devemos deixar de afrontar os outros só porque pensam diferentes de nós.

Os cientistas de verdade começam suas pesquisas e seus achados muitas vezes levantando hipóteses e fazendo testes que às vezes trazem resultados significativos.

O próprio Isaac Newton não aceitava a Trindade: “Homoousion [a doutrina pela qual o filho é da mesma substância que o Pai] é ininteligível. Não foi entendido no Concílio de Nicéia, nem desde então. O que não pode ser entendido não é motivo de crença.”

Isso quer dizer que ele estava certo? Claro que não, pois a própria Bíblia diz: “O verbo se fez carne a habitou entre nós...”

Ora, se fez carne é porque não era. Portanto, um ser igual a divindade. Percebe?

Mas não pára por aí, “... E nós vimos a revelação da sua natureza divina...” João 1.1 e 14.

Teremos que compreender que Isacc Newton estava errado, e, em outro momento havia dito que seus estudos não tinham sido concluídos.

Diante disso, não basta acharmos que conhecemos ou concretizarmos que estamos absolutamente corretos ou certos sem antes estudarmos com mais profundidade tais assuntos.

Não basta saber o que já conhecemos, mas irmos além disso.

“Para a pessoa que tem compreensão, tudo é claro; tudo é fácil de entender para é que é bem informado.” (Provérbios 8.9).

Referências

1)    COLLI, G. Filósofos que fizeram história, Nietzsche, p.10 CT.

2)    PAIVA, M.W. O Pensamento vivo de Nostradamus, p.45 1983 Matin Claret
3)    LAVOISIER, A.L. p. 65 e 67 (Sem data e sem editora)

4)    FILHO, A. Ficção história para o prazer da leitura, 43, 1976 Nova Fronteira

5)    FERREIRA, J.R.M. História Martins, p.81, 1997, FTD

6)    ROBISON, S.J. Os Pensadores, 214 e 215, Abril Cultural

7)    CHRISTIANINI, A.B. Sutilezas do erro, 270 e 271, 1981, CPB

8)    GOMES, Morgana, A vida e o Pensamento de Isacc Newton, p. 84, s/d 4D

9)    Bíblia de Estudo NTLH.


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