segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Dízimo: Um tributo monetário para a manutenção do templo ou do clero?


DÍZIMO E SALÁRIOS DO CLERO: UM PESO NA CARTEIRA
Qual é o meu pagamento?  É a alegria especial que eu obtenho ao pregar as Boas Novas sem despesas para ninguém.  -Paulo de Tarso
Roubaria o homem a Deus? Contudo vocês roubam a mim. Mas vocês perguntam, 'Como te roubamos a ti?' Em dízimos e oferendas. Vocês estão debaixo de uma maldição, toda a nação, porque estão me roubando. Tragam todo o dízimo ao alforge, para que haja comida em minha casa. Prove-me nisto, disse o Senhor Todo Poderoso, e vejam se eu não abrirei as comportas do céu e derramarei tanta bênção que vocês não terão suficiente espaço para guardá-la.1[1]
Esta passagem de Malaquias, capítulo 3, parece ser o versículo favorito de muitos pastores. Especialmente quando o cofre da igreja está vazio. Se você freqüentou por algum tempo a igreja moderna, deve ter escutado esta passagem trovejando de cima do púlpito em várias ocasiões. Fizeram-me engolir isso por um sem número de vezes.
Considere algo da retórica que acompanha esse tema: “Deus ordena que vocês dêem seus dízimos fielmente. Se vocês não dizimam, estão roubando ao Deus Todo Poderoso, e estão colocando-se debaixo de uma maldição”. “Vamos repetir juntos o 'Credo do Dizimista?’ O dízimo é do Senhor. Aprendemos isso porque é verdade. Acreditamos nisso porque temos fé. Vamos dar nossos dízimos com alegria”. “Seus dízimos são oferendas necessárias para que a obra de Deus siga adiante!” (A “obra de Deus”, naturalmente, significa assalariar o cargo de pastor e pagar as contas mensalmente para manter o edifício sem dívidas).
Qual é o resultado desse tipo de pressão? O povo de Deus é obrigado a dar o dízimo de seus salários mensalmente. Quando faz isso, sente que Deus fica feliz. E pode esperar que Ele os abençoe financeiramente. Quando falha sente que foi desobediente e que uma maldição financeira pesa sobre ele.
Mas voltemos alguns passos atrás e formulemos duas perguntas penetrantes: “A Bíblia nos ensina a dizimar? Somos espiritualmente obrigados a patrocinar o pastor e sua equipe?”
A resposta a estas duas perguntas é alarmante. (Se você é um pastor, isso lhe interessa. Talvez fosse melhor você pegar agora seu remédio para o coração!).  
O Dízimo é Bíblico?  
 dízimo na Bíblia? Sim, o dízimo é bíblico. Mas não é cristão. O dízimo pertence à velha Israel. Foi essencialmente um imposto de renda. No primeiro século, no NT, não há registro de cristãos dizimando.
A maioria dos cristãos não tem a menor idéia do que ensina a Bíblia no que se refere ao dízimo. Senão vejamos. A palavra “dízimo” simplesmente quer dizer a décima parte.2[2] O Senhor instituiu três classes de dízimos para os Israelitas como parte de seu sistema de impostos. A saber: Um dízimo do produto da terra para sustentar os levitas, que não tinham herança em Canaã.3[3] Um dízimo do produto da terra para patrocinar festas religiosas em Jerusalém. Se o produto pesasse muito para ser levado a Jerusalém, poderia ser convertido em dinheiro.4[4] Um dízimo do produto da terra arrecadado a cada três anos para os levitas locais, órfãos, estrangeiros e viúvas.5[5]
Este foi o dízimo bíblico. Note que Deus ordenou a Israel que desse 23,3% de suas rendas a cada ano, em oposição aos 10%.6[6] Estes dízimos consistiam do produto da terra, a saber: A semente e o fruto da terra, e o rebanho ou manada. Era o produto da terra, não dinheiro.
Pode-se traçar um claro paralelo entre o sistema do dízimo de Israel e o sistema moderno de tributação no Brasil. Israel era obrigado a sustentar seus funcionários públicos (sacerdotes), feriados (festivais), e pobres (estrangeiros, viúvas e órfãos) com seus dízimos anuais. A maioria dos modernos sistemas de tributação serve ao mesmo propósito.
Com a morte de Jesus, todos os códigos cerimoniais, governamentais e religiosos que pertenciam aos judeus foram cravados em Sua cruz e enterrados para sempre... Para nunca voltarem a condenar-nos. Por esta razão nunca vemos nenhum cristão no NT dando o dízimo. Da mesma forma que não os vemos sacrificando cabritos e touros para cobrir seus pecados!
Paulo escreveu, “Vocês estavam mortos em pecados e seus desejos pecaminosos ainda não tinham sido afastados. Então Ele deu-lhes participação na própria vida de Cristo, porque lhes perdoou todos os pecados, e apagou as acusações confirmadas que havia contra vocês, a lista dos seus mandamentos a que vocês não tinham obedecido. Tomando esta lista de pecados, Ele a destruiu, pregando-a na cruz de Cristo. Portanto, que ninguém censure vocês por aquilo que comem ou bebem, ou por não comemorarem as festas e feriados judaicos, ou as cerimônias de lua nova, ou os sábados. Estes eram preceitos apenas temporários, que terminaram quando Cristo veio. Eram apenas sombras da realidade — do próprio Cristo”.7[7]
Dizimar pertence exclusivamente a Israel sob a Lei. No aspecto financeiro vemos os santos do primeiro século dando alegremente de acordo com sua capacidade — não para obedecerem a um mandamento.8[8] A oferta na primitiva igreja era voluntária.9[9] E os que se beneficiavam disto eram os pobres, órfãos, viúvas, doentes, prisioneiros e estrangeiros.10[10]
Agora mesmo posso ouvir alguém fazer a seguinte objeção: “E quanto a Abraão? Ele viveu antes da Lei. Nós o vemos dizimar ao sumo sacerdote Melchizedek.11[11] Isto não destrói seu argumento de que o dízimo é parte da Lei de Moisés?”
Não, não destrói. Primeiramente, o dízimo de Abraão era completamente voluntário. Não obrigatório. Deus não o ordenou como havia feito com o dízimo de Israel.
Em segundo lugar, Abraão dizimou dos saques que ele havia adquirido depois de alguma batalha. Ele não dizimou de suas rendas nem de sua propriedade. O ato de dizimar de Abraão seria algo parecido com receber uma bonificação no trabalho, uma gratificação de Natal, para depois dizimar.
Em terceiro lugar, e o ponto mais importante, esta foi a única vez que Abraão dizimou em todos os seus 175 anos aqui na terra. Não há evidência de que ele voltou a repetir tal coisa novamente. Conseqüentemente, se você deseja usar Abraão como “texto de prova” para dizer que os cristãos necessitam dizimar, então você é obrigado a dizimar apenas uma vez!12[12]
Isto nos remete ao batido texto citado anteriormente em Malaquias 3. O que disse Deus ali? Primeiramente, esta passagem foi dirigida ao antigo Israel quando este estava sob a Lei Mosaica. O povo de Deus estava retendo seus dízimos e ofertas. Considere o que aconteceria se os estadunidenses recusassem pagar seus impostos sobre suas rendas. A lei americana qualifica isso como um roubo.13[13] Os culpados seriam castigados por roubar ao governo.
De igual forma, quando Israel reteve seus dízimos (impostos), Israel estava roubando a Deus — Ele instituiu o sistema do dízimo. Então o Senhor mandou que seu povo trouxesse seus dízimos ao alforge. O alforge era situado nas câmaras do Templo. Esta câmara era separada para receber os dízimos em espécie, não em dinheiro, para o sustento dos Levitas, pobres, estrangeiros e viúvas.14[14]
Note o contexto de Malaquias 3:8-10. No versículo 5 o Senhor diz que Ele julgará os que oprimem as viúvas, os desamparados e os estrangeiros. Ele diz, “Eu Me movimentarei com rapidez para castigar os que praticam bruxaria, os adúlteros, os mentirosos, os que roubam o salário de seus empregados, os que exploram as viúvas e os órfãos, enfim todos os que não Me respeitam”.
As viúvas, os órfãos e os estrangeiros eram os dignos recebedores do dízimo. Por reter os dízimos, Israel foi culpado de oprimir a estes três grupos. É aqui que está o coração de Deus em Malaquias 3:8-10: A opressão aos pobres.
Quantas vezes você ouviu pastores enfatizar este ponto, martelando teus ouvidos com a passagem de Malaquias 3? Das centenas de sermões que eu ouvi sobre dízimo, nenhuma vez escutei nem mesmo um sussurro acerca do que tratava esta passagem. Ou seja, os dízimos eram para sustentar as viúvas, os órfãos, os estrangeiros, e os Levitas, que não tinham qualquer propriedade. É isto o que a Palavra do Senhor tem como objetivo em Malaquias 3.  
A Origem do Dízimo e do Salário do Clero.  
Cipriano (200-258 d.C.) foi o primeiro escritor cristão a mencionar a prática de sustentar financeiramente o clero. Ele arrazoava que da mesma forma como os levitas foram sustentados pelo dízimo, assim também o clero cristão deveria ser sustentado pelo dízimo.15[15] Mas isso representa um pensamento equivocado. Hoje, o sistema levítico está eliminado. Somos todos sacerdotes agora. Então se um sacerdote demanda dízimo, todos os cristãos devem dizimar-se mutuamente!
O pedido de Cipriano foi bem incomum naquele tempo. Tanto que não foi apoiado nem divulgado pelo povo cristão naquele momento, mas muito tempo depois.16[16] Além de Cipriano, nenhum escritor cristão antes de Constantino jamais utilizou referências do VT para recomendar o dízimo.17[17] Foi apenas no século IV, 300 anos depois de Cristo, que alguns líderes cristãos começaram a defender o dízimo como prática cristã para sustentar o clero.18[18] Mas isto não chegou a ser comum entre os cristãos até o século VIII!19[19] Segundo um erudito, “pelos primeiros setecentos anos isso (os dízimos) quase nem foi mencionado”.20[20]
Relatar a história do dízimo cristão é um exercício fascinante. O dízimo migrou do Estado para a Igreja. Na Europa Ocidental, exigir o dízimo da produção de alguém era cobrar o aluguel da terra que lhe era dada em arrendamento. Na medida em que a cobrança do aluguel de 10% era entregue à Igreja, esta aumentava sua quantidade de terras ao longo da Europa. Isto resultou em um novo significado relacionado a esta cobrança de 10%. Chegou a ser identificado com o dízimo levítico! Por conseguinte, o dízimo cristão como instituição foi baseado em uma fusão da prática do VT com a instituição pagã.21[21]
Pelo século XVIII, o dízimo chegou a ser um requisito legal em muitas áreas da Europa Ocidental.22[22] Pelo fim do século X, a diferença do dízimo enquanto imposto de renda e mandamento moral apoiado no Antigo testamento havia desaparecido.23[23] O dízimo tornou-se obrigatório ao longo da Europa cristã.24[24] Em outras palavras, antes do século VIII, o dízimo era um ato de oferta voluntária.25[25] Mas pelo fim do século X, ele passou a ser uma exigência legal para sustentar a Igreja Estatal — exigida pelo clero e colocada em vigor pelas autoridades seculares!26[26]
Felizmente, a maioria das igrejas modernas abandonou a prática do dízimo como uma exigência legal.27[27] Mas a prática de dizimar está tão viva hoje como foi durante o tempo em que era um requisito legal. Certamente você não vai ser castigado fisicamente por não dizimar. Mas se você não for dizimista — isto se aplica à maioria das igrejas modernas — você será excluído das posições importantes do ministério. E sempre será culpado e atacado de cima do púlpito!28[28]
Quanto aos salários do clero, os ministros não receberam salários durante os primeiros três séculos. Mas quando Constantino entrou em cena ele instituiu a prática de pagar um salário fixo ao clero dos fundos eclesiásticos e das tesourarias municipais e imperiais.29[29] Assim, pois, nasceu o salário do clero, uma prática daninha que não tem precedente no NT.30[30] 
Raiz de Toda Maldade  
Se um crente deseja dizimar voluntariamente ou com base em uma convicção, não há problema. O dízimo chega a ser um problema quando é apresentado como um mandato de Deus, obrigatório para todo crente.
O dízimo obrigatório representa opressão aos pobres.31[31] Não são poucos aqueles que são empurrados para uma pobreza mais profunda porque alguém lhes disse que se não dizimarem estarão roubando a Deus.32[32] Quando se ensina o dízimo como um mandato de Deus, os cristãos que têm muita dificuldade econômica para viver, são culpados se não o cumprem e mergulham em uma pobreza maior ao cumpri-lo. Desta maneira, o dízimo esvazia o evangelho enquanto “boas novas aos pobres”.33[33] Em vez de boas notícias, o dízimo chega como um fardo. Em vez de liberdade, chega a ser opressão. Esquecemos que o dízimo original que Deus estabeleceu para Israel era para beneficiar aos pobres, não para prejudicá-los!
Por outro lado, o dízimo moderno é uma boa notícia para o rico. Para uma pessoa com altos rendimentos, 10% é uma soma ínfima. Dizimar, portanto, apazigua a consciência do rico na medida em que não exerce nenhum impacto significante sobre seu estilo de vida. Não são poucos os cristãos ricos que são levados a erroneamente pensar que estão “obedecendo a Deus” pelo fato deles colocarem um mísero 10% de suas rendas no prato da oferta.
Mas Deus tem uma perspectiva bem diferente relacionada ao ato da dádiva. Recorde a parábola das moedas da viúva: “Quando Jesus estava no templo, observava os ricos colocarem suas ofertas na caixa de ofertas. Foi quando uma viúva pobre pôs somente duas moedinhas de cobre. 'Realmente', comentou Ele, 'esta viúva pobre deu mais do que todos os outros juntos. Pois eles deram um pouco do que não precisam, porém ela, pobre como é, deu tudo o que tem’”.34[34]
Lamentavelmente, o dízimo muitas vezes é visto como uma prova definitiva de discipulado. Se você é um bom cristão você dizimará, pelo menos é assim que se pensa. Mas esta é uma falsa premissa. O dízimo não é nenhum sinal de devoção cristã. Se assim fosse, todos os cristãos do século I teriam sido condenados por falta de piedade!
A raiz persistente detrás do constante empurrão para que as pessoas dizimem na igreja moderna é o salário do clero. Muitos pastores sentem que é necessário pregar o dízimo e lembrar a congregação de sua obrigação de apoiá-lo em seus programas. E eles usam a promessa de uma bênção financeira ou o temor de uma maldição financeira para assegurar que os dízimos continuem sendo arrecadados.
Desta maneira, o dízimo moderno é o equivalente a uma loteria cristã. Pague o dízimo e Deus lhe devolverá mais dinheiro depois. Recuse dar o dízimo e Deus lhe castigará. Tais pensamentos assaltam o cerne das boas novas do evangelho.
Poder-se-ia dizer a mesma coisa quanto ao salário do clero. O qual tampouco tem qualquer mérito. De fato, o salário do clero corre totalmente em sentido oposto ao novo Pacto.35[35] Os anciãos (pastores) do primeiro século nunca receberam salários.36[36] Eles eram homens com profissões seculares.37[37] Eles contribuíam com o rebanho em vez de pegar dinheiro da congregação.38[38]
Assalariar pastores gera profissional remunerado. Isso os eleva sobre o restante do povo de Deus. Isso cria uma casta clerical que converte o corpo do Cristo vivente em um negócio. Na medida em que o pastor e seus assistentes são “pagos” para ministrar — eles tornam-se profissionais remunerados. O resto da congregação passa ou cai em um estado de dependência passiva.
Se todo cristão atendesse ao toque do chamado para ser um sacerdote funcional na casa do Senhor (e eles foram chamados para desempenhar esse chamado) a questão que surgiria imediatamente é: “Por quê estamos pagando nosso pastor!?”
Mas na presença de um sacerdócio passivo, tais perguntas nunca surgem.39[39] Mas quando ocorre o contrário, quando a igreja funciona como deve funcionar, o clero profissional torna-se desnecessário. De repente o pensamento que diz, “isto é trabalho do pastor” parece herético. Em termos simples, o clero profissional engendra a ilusão pacífica de que a Palavra de Deus é material classificado, perigoso, de difusão secreta e que apenas especialistas oficiais podem manejá-lo.40[40]
Mas isso não é tudo. O ato de pagar um salário ao pastor obriga-o a ser complacente com os homens. Torna-o escravo dos homens. O “vale refeição” do pastor está garantido na medida em que ele se faz simpático à congregação. Assim, pois, ele nunca está à vontade para expressar-se livremente sem temer perder alguns fortes dizimistas. Esta é a praga do sistema do pastor assalariado.
Um perigo adicional do sistema do pastor remunerado é que produz homens incompetentes — algo que herdamos dos pagãos gregos.41[41] Por esta razão, o homem precisa de uma tremenda coragem para sair do pastorado.
Desgraçadamente, a maioria do povo de Deus é profundamente ingênua com relação ao poder opressivo do sistema clerical. É um sistema descarado que não se cansa de triturar e magoar seus jovens.42[42] Definitivamente, Deus nunca quis que existisse um clero profissional. Não há um mandato bíblico nem qualquer justificativa para tal coisa. De fato, é impossível construir uma defesa bíblica para o pastorado.43[43]
Na maioria dos casos, pede-se ao porteiro de igreja coletar dinheiro durante o culto. Tipicamente é ele quem passa a “bandeja da coleta” entre as pessoas. Esta prática de passar a bandeja é outra invenção pós-apostólica. Isto começou no ano 1662, embora a bandeja de esmola para os pobres estivesse presente anteriormente.44[44]
O porteiro de igreja surgiu da reorganização da liturgia da Igreja da Inglaterra sob o reinado de Elisabeth I (1533-1603). Os porteiros de igreja tinham a responsabilidade de acompanhar e acomodar as pessoas nos bancos ou cadeiras, coletar ofertas e manter a estatística dos que comungavam. O predecessor do porteiro de igreja foi o “porteiro”. O porteiro era de uma ordem menor (abaixo do clero) e remonta ao século III.45[45]Os porteiros tinham a responsabilidade de dar segurança, abrir as portas da igreja, manter a ordem dentro do edifício, e da direção geral dos diáconos.46[46] Os porteiros foram substituídos pelos “guardas da igreja” na Inglaterra antes e durante o período da Reforma.47[47] Dos guardas surgiu o porteiro de igreja.  
Conclusão  
Embora o dízimo seja bíblico, não é cristão. Jesus Cristo não o afirmou. Os cristãos do século I não o observaram. E por cerca de 300 anos o povo de Deus não o praticou. Dizimar não foi uma prática aceita em grande escala entre os cristãos até o século VIII!
O ato da oferta no NT era segundo a capacidade de cada um. Os cristãos doavam para ajudar outros tanto como para apoiar obreiros apostólicos, permitindo-lhes viajar e fundar igrejas.48[48] Um dos testemunhos da Igreja Primitiva foi o de revelar o quão liberais eram os cristãos com relação aos pobres e necessitados. Foi isto que fez com que gente de fora da igreja, inclusive o filósofo Galen, presenciasse o poder gigantesco e encantador da Igreja Primitiva e dissesse: “Olhe como se amam uns aos outros”.49[49]
O dízimo é mencionado apenas quatro vezes no NT. Mas nenhuma destas quatro ocorrências se refere a cristãos.50[50] Definitivamente, o dízimo pertence ao VT onde um sistema de tributação foi estabelecido para apoiar aos pobres e onde havia um sacerdócio especial separado para ministrar ao Senhor. Com a vinda de Jesus Cristo, houve uma “mudança na lei” — o antigo acordo foi “cancelado” e “posto de lado” dando lugar a um novo.51[51]
Agora, todos somos sacerdotes — livres para funcionar na casa de Deus. A Lei, o velho sacerdócio, o dízimo, todos foram crucificados. Agora não há cortina do templo, nem imposto do templo, e não há um sacerdócio especial que se coloca entre Deus e o homem. Você, querido cristão, foi libertado da atadura do dízimo e da obrigação de apoiar o sistema do clero.        
Igreja, abarcando a massa da população do Império, desde César até o pior escravo, e vivendo no meio de todas suas instituições, recebeu em seu seio grandes depósitos de material estrangeiro de todas as partes do mundo e do mundo pagão...
Embora as antigas Grécia e Roma houvessem caído para sempre, o espírito do paganismo greco-romano não se extinguiu. Este ainda vive no coração do homem, o qual necessita, como sempre, da regeneração do Espírito Santo. O paganismo também vive em muitas práticas idólatras e superstições das igrejas grega e romana, contra as quais o espírito do cristianismo tem instintivamente protestado desde o princípio, e seguirá protestando até que todos os vestígios de idolatria grosseira e refinada sejam vencidos tanto externa como internamente, e batizados e santificados não somente com água, mas também com o Espírito e o Fogo do Evangelho.       -Philip Schaff
1[1] Malaquias 3:8-10, NIV
2[2] No Velho Testamento, a palavra hebraica para “dízimo” é maaser, que significa décima parte. No NT, a palavra grega é dekate, que também significa décima parte. A palavra não é tomada do mundo religioso, mas do mundo da matemática e finanças.
3[3] Lev. 27:30-33; Num. 18:21-31.
4[4] Deu. 14:22-27. Algumas vezes chama-se “festa do dízimo”.
5[5] Deu. 14:28-29; 26:12-13. O historiador judeu Josephus e outros pesquisadores acreditam tratar-se de um terceiro dízimo usado de um modo diferente do segundo. Stuart Murray, Beyond Tithing (Carlisle: Paternoster Press, 2000), pp. 76, 90.
6[6] 20% anualmente e 10% cada três anos igualam 23.3% por ano. Deus ordenou todos os três dízimos (Neemias. 12:44; Mal. 3:8-12; Heb. 7:5).
7[7] Col. 2:13-17, NASB; Veja também Heb. 6-10.
8[8] Isto é bem claro em 2 Cor. 8:3-12; 9:5-13. A palavra de Paulo sobre a oferta é: Dê de acordo com a prosperidade que recebeu de Deus — de acordo com sua capacidade e meios.
9[9] The Early Christians, p. 86.
10[10] Christian History, Issue 37, Vol. XII, No. 1, p. 15.
11[11] Gên. 14:17-20.
12[12] O mesmo se aplica com relação a Jacó. 2 Gênesis 28:20-22, Jacó se dispôs a dizimar ao Senhor. Mas, como no caso de Abraão, o dízimo de Jacó foi completamente voluntário. Segundo sabemos, não se tratava de uma prática contínua. Não há como provar que Jacó dizimava regularmente, pelo contrário, vinte anos se passaram antes que ele começasse a dizimar! Citando Stuart Murria, ”o dízimo parece ser algo incidental nestes relatos (de Abraão e Jacó). O autor não atribui um significado teológico a esta prática”.      
13[13] Alguns cristãos, contudo, acreditam ser perfeitamente legal recusar pagar imposto de renda, e não são poucos aqueles que neste momento estão presos por ter agido nesta convicção!
14[14] Neemias 12:44; 13:12-13; Deu. 14:28-29; 26:12.
15[15] Cyprian, Epistle 65.1; Beyond Tithing, p. 104.
16[16] Beyond Tithing, pp. 104-105; Early Christians Speak, p. 86.
17[17] Beyond Tithing, p. 112. Em alguns de seus escritos Crisóstomo recomenda dizimar para os pobres (pp. 112-117).
18[18] Ibid., p. 107. The Apostolic Constitutions (c. 380) apóia o dízimo para sustentar o clero com base no sistema levítico do Velho Testamento (pp. 113-116). Agostinho defendeu o dízimo, mas ele não o apresentou como norma. Na realidade, Agostinho sabia que seu apoio ao dízimo não representava a posição histórica da igreja. O dízimo foi praticado por alguns cristãos piedosos no século V, mas não foi de forma alguma uma prática difundida (pp. 117-121).
19[19] Edwin Hatch, The Growth of Church Institutions (Hodder and Stoughton, 1895), pp. 102-112.
20[20] Ibid., p. 102.
21[21] Beyond Tithing, p. 137.
22[22] Ibid., p.134. Carlos Magno instituiu legalmente o dízimo e tornou-o obrigatório em seu reino de 779 a 794 (p.139); The Age of Faith, p. 764.
23[23] Beyond Tithing, p. 140.
24[24] Ibid., p. 111.
25[25] Com exceção dos gauleses durante o século VI. O Sínodo de Tours em 567 tornou o dízimo obrigatório na região. O Sínodo de Macon em 585 ameaçou com excomunhão aqueles que recusassem dizimar. Para uma breve, mas detalhada discussão sobre a oferta na igreja patrística, veja Alan Kreider’s Worship and Evangelism in Pre-Christendom, Alan/Gron Liturgical Study, 1995, pp. 34-35.
26[26] Beyond Tithing, pp. 2, 140. Teólogos e legisladores desenvolveram detalhadamente do sistema de dízimo.
27[27] Notavelmente, a igreja da Inglaterra anulou o dízimo como exigência legal durante os anos trinta do século XX (Beyond Tithing, pp. 3-6).
28[28] Note que eu firmemente acredito no livre apoio financeiro à obra do Senhor. As escrituras afirmam isso e o Reino de Deus necessita desesperadamente desse apoio. O que estou atacando nesse capítulo é o dízimo enquanto lei cristã e a maneira como esse dinheiro é utilizado: para pagar salários do clero e para manutenção do edifício.
29[29] C.B. Hassell, History of the Church of God, from Creation to d.C. 1885 (Gilbert Beebe’s Sons Publishers, 1886), pp. 374392, 472; M.A. Smith, From Christ to Constantine (Downer’s Grove: InterVarsity Press, 1973), p. 123. O Montanistas do segundo século foram os primeiros a pagar seus líderes, mas esta prática não se espalhou até Constantino (From Christ to Constantine, p. 193).
30[30] Para uma resposta a essas passagens bíblicas que alguns usam para defender o salário do clero (pastor) veja, Rethinking the Wineskin, Capítulo 5.
31[31] Sem mencionar toda a complexidade do dízimo. Considere o seguinte: Deve ser dado do líquido ou do bruto? Como fica a isenção tributária ou fiscal? Murray detalha a complexidade de tentar importar o sistema bíblico do dízimo praticado pela velha Israel para nossa cultura hoje. Em seu sistema de anos, jubileu, sábados sagrados, colheita, o dízimo fazia sentido e ajudava a distribuir a riqueza da nação. Hoje, freqüentemente contribui para aumentar as injustiças (veja Beyond Tithing, Capítulo 2).
32[32] De acordo com Edwin Hatch, “Nenhuma instituição da Idade Média deu origem a tantos enganos quanto a instituição do dízimo”.
33[33] Mat. 11:5; Lucas 4:18; 7:22; 1 Cor. 1:26-29; Tiago 2:5-6.
34[34] Lucas 21:1-4, NIV.
35[35] Veja Atos 20:17-38 (note as últimas palavras de Paulo aos anciões de Éfeso — elas são bem significantes. Ele acreditava nunca mais vê-los novamente) 1 Tes. 2:9; 1 Pedro 5:1-2.
36[36] Rethinking the Wineskin, Capítulo 5. Para suporte técnico a essa afirmação, veja F.F. Bruce, The New International Commentary on the New Testament (Grand Rapids: Eerdmans, 1986), p. 418; Simon J. Kistemacher, New Testament Commentary: Atos (Grand Rapids: Baker Book House, 1990), pp. 737, 740; Rolland Allen, Missionary Methods: St. Paul’s or Ours? (Grand Rapids: Eerdmans, 1962), p. 50; Watchman Nee, The Normal Christian Church Life (Anaheim, CA: Living Stream Ministry, 1980), pp. 62-63, 139-143; R.C.H. Lenski, Commentary on Saint Paul’s Epistles to Timothy (Minneapolis: Augsburg Publishing House, 1937), p. 683; R.C.H. Lenski, Commentary on Saint Paul’s Epistle to the Galatians (Minneapolis: Augsburg Publishing House, 1961), pp. 303-304.
37[37] O NT como um todo se refere aos anciões nesse sentido. Além disso, 1 Tim. 3:7 diz que o supervisor precisa ser bem visto na comunidade. A implicação natural disto é que ele é empregado regularmente no trabalho secular.
38[38] Atos 20:33-35.
39[39] De acordo com Elton Trueblood, “Nossa oportunidade para um grande passo está em disponibilizar o ministério às pessoas comuns da mesma maneira que nossos antepassados disponibilizaram a leitura da Bíblia ao cristão comum. Fazer isto significa, em certo sentido, inaugurar uma nova Reforma, e em outro significa a conclusão lógica da antiga Reforma na qual as implicações da posição tomada não foi nem totalmente compreendida nem lealmente seguida”.
40[40] As palavras de Jesus vêm à mente: “Ai de vós, doutores da lei, que tirastes a chave da ciência...” (Lucas 11:52).
41[41] Os gregos desprezavam o trabalho manual. Eles falavam publicamente mediante pagamento. Os rabinos judeus aprendiam alguma profissão e não podiam aceitar dinheiro para serviços religiosos. Deste modo, o pastor moderno adotou o costume grego em vez do costume judeu que Paulo de Tarso seguiu até mesmo enquanto cristão.
42[42] Veja o Capítulo 4 sobre as influências profundamente corruptoras deste sistema.
43[43] Veja Capítulo 4.
44[44] James Gilchrist, Anglican Church Plate (A Connoisseur Monograph, 1967), pp. 98-101. O prato de oferta primitivo era chamado de “prato de esmolas”. O prato de esmolas surgiu como parte normal no culto da igreja apenas depois da Reforma (Michael Clayton, The Collector’s Dictionary of the Silver and Gold of Great Britain and North America, New York: The Word Publishing Company, p. 11). Segundo Charles Cox e Alfred Harvey (English Church Furniture, 2nd Edition, Methuen, 1908), o uso do prato de coleta, caixa de coleta, e caixa de esmola tornou-se comum no período pós-reforma. Na Era Medieval, os edifícios da igreja tinham uma caixa com uma abertura na tampa. No século XIV surgiu o prato de coleta. No século XVII, bacias de coletas começaram a ser passadas ao redor por diáconos ou dirigentes da igreja. J.G. Davies, ed. A New Dictionary of Liturgy & Worship (SCM Press, 1986), pp. 5-6; Charles Oman, English Church Plate 597-1830 (London: Oxford University Press, 1957); J. Charles Cox and Alfred Harvey, English Church Furniture (EP Publishing Limited, 1973), pp. 240-245; David C. Norrington, “Fund-Raising: The Methods Used in the Early Church Compared with Those Used in English Churches Today,” EQ 70:2 (1998), p. 130. O artigo inteiro de Norrington é valoroso. Mostra que os métodos atuais de “coleta” na igreja não têm qualquer semelhança com os praticados no tempo do NT (pp. 115-134).
45[45] “Porter, Doorkeeper,” The Catholic Encyclopedia (www.newadvent.org/cathen/12284b.htm).
46[46] Email privado do Professor John McGuckin, 9/23/2002. A palavra “porteiro” [usher] vem do anglo-saxão e refere-se a uma pessoa que guia outras a um tribunal ou igreja (Private Email from Professor Eugene A. Teselle, 9/22/2002).
47[47] English Church Furniture, p. 245.
48[48] Socorrendo outros crentes: Atos 6:1-7; 11:27-30; 24:17; Rom. 15:25-28; 1 Cor. 16:1-4; 2 Cor. 8:1-15; 9:1-12; 1 Tim. 5:3-16. Socorrendo plantadores de igrejas: Atos 15:3; Rom. 15:23-24; 1 Cor. 9:1-14; 16:5-11; 2 Cor. 1:16; Filipenses. 4:14-18; Tito 3:1314; 3 João 5-8. Aqui há uma íntima conexão entre carteira e coração. Um em cada seis versos em Mateus, Marcos e Lucas relaciona-se a dinheiro. Das 38 parábolas no NT, 12 falam de dinheiro. 
49[49] Tertuliano, Apology 39:7; Robert Wilken, The Christians as the Romans Saw Them (New Haven: University Press, 1984), pp.79-82.
50[50] Murray descreve todos os quatro exemplos em detalhes, provando que eles não são textos comprobatórios do dízimo cristão. Ele também mostra que de acordo com Jesus, o dízimo é mais ligado ao legalismo e ao farisaísmo do que a um modelo a imitar (veja Beyond Tithing, Capítulo 3).
51[51] Hebreus 7:12-18; 8:13
Cristianismo pagão - A Origem das Práticas de Nossa Igreja Moderna, Frank A. Viola - página 101 - 108.
Fonte: 

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sábado, 12 de setembro de 2015

Almas escondidas – cegas


Atenção: Para compreender o contexto precisa-se ler toda essa história:

E a ira do SENHOR se tornou a acender contra Israel; e incitou a Davi contra eles, dizendo: Vai, numera a Israel e a Judá.

Disse, pois, o rei a Joabe, capitão do exército, o qual tinha consigo: Agora percorre todas as tribos de Israel, desde Dã até Berseba, e numera o povo, para que eu saiba o número do povo.


Então disse Joabe ao rei: Ora, multiplique o SENHOR teu Deus a este povo cem vezes tanto quanto agora é, e os olhos do rei meu senhor o vejam; mas, por que deseja o rei meu senhor este negócio?


Porém a palavra do rei prevaleceu contra Joabe, e contra os capitães do exército; Joabe, pois, saiu com os capitães do exército da presença do rei, para numerar o povo de Israel.


E passaram o Jordão; e acamparam-se em Aroer, à direita da cidade que está no meio do ribeiro de Gade, junto a Jazer.


E foram a Gileade, e à terra baixa de Hodsi; também foram até Dã-Jaã, e ao redor de Sidom.


E foram à fortaleza de Tiro, e a todas as cidades dos heveus e dos cananeus; e saíram para o lado do sul de Judá, a Berseba.


Assim percorreram toda a terra; e ao cabo de nove meses e vinte dias voltaram a Jerusalém.
E Joabe deu ao rei a soma do número do povo contado; e havia em Israel oitocentos mil homens de guerra, que arrancavam da espada; e os homens de Judá eram quinhentos mil homens.



E pesou o coração de Davi, depois de haver numerado o povo; e disse Davi ao Senhor: Muito pequei no que fiz; porém agora ó Senhor, peço-te que perdoes a iniquidade do teu servo; porque tenho procedido mui loucamente.


Levantando-se, pois, Davi pela manhã, veio a palavra do Senhor ao profeta Gade, vidente de Davi, dizendo:
Vai, e dize a Davi: Assim diz o Senhor: Três coisas te ofereço; escolhe uma delas, para que ta faça.


Foi, pois, Gade a Davi, e fez-lho saber; e disse-lhe: Queres que sete anos de fome te venham à tua terra; ou que por três meses fujas de teus inimigos, e eles te persigam; ou que por três dias haja peste na tua terra? Delibera agora, e vê que resposta hei de dar ao que me enviou.


Então disse Davi a Gade: Estou em grande angústia; porém caiamos nas mãos do Senhor, porque muitas são as suas misericórdias; mas nas mãos dos homens não caia eu.


Então enviou o Senhor a peste a Israel, desde a manhã até ao tempo determinado; e desde Dã até Berseba, morreram setenta mil homens do povo.


Estendendo, pois, o anjo a sua mão sobre Jerusalém, para a destruir, o Senhor se arrependeu daquele mal; e disse ao anjo que fazia a destruição entre o povo: Basta, agora retira a tua mão. E o anjo do Senhor estava junto à eira de Araúna, o jebuseu.


E, vendo Davi ao anjo que feria o povo, falou ao Senhor, dizendo: Eis que eu sou o que pequei, e eu que iniquamente procedi; porém estas ovelhas que fizeram? Seja, pois, a tua mão contra mim, e contra a casa de meu pai.


E Gade veio naquele mesmo dia a Davi, e disse-lhe: Sobe, levanta ao Senhor um altar na eira de Araúna, o jebuseu.


Davi subiu conforme à palavra de Gade, como o Senhor lhe tinha ordenado.


E olhou Araúna, e viu que vinham para ele o rei e os seus servos; saiu, pois, Araúna e inclinou-se diante do rei com o rosto em terra.


E disse Araúna: Por que vem o rei meu Senhor ao seu servo? E disse Davi: Para comprar de ti esta eira, a fim de edificar nela um altar ao Senhor, para que este castigo cesse de sobre o povo.


Então disse Araúna a Davi: Tome, e ofereça o rei meu senhor o que bem parecer aos seus olhos; eis aí bois para o holocausto, e os trilhos, e o aparelho dos bois para a lenha.


Tudo isto deu Araúna ao rei; disse mais Araúna ao rei: O Senhor teu Deus tome prazer em ti.


Porém o rei disse a Araúna: Não, mas por preço justo to comprarei, porque não oferecerei ao Senhor meu Deus holocaustos que não me custem nada. Assim Davi comprou a eira e os bois por cinqüenta siclos de prata.


E edificou ali Davi ao Senhor um altar, e ofereceu holocaustos, e ofertas pacíficas. Assim o Senhor se aplacou para com a terra e cessou aquele castigo de sobre Israel. 2 Samuel 24:1-25


Almas escondidas – cegas

Dentro de nós existem dúvidas quando tiramos o nosso véu que quer mostrar àquilo que muitas vezes o que não somos.

Às vezes nos arrependemos, outras vezes não. Continuamos nossos anseios que se estiverem errados pode nos levar para o fundo do poço.

Quando muito se apercebe que existe um mal que nos rodeia, se ofusca em nosso ser. Uns mudam e transformar-se, mas quando já fez vem os resultados que às vezes não são nada agradáveis que pode nos levar ou fazer outros sofrerem as consequências daquilo que fizemos.

Como líderes estão também inclinados em errar e ainda mais quando algo nos faça fazer isso.

Conquanto, nossa culpa pareça ser dos outros são de nós mesmos por ter deixado ser influenciados pelo o mesmo.

Essa condição que está sempre nos incomodando faz-nos saber que somos pecadores dentre muitos que há no meio.

Existe uma luta constante – mal e o bem se gradeiam querendo vencer. Às vezes são tantas as interrogações que nos perguntamos: onde está a verdadeira face humana. Seria o homem correto em ser desse jeito?

Queremos ser heróis porque somente desse jeito é que podemos demonstrar nossa força,
Ora tão desprezível, ora tão incompreensível. Entre tantos desafios queremos saber que homens podemos ser. Portanto pareça que somos: Homem.

Pobre classe de homem que transita sem se dar conta da sua perversão que está somente naquilo que quer sobre o manto de véu rasgado.

Nele agem duas naturezas mesmo que almeje no seu intrínseco fazer o bem, o mal impõe anseios incompreensíveis resultados de sê-lo.

É um homem que se considera herói por inconscientemente ou consciente ter aquilo que tanto alcançou.

Miseráveis são estes que se acham bem preparados, pois neles antagonizam as duas naturezas humanas, aquela que anseia boa, da qual poderia ser até ser a primeira e a segunda má aquela que pode ser até a última sua, mas permanecer com seus desejos carnais.

Duas naturezas que quando entramos entre nosso quarto porque também, e assim ninguém vê, e pode ser até que nós mesmos não alcancemos vê-la, resulta saber que são tão complexas, que por mais que queremos dizer que estamos no certo para o que parece ser percebido, sem se darmos conta que possamos estar somente querendo nossos resultados, porque não enxergamos que não nos conhecemos dado sua complexidade e que tange um sentimento que nos agrada, devido achar que fazemos nela o caminho que pareça certo.

Quem conhece de coisas inexplicáveis? São tantas que contradiz nossa altivez. Doutrinamos outros sem percebermos que no nosso ensino está inserido aquilo que queremos por nos achar capacitados, pois dentro dele, resulta naquilo que queremos impetrar.

Não estamos errados em querer alcançar nossos anseios, mas procedemos de Deus o que estamos dispostos fazer?

Davi sentiu sua grandeza quando mandou contar, mas também sentiu ser falha por lhe faltar sua confiança em Deus.

Confiamos que podemos fazer do nosso jeito, pois temos de tudo para isso quer seja, meios, tais: homens, livros, TVs, rádios etc.

Davi tinha os mais de oitocentos mil para batalha, mas não precisava quando Deus presente.

Uma grandeza abalada pelo pecado de pensarmos que podemos vencer sem Deus na nossa frente, pois habita em nós duas naturezas inerentes.

E como somos reis porque estamos em elevada posição, nem imaginamos que podemos cair, não digo no sentido de voltarmos para trás, mas no dia do juízo.

Sim amigos, nossos ideias e ideais são igualmente o que queremos. Ainda existem aqueles que duvidem disso, pois se acham que são bons demais para não entender sua falta de capacidade.

Sim, temos a fraqueza que está em nosso íntimo escondido pelo véu que usamos, pois muitas vezes nem em nós percebemos que ele está.

Aquele que esconde o que queremos, mesmo que sejam boas nossas ações. O que importa também é o nosso também conseguir.

Não existe esse negócio de estarmos somente fazendo para os outros, não, estamos fazendo também para nós.

O nosso também resulta nos nossos objetivos, pois são neles que nos posicionamos até inconscientes que vamos pra frente, porque desabrocha nossa vontade de progredir para nos satisfazer nosso ego.

Sabe o que nos doe? É a verdade! Pois não queremos nem sugestionar de verdade visto não somente da boca pra fora, que somos maus.

Dizemos muitas vezes que somos pecadores, mas no intimo achamos que estamos fazendo a coisa certa, mas como pode ser isso, o mal fazendo o bem? Eu sei que você pode dizer que é a outra natureza que faz, ou seja, a natureza boa.

Entretanto, na suposta boa existe um pouco de sinceridade, porque lhe falta sinceridade, pois existem suas fraquezas.

É como ter o ruim e bom, juntos. O escuro e o branco ao mesmo tempo.
Um belo dia acorda o homem vai à rua e lá acontece algum crime e ele surge para defender a vítima e pronto – tornar-se um herói, pois salvo-a.

Porém, em outro dia, num transito algo acontece, quem sabe um assalto. O assaltante tenta tirar a própria vida dos seus filhos, e então, o herói aparece, mas agora com força para defender e até inconscientemente mata o mesmo, pois se viu obrigado a fazer devido as circunstância que o colocava nessa condição.

São esses homens formados de ambas as naturezas heroicas: bem e mal. Confrontando-se entre si.

Os heróis do dia a dia. Aqueles que dependem do nascer do sol. Uma guerra sem precedentes. Não quero aqui dizer que possa acontecer com todos isso o que foi relatado, pois isso é óbvio que possa não acontecer, mas que dentro de nós envolve-se o véu rasgado da aparência, isso sim há!

Aquela que não deixa nós transmitir nossas intenções e anseios, pois nos vemos obrigados a escondê-las, mas que somente nós conhecemos.

Eu sei caros amigos, que alguns poderiam dizer: Galhardo eu estou só regando minha planta boa. Sim, que bom! Mas a sua má quer produzir seus frutos. Como assim? Veja bem, talvez até sem perceber seus anseios gerais e algozes almejam adentrar-se em querer para você algo. Em outras palavras: são ditas vontades da desculpa do progresso que temos que possuir.

Opulenta em nós uma necessidade há serviço do ter para nos confortar. Ora, ninguém trabalha sem resultados! Não venha dá desculpa que não se queira dois: o de conseguir e o de possuir.

O herói conseguiu aquilo que almejou, pois concretizou e trouxe-o (talvez alguém que estava de olho) para onde queria, mas também possuiu sua necessidade. Quem sabe até um cargo maior.

Eu também não poderia deixar de relatar que existem virtudes nisso, pois estaria sendo irracional não admiti-la, porque o bem fazer faz-se necessário diante do que está entre nós – o mal que existe.

Há tantas criaturas fazendo o mal que não se pode deixar nem por um segundo sem fazer o bem. Porém, não se faz o bem sem o herói está a serviço dele mesmo. Percebeu?

Davi queria proteger-se, pois poderia ser preso e quem sabe até destruído e deixar de ser rei.

Não se trata, contudo, de confundir cabeças pensantes, não, é que os heróis querem para eles os resultados que alcançaram.

O que estou querendo mostrar como isso, é que não há quem faça o bem, o mesmo, como relatou o apóstolo Paulo em suas cartas.

Sempre há algo em troca para que os heróis sejam recompensados. É muito difícil um herói não ser homenageado mesmo que seja essa singela.

Realiza-se aquele que sabe que lhe será recompensado. Não existe esse negócio de fazer por fazer, sempre há algo que resulta no querer conter.

Muitas vezes imaginamos que temos um ideal sem propósito, da santidade, sem nos darmos conta que sobre nós incute nosso ideal primeiro. Aquele que temos escondido porque o espelho está nublado e não conseguimos nos enxergarmos.

Ora, não sejamos infantis intelectualmente! Quem não quer subir de posto? Quem não quer ser reconhecido? Que coisa é essa de acharmos que somente nós somos aqueles que precisamos disso? Todos sem exceção (fora aqueles que suas vidas estão em prisões, tais muitas) não anseiam por uma vida melhor, por um suposto status.

O realizar consiste para um caminho que nos leva a adquirir algum tipo de desenvolvimento que resulta em um denominador comum: resultados para si mesmo.

O “realizar-se” infere o homem para um determinado objetivo que pretende alcançar, deixando-o consciente que precisa para ensinar, saber o este, o aquilo, a fim de acomodar-se num ideal externo.

Não se pode fazer nada sem que tenha o externo percebendo onde se quer leva-lo e onde queria ir. Todavia, para nos conhecer verdadeiramente precisamos admitir nossas impossibilidades no sentido que queremos nossos frutos.

Quando plantamos uma planta frutífera, o mínimo que esperamos dela é que nos forneça frutos.

Mesmo diante da sua beleza, queremos experimentar dos frutos que ela possa produzir nem que para isso demore chegar.

Jesus Cristo fez isso quando esperou o amadurecimento dos discípulos, e alguns só aconteceram isso após sua morte.

Mas existem homens que desabrocham primeiro, o caso do cego de nascença, ele almejava ver, pois sua alma precisava ser preenchida com uma totalidade de presenciar as coisas que o rodeava.

Seu ideal não era outro há não ser, enxergar. Oh caros amigos, esse diante dos judeus fariseus, pois alguns já havia se convencido ser Jesus Cristo um grande profeta como é relado em João: “... E por causa disso (da cura do cego) houve DIVISÃO entre eles (judeus)”. (verso 16).  Mostrou-se transformado porque creu naquele que poderia fazer algo por ele. Aqui ele não estava preocupado em ter posição, pois isso não lhe adiantaria continuando cego.

Eu duvido que alguém não trocar-se seu elevado cargo por poder de novo enxergar, porque a cegueira não o deixa saber o que para ele é o desconhecido.

Você poderia imaginar o que seria a cor da água se não a visse com os seus próprios olhos hoje? Mesmo que sendo cego alguém relatar-se para você sua transparência, poderia imaginar na sua cegueira o que é isso?

Essa alma escondia seu maior desejo, sua maior realização que seria vê. 

Para este, não estava se importando que pudesse ser um mestre da lei ou um doutor da mesma haja vista não lhe preenchia suas necessidades que era usufruir das vistas.

Cego de nascença, não queria nem ouro e nem joias;

Cego de nascença, não queria nem posição e nem cargo;

Cego de nascença, não queria nem está no meio dos mestres e nem doutores da lei;

Cego de nascença. não queria falar difícil e nem com eloquência;

Cego de nascença. o que só queria era vê.


Jesus Cristo respondeu:

- ele é cego sim, mas não por causa dos pecados dele nem por causa dos pecados dos pais dele. É cego para que o poder de Deus se mostre nele. (João 9. 3).

Pois bem, existem várias camadas de cegueiras, mas uma das mais difíceis de ser percebida: é a cegueira da alma. Quem dera se pudéssemos vê-la![G].









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domingo, 6 de setembro de 2015

O Erro de Ellen G. White


Meu intuito aqui não é desqualificar os escritos da autora Ellen G. White, mas trazer luz quanto à verdade dos fatos.

Se for à Bíblia luz maior como ela mesma alegava, ora, então segue a lógica!

Os valores do homem por mais que possam ser bondosos e tanto humildes: assim, ele ainda comete erros. Não há homem nenhum no mundo sem erro!

Posso afirmar sem sombra de dúvida que, não existe quem não peque, e, portanto, não se deixa de selo, pecador.

Segue aqui meu direito de dizer que há um erro, mesmo que muitos não admitam, pois se fazem necessário desta condição.

Muitos poderiam dizer: “Galhardo, você está fazendo discórdia na igreja!”. Respondo com meu direito adquirido pela constituição federal brasileira, que me dá o perpendicular de opinar e questionar no artigo 5º desta mesma.

Então vamos lá... A igreja (povo de Deus) estava em aflição e tendo dificuldades, pois como a história conta, eles haviam passado uma grande decepção do que Guilherme Miller, um batista, havia pregado que Jesus Cristo haveria de vir, mas não veio, e por esse motivo muitos se dispensaram para outros caminhos diferentes.

Dentre estes estavam alguns como a senhorita Ellen G. White, mas ainda não existia a igreja adventista do sétimo dia. Devido o ocorrido, ou seja, o amargo que sofreram, foram embora reunir-se em outro lugar; para que? A fim de obter mais conhecimento no que havia errado em acreditar no erro supostamente escriturístico, mas de um homem.

Então, dentro desses, estavam à senhorita Ellen Golden, que mais tarde passou a ter o nome, White, pois se casou com Tiago White e herdou seu nome.

Tendo que avançar a obra que segundo ela recebeu de Deus, foi galgando com dificuldades. E agora o que fazer? –bem, vamos instituir depois de tudo supostamente pronto – a arrecadação de dinheiro. Mas como fazer isso uma vez que não encontramos base nenhuma bíblica com relação ao dízimo, porém, só em arrecadação? Penso que foi isso que passou nas cabeças deles. Ato 2 apresenta os seguidores dando tudo que tinha para o avanço da obra.

Contudo, deveria haver um espírito de liberalidade na igreja, pois como poderia ela crescer sem ajuda dos irmãos, recém-convertidos? Daí a ideia de propor uma arrecadação financeira com o fim de sustentar tanto as dívidas da igreja como os pastores, ministros do qual o seu próprio marido também era.

Veja que em nenhum momento Jesus Cristo pediu que fizesse isso, mas muitos acreditam que sim.

O verso que diz “para se honrar ao senhor com a tua fazenda, e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros abundantemente, e transbordarão de mosto os teus lagares.” Não se refere a dinheiro, mas da primeira colheita que fizesse assim, deveria doar a Deus.

Embora pareça necessário fazer um recolhimento e ser certo isso, não como se faz! Pois está contra o que à Bíblia ensina.

Muitos leem o livro de Malaquias principalmente no capítulo 3 como sendo algo que devamos doar, pois se não fizermos isso veria a maldição. Mas como seria esta maldição? Ora, naquele tempo havia pragas e mais pragas nas plantações como há hoje em dia, então, os desobedientes em roubar, pois deveriam trazer ao templo uma vez que era uma norma estabelecida por Moisés dada por Deus: “A décima parte das colheitas, tanto dos cereais como das frutas, pertence a Deus, o senhor, e será dada a ele.” (Levítico 27.30).

Caso não fizesse essa ordem, então as pragas de gafanhotos quanto insetos destruidores haveriam de atacar as plantações daqueles que não obedecessem ao mandado.

No livro Conselhos Sobre Mordomia Cristã, ela, a autora usa muito o argumento de cobiça frente ao egoísmo, pois o caráter não pode ser perfeito quando os dois são adquiridos levando-se ao amor-próprio.

Não discordo disso! Mas o que percebo é que aqui não se trata de somente doar com o fim de sustentar certo tipo de classe, mas de ajudar aos irmãos necessitados, pois Jesus Cristo se fez pobre sendo rico, não para oferecer ajuda aos que tinha de tudo, mas aos necessitados, e, mais: não era para o tesouro terrestre, porém o celestial.

Aqui também não estou afirmando que o pastor da sua congregação não deva ter salário, em hipótese nenhuma! Mas dizimar vem do termo estabelecido por Deus da décima parte das colheitas, e não do dinheiro em si.

Uma coisa é totalmente diferente da outra. Contudo, muitos alegam este princípio fundamentando-se supostamente em Malaquias 3 coisa que não é verdadeira.

Deus realmente não precisa de nada nosso, pois “Tudo vem de Ti, e das Tuas mãos To damos.” Certo que, o que Ellen G. White expressou está em conformidade com seu texto, onde diz. e repare com a devida atenção: “no entanto Deus nos permite demonstrar nossa apreciação de Suas misericórdias pelos esforços abnegados para passa-las aos outros. É essa a única maneira em que nos é possível manifestar nossa gratidão e amor a Deus. E não proveu outro. – RH, 6 de dezembro de 1887. (Conselhos Sobre Mordomia, págs. 18 e 19).

Ora, para mim é muito claro o texto dela não está referindo-se ao dízimo, mas em ajudar, pode ser com dinheiro os irmãos.
“O espírito de liberalidade é o espírito do Céu. O espírito egoísta é o espírito de Satanás” – RH, 17 de outubro de 1882.

Então quer dizer quando demostrado dádivas, estamos agindo como Deus quer que nós façamos. Mas onde está o dízimo nisso? Ah irmão, você quer confundir as nossas cabeças e trazer discórdias entre nós? Não! Nosso lema é a verdade como fundamento para estabelecermos os outros princípios.

“Não há Incenso mais Fragrante do que Dádivas aos Pobres”.  7T 215 e 216.

“Sacrifícios dos Pobres pela Causa”, 2 TS, 330.

“Não Pôr os últimos recursos nas Instituições”. I T639.

Veja bem, vamos aos fatos bíblicos – Elias havia recebido uma ordem de Deus para ir até Sarepta, e, chegando lá haveria de encontrar uma viúva apanhando lenha, e que ele deveria chama-la quando beber-se trazido por ela uma jarra de água para que matar-se sua sede, pois havia caminhado muito e com isso, estava morrendo de sede, mas não somente isso, pois estava também com fome. E ela havia lastimadamente feito tudo que ele pediu, e assim foi resolvido seu problema.

Então, o que nos mostra era sua necessidade de precisar conduzir sua vida com relação ao alimento que lhe faltava, e como era muito pobre, Deus enviou Elias a fim de resolver esse problema real.

Tal como no passado, hoje Deus também se utiliza da mesma sorte, para muitos outros que estão perecendo em meio aos outros irmãos.
Embora a mulher houvesse confiado na promessa que Elias fizera para ela que deveria fazer pão com sua única farinha e óleo, onde poderiam alimentar-se todos – ele, ela e seu filho, o texto não mostra que somente o profeta deveria usufruir dessa benção, mas todos os presentes.

Percebeu? Hoje recolhem o dízimo e mandam somente para distribuir entre eles, os pastores, obreiros e tantos mais... Mas, e os outros que necessitam do mesmo, alimentar-se com farinha e óleo? Ah, mas temos a Adra! Exclama logo o coitado. Sim, temos mesmo, mas qual a diferença numa mensagem dita no passado distante e um fato hoje?

Eu digo: todos se alimentaram da mesma porção, e mais: não foi o profeta que ficou com o que sobrou, mas a viúva em necessidade. E agora percebeu? Ainda não?

Havia entre os mestres da lei, homens grandes em sabedoria e riquezas, sim, os fariseus, como os saduceus e escribas, homens dotados do saber, homens levados mais pela razão do que pelo sentimento de ternura e bondade, pois eram aqueles que tinham uma suposta linhagem pura dos antepassados, e, portanto, eram homens supostamente escolhidos, os melhores, os grandes, entre as outras classes que frequentavam o templo.

Daí entra neste mesmo lugar, uns treze homens – sim, doze mais um, ou seja, os discípulos e o mestre – Jesus Cristo.

Só que dentre todos estes, homens dotados, escolhidos e diante do próprio Jesus Cristo o mestre dos mestres, entra se adentrando no templo, uma mulher, sim, isso mesmo! Uma viúva, uma mulher sem nenhuma perspectiva aos olhos de quem olhar-se para ela.

Bom, quem poderia ser aquela senhora? Talvez uma que não tinha mais nada, pois no tempo antigo, arcaico, uma mulher que não tivesse marido, não tinha nada, era simplesmente nada e mais que nada, porque era o mundo dos machistas.

Só que, chamou a atenção de Jesus Cristo, talvez por sua forma de se comportar, ou porque ele sabia do desconhecido que iria apresentar-se uma vez que também é onisciente assim como Deus. Da sua pequena sacolinha de pano, sai umas moedinhas, únicas, nunca se havia presenciado uma mulher como aquela, pois o que ela fez não deixou de ser notado por Deus na terra.

Ela demonstra sua fidelidade como ninguém, pois sabia que poderia ajudar outros que assim como ela, estava em situação semelhante. Ah, mas Galhardo como você sabe disso? Ora, a ordem era para separar a fim de ajudar os necessitados, este era o padrão quando Moisés determinou: - Todos os anos juntem uma décima parte de todas as colheitas e levem até o lugar que o Senhor, nosso Deus, tiver escolhido para nele ser adorado. Ali, na presença do Senhor, nosso Deus, comam     aquela décima parte dos cereais, do vinho e do azeite e também a primeira cria das vacas e das ovelhas. 

Façam isso para aprender a temer a Deus para sempre. Mas, se o lugar de adoração ficar muito longe, e for impossível levar até lá a décima parte das colheitas com que Deus os abençoou, então façam isto: vendam aquela parte das colheitas, levem o dinheiro até o lugar de adoração que o senhor tiver escolhido e ali comprem tudo o que quiserem comer: carne de vaca ou de carneiro, vinho, cerveja ou qualquer outra coisa que desejarem. “E ali, na presença do Senhor, nosso Deus, vocês e as suas famílias comam essas coisas e se divirtam à vontade.” (Deuteronômio 14.22-26).

Pois bem, agora vamos aos fatos apresentados:

1)   Não se pode comer dinheiro, mas do que se separavam para o Senhor, isto é, alimentos colhidos nas hortas, chácaras, sítios ou fazendas – a décima parte dos cereais colhidos.

2)   Deus havia determinado isso, não para que somente ficam-se se regozijando entre eles, mas para atender uma vez por ano as necessidades de todos os pobres. Compreendeu? Uns tinham mais que outros, então nessa festa, todos dividiam por igual das suas melhores das colheitas.

3)   Caso alguém não poder-se frequentar essa festa no templo por ser muito longe, então deveria festejar onde estivesse comprando e usufruindo do seu próprio resultado.

Deus queria mostrar sua bondade quanto tudo isso, e quando apresenta duas viúvas, faz um paralelo do antigo com o presente e o futuro.

As viúvas, órfãos e pobres sendo atendidos por outros em meio há uma festa; uma viúva sendo atendida com seu filho órfão de pai, pois havia o perdido. Deus mostrando que cumpre também daquilo que exige através do seu profeta; e por fim, uma viúva mostra sua bondade em atender a outros que estão nas mesmas condições que a sua.

A lei dos dízimos era e pode ser um reconhecimento na divisão entre todos uma vez que não somente aqueles que participam da igreja tenha esse direito, mas aqueles que estão nela também se faz presente na mesma situação quando apresentada biblicamente, já que querem usar os argumentos de recolhimento, então que se use o argumento certo.

Embora pareça que isso era feito semanalmente como acontece hoje, conquanto alguns aleguem que muitos recebem em diferentes dias dos meses, o recolhimento da décima parte dos cereais não era feito sempre, mas somente uma vez no ano – daí talvez a viúva tenha trazido de tudo que possuía para apresentar no templo.
O que chama a atenção de Jesus Cristo, pois o dela teve um valor absoluto ao céu.

Sim caro amigos, o que precisamos fazer todos no geral e eu, me incluo nesta situação, é atender as necessidades daqueles que precisam distribuindo por igual e não recolhendo e ficando com o dinheiro alegando que ele vai para outras necessidades na obra quando vemos muitos até sem mesmo um emprego ou passando dificuldades.

Ellen G. White escreveu que o dízimo era sagrado e ninguém poderia utilizar-se dele em benefício próprio, mas eu acho que ela errou, pois poderia ter-lhes dito: “dividam entre todos!”. [G].


         
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 Serão permitida reprodução total quanto parcial, onde poder ser incluídos textos, imagens e desenhos, para qualquer meio, para sistema gráficos, fotográficos, etc., sendo que, sua cópia não seja modificada nem tão pouca alterada sua forma de interpretação, dando fonte e autor do mesmo. P.Galhardo.

Nós e amarrações - Nunca vi nada parecido - Rope knots - Firefighter


O que este soldado bombeiro faz, eu nunca vi nada parecido, é algo inacreditável! Não é porque sabe fazer nós e amarrações, não, é pela quantidade que ele faz com a maior naturalidade e perfeição. É um verdadeiro especialista na área de nós e amarrações - que coisa incrível! 

Veja o vídeo e surpreenda-se:



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