Imagem de Flávio Josefo e no fundo a destruição de Jerusalém
Hamurabi nascera
em um lugar deserto, cheio de mistérios e fantasias.
Ouvira muitas
estórias e histórias. O lugar que habitava de dia fazia muito calor, mas ao
entardecer o frio era extremo.
Seu amigo
Petrosk, era quem mais incitava-lhe a pensar, pois acenava-lhe de contos a fim
de que conviver-se.
Vento soprava-lhes
os rostos em fartura de pós.
A neblina
revela o infortúnio que ficava pastoso os cabelos e pele.
Sempre o
valor da ousadia alimentava à esperança no ditame das ações que juntos comungavam.
Entre contos
e contos Petrosk fala das frechas das revelações; impõe-lhes em profundas
perspectivas, uma vez que emprega na imaginação o saber dos acontecimentos.
Eis que
surge na conversa dos sujeitos em incógnita, foi os Árabes que invadiram
Jerusalém no ano 70 d.C.?
Hamurabi, já
invocava o ensejo de saber da verdade, visto entre o conjunto de habitantes flua-a
um ambiente de dúvidas contadas pelo povo.
Petrosk, era
um rapaz sábio e não se deixava levar pelo o que lhe contava, mesmo aceitando
os paradoxos que ele mesmo sabia que existia.
Baixava a
cabeça quando na vergonha não compreendia bem do assunto. Ele sentia que na sua
mão estava o constrangimento de contar à Hamurabi o preenchimento do que ele
compreendia, porém, agora com mais compreensão.
Petrosk, foi
criado numa família cheia de contornos e controvérsias; e sobre esses fatores, fez-se
baluarte nas direções variadas do conhecimento.
Agora sentia
que estaria responsável para que seu amigo soubesse do que aconteceu em Jerusalém.
Hamurabi, lia
muito à Bíblia e focava seu olhar nela diariamente. Era um homem de muita fé e
de princípios claros como às águas limpas de um rio.
Não saia sem
fazer uma oração, não comia sem fazer o mesmo, tudo que presenciava era o resultado
dos valores que adquiriu. Sabia que estava certo.
Petrosk,
respeitava-o, pois entendia da sua honestidade e da sua servidão no que
aprendera.
A preocupação
estaria no que pudesse causar na cabeça do amigo, pois nele resultaria quando fundamentar-se
novos saberes, ele iria crer? Se no papel de agente do que conhecia, poderia
afetar de maneira tão significante que pudesse desacreditá-lo de tudo que em função
do vivenciar já posto?
Mas como
amigo não poderia ofuscar sua memória, todavia, limpar.
- Hamurabi,
Jerusalém, como você já conhece de uma profecia do Mestre, teve que ser destruída.
- Sim, sei
disso!
- Sei também
que foi por causa da rejeição do filho de Deus.
Ora, mas eu
sempre ouvi desde pequeno que foram os povos que os circundava-lhe que
trouxeram tal arraso.
- Não é bem
assim!
Petrosk,
queria fornecer-lhe a verdadeira história, os fatos “completos”, porém, temia
sua reação.
Não se incomodou
com a reforma e situação, visto buscava um objetivo.
O sujeito
dá-se o caso de plano de analise e da produção do que propôs produzir a fim de
fornecer pra ele do que conhecia em linhas escriturísticas lidas.
- Você já
ouviu falar de Flávio Josefo? – Não, nunca ouvi falar dele!
- Pois bem,
era um historiador contemporâneo da época do Mestre – Jesus Cristo.
Ele escreveu
a história dos hebreus. Lá fala das várias manifestações de atuação dos mesmos.
- Diga-me
então, indagou.
Os documentos
analisados por Petrosk, trazia-lhe a certeza, não somente por causa deles, mas
por ter conhecido quando em férias em Israel, os critérios de validação e
avaliação daqueles que falaram dele.
“Critérios
de abertura – Os documentos analisados dedicam-se extensamente a explicar as
linhas de ação que deverão ser seguidas no setor [...]. ¹
O que queria
Petrosk, era educar seu amigo. Educação que por meios de verificações talvez lhe
trouxesse a razão.
Não queria
mostrar um romance nem tampouco uma ficção, mas ao que parece os faróis da
realidade.
Fez-lhe
lembrar da região deserta, da civilização egípcia às margens do florescimento
do rio Nilo, em benefício por causas das inundações. ²
Tanto queria
mostrar ao seu amigo os volumes que até surgiria um poema a fim de prestar
entre outras um cartismo de concretização:
Num monte que domina Jotapa,
Destaca-se o piquete do comando,
Com a águia real de prata tremulando
Sobre um mar de panóplias diamantinas.
Ali se encontra Tito e Vespesiano,
Cavalgando ginetes e ofegantes,
Observando os vales circundantes.
Eriçados de montes e ravinas. ³
Esmiuçando
os contos em forma de poesia para Hamurabi, ele ouve com mais atenção lembrando
quando deitado numa rede do lado de fora da barraca feita por couro de cabra,
ouve o estalar da voz do volume do pai que colocava-o para dormir contando-lhe
uma história.
Ele sabe que
algo estaria diferente do que contaram pra ele; senti um sentimento de perplexidade.
Talvez lhe
flui um espírito de desconfiança, mas não o impede de prosseguir, visto sua curiosidade
é maior do que da sua falta de crença no seu companheiro do que quer evidenciar.
- Amigo, “Tito coloca seus aríetes em posição de funcionar. Grande resistência dos
judeus. Dão vigorosa arremetida, chegando mesmo até o acampamento dos romanos,
e teriam queimado suas máquinas, se Tito não tivesse impedido, com seu extremo
valor.” 4
- O que amigo, os romanos invadiram Jerusalém? Puxa, e eu pensando
que fosse os árabes!
- Alguns me disseram que os Sírios estavam envolvidos nessa
empreitada – Agora estou em dúvida!
Então, Petrosk, não quer causar uma contradição na cabeça do
amigo e procura estabelecer um paralelo em sua volta.
Quando olhando num espelho vemos nosso reflexo. A imagem não
se desfalece, mas permanece fixa – em movimento reflete o mesmo que presencia.
No momento do susto causado pelo espanto de Hamurabi, o
assunto é voltado para a observação lá fora – dos campos, vales, areias e mar.
- Você viu, como é bonito os planaltos e planícies? As ondas
provocadas pelos ventos movem às águas.
- Já viu que mesmo os mares mais profundos, eles não saem do
nível e continuam sempre numa linha reta à vista do observador?
Petrosk, trás um olhar aprofundado e causa um grande sorriso
em Hamurabi.
- É verdade, se existe curvas na terra na profundeza dos
mares, não há desnivelamento e nem curvas quando olhamos sua dimensão por cima
dele – interessante.
Passaram às mãos no rosto, e mesmo com a ventanias o suor
escorregou dos seus rostos.
A surpresa de ambos parecia que ultrajou o nervosismo sobre a
causa da reflexão imposta pelos os dois.
Enfim, tiveram que redessem sobre a beleza que os cercavam e
em face da obstinação em compreender os instintos intrínsecos.
Haveria em resto de duvidar que em busca da resposta, o
sujeito lhes trouxera outra forma de ver às coisas.
Viram uma terra cheia de ondulações até dentro das águas, mas
quando focaram para elas (águas), viram-na retinha como uma linha esticada.
Hamurabi, fez o que todo aquele que medita, faz, será que
existe outra interpolação para à história?
O tema agora
se volta para outro aspecto. Não mais, só no que corresponde a invasão de Tito
em Jerusalém, entretanto, as formas e expressões.
Os lugares
não são mais os mesmos, embora pareçam uma mudança, e claro, há, mas às ondas
continuam no mesmo estado.
De volta
trouxe-o para o fundo da questão que aprendera.
Observando-o
atentamente, Petrosk, vê-se obrigado a fazer uma nova investida.
Os judeus trabalhavam sem descanso,
Resolvendo os problemas de emergência
Com rasgos de heroísmo e paciência,
Cumprindo minhas ordens cegamente.
Reforçamos os muros em vários pontos,
Erguendo-os nos logares mais visados;
E os romanos ficaram consternados
Vendo perdidos seu trabalho ingente.5
Só que agora
tira da pasta um documento, e mostra-lhe.
Surpreso
Hamurabi, arregala os olhos fixos na imagem.
Exclama: -
Estou perplexo no que vejo!
“Os livros
já venceram mais batalhas que as armas.” – Anger-sola;
“Bendito o
que semeia livros, livros a mancheias e manda o povo pensar”. – Castro Alves;
“Um país se
faz com homens e livros”. – Monteiro Lobato;
“Use roupa
velha, mas compre um livro novo.” – Phelps.6
Após mostrar
os valores dos compêndios o mesmo ficou sem falar – engasgado.
O resumo – A
suma era forte evidência das interrogações.
Convencido,
Hamurabi, quis mais e pediu que contasse um pouco mais.
E Petrosk,
só dá um pequeno vislumbre quem era aquele que contou a história dos hebreus e
da invasão de Jerusalém no ano 70 d.C.
Josefo era filho de sacerdote,,
descendente dos Macabeus e proprietário de terras. Foi criado em Jerusalém onde
era admirado pela cultura e pela vivacidade de espírito. Quando adolescente,
tinha experimentado três importantes seitas judaicas, juntando-se até mesmo com
alguns ascetas no deserto, antes de voltar para Jerusalém.7
Diante dos
fatos, Hamurabi se convence dos pormenores e em tom de acerto, pronuncia: -
Estou convencido!
A fé agora
que nos conta não está mais submetida a dissonância da subjetividade, pois os
escritos por aquele que vivenciou estão expostos.
- Hamurabi,
escute, interrogue sempre o que te dizem.
- Não vá
aceitando tudo, mesmo que seus pais apresentaram, uma vez que nossos avós os
contam estórias de contos fantasiosos.
- Temos que
questioná-los!
Ele sai pra
fora da tenda, e começa olhar pra cima e observa às nuvens movendo entre elas.
Olha para às árvores e vê-las inclinando-se sobre os sopros dos ventos.
Começa
instigar-se, se a terra movesse, porquê as nuvens estão sempre em movimento? Não
parece lógico, pois uma coisa que se move (a terra), numa velocidade supersônica,
então, como entender a “rapidez”, da nuvem, uma vez que seus movimentos são ínfimos
com relação ao movimento da terra? Algo agora está lhe incomodando. Já não é
mais o fato de saber sobre a invasão, mas agora seu pensar o leva para um campo
mais aprofundado.
Passar a sofrer
do inconformismo, resultado da sua observação e do que Petrosk causou-lhe na
consciência.
Todavia,
lembra de uma frase que veio na sua mente: “Enfrentar sofrimentos contribuirá indiscutivelmente para a
elevação de sua prática espiritual, desde que você seja capaz de transformar a
calamidade e o infortúnio em caminho.” 8
Seu posicionamento
mudou em reflexo do que acreditava. Seu sofrimento em dado momento, sem o
conforto de saber que conseguiu passar por uma transformação ante o aprendizado
que seu amigo conseguiu imprimir-lhe.
Sua
impressão encantou o impulso que era impetuoso quanto o que já simpatizava. Flora
agora um renascimento, uma rivalidade entre o que acreditava e o que passa a
acreditar. Vai aos estudos iniciais para trabalhar uma nova resposta.
Vê-se
obrigado aos novos paradigmas, uma vez que filosofou, porém, encontrando na complexidade,
novos horizontes do saber.
Chega à
conclusão que o que entendia com fator final, agora em paradoxo com o que
aprendera. A narrativa que tantos fizeram-no crer na perfeição do que
vivenciou, foi refutada ao menos no aspecto da história.
A inovação
resultou num novo homem, aquele que aceitou às mudanças que o cercava.
Agradece ao
amigo e convida-o a vir mais vezes na sua tenda onde poderá em consonância com ele
interrogar os parâmetros dos padrões existentes.
- É claro
que voltarei – Até mais! [G].
Nota: Jerusalém [Lugar de Paz] Cidade
situada a uns 50 km do mar Mediterrâneo e a 22 km do mar Morto, a uma altitude
de 765 m. O vale do Cedrom fica a leste dela, e o vale Hinom, a oeste e ao sul.
A leste do vale Cedrom está o Getsêmani e o monte das Oliveiras. Davi tomou Jerusalém
a capital do reino unido (2Samuel 5.6-10). Salomão construiu nela o Templo e um
palácio. Quando o reino se dividiu, Jerusalém continuou como capital do reino
do sul. Em 587 a. C. a cidade e o Templo foram destruídos por Nabudonosor (2Rs
25.1-26). Zorababel, Neemias e Esdras reconstruíram as muralhas e o Templo, que
depois foram mais uma vez destruídos. Depois um novo Templo foi construído por
Herodes, o Grande. Tito general romano, destruiu a cidade e o Templo em 70
d.C. O nome primitivo da cidade era JEBUS.
Na Bíblia é também chamada de Salém (Gn 14.18), cidade de Davi (1Rs 2.10), SIÃO
(1Rs 8.1), cidade de Deus (Salmo 46.4) e cidade do grande Rei (Sl 48.2). 9
Referências
1) RAMA, German [et al.], Desenvolvimento
e educação na América Latina, p.107, 1985;
2) VICENTINO, Cláudio, Gianpaolo Dorigo,
História para o ensino médio: História geral, p. 39, 2001;
3) SILVEIRA, Ribas, Destruição de Jerusalém
por Tito – Poema épico em 12 cantos, p.54, 1943;
4) JOSEFO, Flávio, História dos hebreus,
Trad. de Vicente Pedroso, p. 650, 1990;
5) SILVEIRA, Ribas, Destruição de Jerusalém
por Tito – Poema épico em 12 cantos, p.54, 1943;
6) RODRIGUES, José Adauto, Pensamentos
Imortais, p.78, 1991;
7) MONTEFIORE, Simon Sebag, Jerusalém: a
biográfia, p.164, 2013;
8) LAMA, Dalai, Sua Santidade, o Dalai-Lama,
Palavras de sabedoria, p.59, 1935-1953;
9) Sociedade Bíblica do Brasil, Bíblia
de Estudo NTLH, p.1349, 2005.
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