terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Rússia envia navios para possível retirada de cidadãos da Síria, diz agênci



Moscou é maior fornecedor de armas do país em conflito e tem se mantido um aliado de Assad durante a revolta

18 de dezembro de 2012 | 12h 32

(Texto atualizado às 14h30) MOSCOU - A Rússia enviou navios de guerra para o Mar Mediterrâneo para o caso de ter que retirar seus cidadãos da Síria, informou a agência de notícias Interfax, citando uma fonte da Marinha nesta terça-feira, 18.
Regiões de Homs foram destruídas durante conflito - Reuters
Reuters
Regiões de Homs foram destruídas durante conflito
No que pareceu ser o mais claro sinal até agora de que a Rússia está fazendo preparativos firmes para uma possível retirada, um grupo de cinco navios, incluindo dois navios de ataque, um petroleiro e um navio de escolta, deixou um porto do Mar Báltico na segunda-feira, disse a fonte. Os navios seguiam para o Mediterrâneo e podem permanecer lá por um período indeterminado, relatou a Interfax.

"Eles estão indo para a costa da Síria para ajudar em uma possível retirada de cidadãos russos. Os preparativos para a implantação foram realizados às pressas e eram fortemente confidenciais", afirmou a fonte, segundo a agência.

O Ministério da Defesa se negou a comentar mas indicou a repórteres um comunicado em seu site na Internet que dizia que três navios partiram para a região e que "realizariam atividades para proteger embarcações civis". Não ficou claro se este é o mesmo grupo de navios que a fonte se referiu, ou se outro comboio foi enviadopara oferecer proteção para qualquer operação envolvendo a Síria.

O vice-chanceler Mikhail Bogdanov disse na semana passada que era possível que os opositores do presidente sírio, Bashar Assad, ganhassem a guerra civil na Síria e que a Rússia estava avaliando os preparativos para uma possível retirada.

Moscou é o maior fornecedor de armas da Síria e tem se mantido um aliado de Assad durante a revolta de 21 meses, e já o protegeu de três resoluções consecutivas da ONU destinadas a pôr pressão sobre ele.
Fonte: http://www.estadao.com.br/

Festival Promessas na Globo e sem Santificação

 Deus analisa as intenções, mas o que vemos é, um desejo de proclamar o egocentrismo. Onde Deus está na mistura? Deus é o Deus de santificação ou Santo (separado), e só podemos alcançá-la, através da Bíblia e dos seus ensinos. "santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade."(João 17.17). É na Palavra, é no conhecimento dos seus ensinos, na adoração certa através de Jesus Cristo e do Espirito Santo  que podemos chegarmos a santidade."E tais fostes alguns de vós; mas fostes lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus. (I Coríntios 6.11). Se somos santos não deveríamos praticar coisas que mostrasse essa diferença? "Porque Deus não nos chamou para a imundícia, mas para a santificação. (I Tessalonicenses 4.7). Muitos dizem q, essa programação alcança almas; mas onde? Nas multidões e interesses pessoais(financeiros)? Se Sua própria Palavra no diz que é, na serenidade que alcançaremos irmãos."salvar-se-á, todavia, dando à luz filhos, se permanecer com sobriedade na fé, no amor e na santificação". (I Timóteo 2.15); mas o que vemos são: Pulos, gritos, barulhos estridentes, mistura do santo, rock, samba, forró etc. Impossível Deus está na mistura! A recomendação é adquirirmos santificação através dos nossos frutos, e não através do pecado. "Mas agora, libertos do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna". (Romanos 6.22). Porém o q vemos são eventos e festas fora desse contexto, perceba aqui: ((veja aqui o foco da emissora com o evento gospel)

"Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas violas." (Amós 5:23).

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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Blogueiro compara Globo aos amalequitas criticando relação com evangélicos

Texto: Leiliane Lopes - O texto foi baseado na história de Saul que desobedeceu a ordem de Deus e foi retirado de seu posto.

Em I Samuel 15 a Bíblia narra a história de Saul, quando ele foi chamado para destruir os amalequitas, mas acabou permitindo que seus homens ficassem com o que eles encontraram de melhor entre os bens daquele povo.
Se baseando neste trecho, o blogueiro Zilton Alencar escreveu em seu blog uma nova versão, fazendo uma crítica aos evangélicos que estão se aproximando da Rede Globo.
No texto postado, o pastor cita Samuel como “Profeta” e Saul como “Pastor”, este último recebe a incumbência de destruir a Rede Globo, mas acaba preservando os programas Troféu e Festival Promessas, quando o Profeta volta para ver se o Pastor realmente seguiu as orientações divina se depara com os troféus ganhos e, a mando de Deus, tira o pastor de seu cargo.
Enquanto muitos pastores fazem críticas a esta aproximação entre os artistas evangélicos, líderes religiosos e a emissora carioca, outros comemoram a abertura que a mesma tem dado ao segmento.
No texto do pastor Zildo esta abertura não muda a opinião que Deus tem a respeito da emissora. “Então o Profeta despedaçou o Festival Promessas e os troféus perante o Senhor, na Igreja”.
Leia o texto completo:
1 Então disse o Profeta ao pastor: Enviou-me o Senhor a ungir-te líder sobre o seu povo, sobre a Igreja: ouve, pois, agora, a voz das palavras do Senhor.
2 Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eu me recordei do que fez a Rede Globo à minha Igreja todos estes anos; como se lhe opôs no caminho, ensinando idolatria e espiritismo à nação, fomentando o ecumenismo e outras abominações maiores.
3 Vai, pois, agora e fere à Rede Globo; e destrói, totalmente, toda a sua programação, e não lhe perdoes; porém destruirás, desde as novelas às minisséries, desde os programas jornalísticos que ridicularizam a minha Palavra até os de auditório, desde os profanos até os considerados sagrados, desde os Reallity Shows até as revistas semanais.
4 E então se convocou o povo, e foi contado, milhares de pastores, e milhares de cantores e músicos.
5 Chegando, pois, à Rede Globo, puseram emboscadas em seu redor.
6 E disse o pastor aos que ainda temiam a Deus dentro da Rede Globo: Ide-vos, retirai-vos e saí do meio da Rede Globo, para que vos não destrua juntamente com eles, porque vós usastes de misericórdia com todos os cristãos, enquanto éramos ridicularizados por ela. Assim os que temiam a Deus se retiraram do meio da Rede Globo.
7 Então feriram a Rede Globo com a Palavra de Deus, desde o Oiapoque até o Chuí.
8 Mas preservaram o Festival Promessas, grande porta que havia sido aberta para a pregação do Evangelho dentro da Rede Globo; porém os BBBs, as novelas tipo “Salve Jorge” e outros programas considerados anticristãos destruíram totalmente.
9 E os pastores, os cantores e o povo perdoaram ao Festival Promessas, e o Troféu Promessas, o melhor que havia, e não os quiseram destruir totalmente; porém a toda a coisa vil e desprezível destruíram totalmente.
10 Então veio a palavra do Senhor ao Profeta, dizendo:
11 Arrependo-me de haver posto estes pastores e cantores como líderes do meu povo; porquanto deixaram de me seguir, e não executaram as minhas palavras. Então o Profeta se entristeceu, e toda a noite clamou ao Senhor.
12 E madrugou o Profeta, para encontrar com os pastores, pela manhã: e anunciou-se ao Profeta, dizendo: Já chegaram os pastores nas suas respectivas Igrejas, e eis que levantaram para si colunas. Então fez volta e passou, e desceu à primeira igreja.
13 Veio, pois, o Profeta ao pastor desta igreja; e o pastor lhe disse: Bendito sejas tu do Senhor; executei a palavra do Senhor.
14 Então disse o Profeta: Que brilho, pois, é este que eu vejo, reluzindo em meus olhos?
15 E disse o pastor: É o brilho dos Troféus Promessas da Rede Globo; os músicos e pastores os trouxeram; porque o povo perdoou ao melhor da programação global, as portas que foram abertas para a pregação do Evangelho, e trouxeram os Troféus para a glória do Senhor, teu Deus: o resto, porém, temos destruído totalmente.
16 Então disse o Profeta: Espera, e te declararei o que o Senhor me disse, esta noite. E ele disse-lhe: Fala.
17 E disse o Profeta: Porventura, sendo tu pequeno aos teus olhos, não foste por cabeça da igreja? e o Senhor te ungiu líder sobre Seu povo.
18 E enviou-te o Senhor a este caminho, e disse: Vai, e destrói, totalmente, a estes pecadores, os globais, e peleja contra eles, até que os aniquiles.
19 Por que, pois, não deste ouvidos à voz do Senhor, antes voaste ao despojo, e fizeste o que parecia mal aos olhos do Senhor?
20 Então disse o pastor ao Profeta: Pelo contrário! Antes, dei ouvidos à voz do Senhor, e caminhei no caminho pelo qual o Senhor me enviou; e trouxe o Festival Promessas, o melhor da programação da Rede Globo, a porta aberta para a pregação do Evangelho; e os demais destruí totalmente;
21 Mas o povo tomou dos Troféus Promessas como despojo, o melhor do interdito, para oferecer ao Senhor, teu Deus, na Igreja, para a glória dEle.
22 Porém o Profeta disse: Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que o brilho e a glória dos troféus.
23 Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniquidade e idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti, para que não sejas líder de Seu povo.
24 Então disse o pastor ao Profeta: Pequei, porquanto tenho traspassado o dito do Senhor e as tuas palavras; porque temi ao povo, e dei ouvidos à sua voz.
25 Agora, pois, te rogo, perdoa-me o meu pecado; e volta comigo, para que adore ao Senhor.
26 Porém o Profeta disse ao pastor: Não tornarei contigo: porquanto rejeitaste a palavra do Senhor, já te rejeitou o Senhor, para que não sejas líder sobre Seu povo.
27 E virando-se o Profeta para se ir, o pastor lhe pegou pela borda da capa e a rasgou.
28 Então o Profeta lhe disse: O Senhor tem rasgado de ti, hoje, a Igreja de Deus, e a tem dado ao teu próximo, melhor do que tu.
29 E também aquele que é a Força da Igreja não mente, nem se arrepende; porquanto não é um homem, para que se arrependa.
30 Disse ele então: Pequei; honra-me, porém, agora, diante dos anciãos do meu povo, e diante da igreja; e volta comigo, para que adore ao Senhor, teu Deus.
31 Então o Profeta se tornou atrás do pastor; e e o pastor adorou ao Senhor.
32 Então disse o Profeta: Trazei-me aqui o Festival Promessas e os Troféus Promessas. E trouxeram-nos, e vieram a ele animosamente; e disseram: Na verdade, já passou a amargura da antiga rejeição que os cristãos tinham de nós!
33 Disse, porém, o Profeta: Assim como a tua influência corrompeu a Igreja de Deus, assim ficarão desfilhados os teus criadores. Então o Profeta despedaçou o Festival Promessas e os troféus perante o Senhor, na Igreja.
34 Então o Profeta se foi: e o pastor subiu a sua casa.
35 E nunca mais viu o Profeta ao pastor até ao dia da sua morte; porque o Profeta teve dó do pastor. E o Senhor se arrependeu de que pusera o pastor como líder da Igreja
Fonte: noticias.gospelprime.com.br/

A Superdona da verdade - Super Interessante


A revista Superinteressante, ao longo dos anos e cada vez mais distante de sua proposta original, se tornou extremamente previsível e redundante. Tanto é assim que, quase sempre nos meses de dezembro, os editores dela dão um jeito de publicar alguma coisa sobre Jesus, desde que seja algo sensacionalista e contrário ao que dizem os Evangelhos. O título da matéria de capa deste mês é autoexplicativo e típico: “Jesus, a verdade por trás do mito”. É a mesma ideia de sempre: o relato evangélico sobre Jesus é mitológico, mas a Superinteressante, com base em duas ou três fontes (sempre liberais ou simplesmente descrentes), tem a verdade. É a Superdona da verdade.

Segundo a reportagem, “é consenso entre os historiadores de que Jesus nasceu mesmo em Nazaré”. Então citam John Dominic Crossan, para quem “tanto Mateus quanto Lucas dizem que Jesus nasceu em Belém com o objetivo de dizer metaforicamente, simbolicamente, que ele é o ‘novo rei Davi’”.

E a revista prossegue em sua tentativa de desconstrução da história: “O motivo que Lucas dá para José e Maria terem ido a Belém não existiu. O governo de Augusto é extremamente bem documentado. E não há registro de censo nenhum. Menos ainda um em que as pessoas teriam que ‘voltar à cidade de seus ancestrais’.” Isso não é verdade", afirma o teólogo e doutorando em arqueologia pela USP, Rodrigo Silva. "Os especialistas sabem comumente que a Biblioteca Nacional de Londres guarda vários desses censos romanos que ocorriam em ciclos de 14 em 14 anos. Alguns deles, como, por exemplo, o Papiro Oxyrynchus 225, datado do tempo de Tibério, mencionam a necessidade de cada cidadão voltar à sua aldeia natal durante o processo do recenseamento." 

Mas o fato é que, quando o assunto é a pessoa de Jesus Cristo, mesmo entre os incrédulos a resposta não é clara. “Existem aqueles que defendem a ideia do Jesus mito, dizendo que ele não foi nada além do que um plágio de divindades egípcias, gregas, romanas e do hinduísmo”, explica o pastor e teólogo Luiz Gustavo Assis, de Porto Alegre, RS. Alguns ateus militantes são taxativos em dizer que Jesus jamais existiu, e quase num malabarismo lógico (ou ilógico) tentam descartar as mais de dez referências extrabíblicas que O mencionam. Mais recentemente, o agnóstico Bart Ehrman lançou o livro Did Jesus Exist? The Historical Argument for Jesus of Nazareth(HarperOne, 2012), no qual ele curiosamente defende a historicidade do carpinteiro de Nazaré! “Afinal, quem está com a razão?”, pergunta Luiz.

Entre uma e outra crítica, existem uns poucos fatos bem conhecidos na matéria da Super. Por exemplo: “Outro consenso é o de que Jesus nasceu ‘antes de Cristo’. A fonte aí é a própria Bíblia [note como, de repente, numa crise de “bipolaridade jornalística”, a Bíblia passa a ser aceita como fonte histórica]. Mateus e Lucas dizem que Ele veio ao mundo durante o reinado de Herodes, o Grande (não confundir com Herodes Antipas, seu filho, o soberano da Galileia durante a fase adulta de Jesus). Bom, como esse reinado terminou em 4 a.C., Ele não pode ter nascido depois disso. E sobre o dia do nascimento a Bíblia é clara: não diz nada.” Curiosamente,Superinteressante escolhe os textos bíblicos que devem ser claros e confiáveis e descarta os que não quer que sejam confiáveis. Tanto é que, quando trata dos “reis magos”, sentencia: “Essa é uma história típica da mitologia em torno de Jesus.”

No quarto tópico tratado pela matéria sob o intertítulo “Jesus era só um entre vários profetas”, há a sugestão de que Jesus Cristo teria sido apenas um profeta. O especialista consultado é Chevitarese, para quem João Batista seria um “concorrente” de Cristo: “Ele não se ajoelharia na frente de Jesus e diria que não é digno de amarrar a sandália dele, como está nos evangelhos”, diz Chevitarese. E mais uma vez ficamos confusos: Superinteressante aceita ou não o relato dos Evangelhos?

Mais: não é possível aceitar que Jesus fosse apenas um profeta. Nenhum profeta bíblico jamais assumiu prerrogativas divinas como a de perdoar pecados e se dizer Deus. Conforme lembra Luiz Gustavo, no Antigo Testamento, o verbo hebraico salah (perdoar) só ocorre tendo Deus como sujeito. “Quando Jesus utilizou esse verbo, estava deixando bem explícito como Ele via a Si mesmo”, diz o teólogo. Jesus fez isso mais de uma vez, tanto é que quase foi apedrejado por blasfêmia. Fosse apenas humano e teria sido mesmo uma blasfêmia. Fosse apenas humano e não teria aceitado a declaração de Tomé: “Meu Senhor e meu Deus.” Se Jesus fosse apenas humano, jamais teria sido aceito como profeta, apenas. Ou seria um lunático ou um impostor. Não profeta.

O tópico 5 vai mais longe ao afirmar que Mateus, Marcos, Lucas e João não são os autores dos evangelhos. “Ninguém sabe quem escreveu os livros”, afirma a revista. Falso. Os chamados pais da igreja, ou seja, a geração seguinte de líderes que sucedeu os apóstolos, citaram vários textos dos Evangelhos, e os atribuem unânime e inegavelmente aos mesmos autores que temos hoje, a saber, Mateus, Marcos, Lucas e João. "Nenhum autor antigo nega qualquer dessas autorias ou apresenta autorias alternativas para os evangelhos", diz Rodrigo.

Outra “verdade” da Super: “O mais provável é que comunidades cristãs tenham encomendado esses trabalhos [os Evangelhos] – e ditado aos escribas as histórias que conhecemos hoje.” Por quê? Porque, segundo a revista, os discípulos seriam analfabetos. Contraditoriamente, a mesma matéria informa que Mateus era cobrador de impostos e que Lucas era médico. Seriam mesmo analfabetos? De acordo com o especialista em Novo Testamento Ben Whiterington III, do Asbury Theological Seminary, nos EUA, a palavra grega agrammatos, utilizada em Atos 4:13 referindo-se aos discípulos de Cristo, tem o significado de não ser treinado nas leis rabínicas e não significa ausência de instrução. (Certa ocasião, a revista Galileutambém afirmou que Jesus seria iletrado, esquecendo-se completamente da cena em que Ele escreve no piso do templo.)

“Dos evangelhos, o primeiro a ser escrito foi aquele que hoje [não apenashoje, mas desde sempre] é atribuído a Marcos, quase 40 anos após a morte de Jesus”, afirma a matéria, se esquecendo de que uma fonte tão recente assim em relação aos fatos ocorridos seria facilmente refutada pelas testemunhas oculares ainda vivas na época. Segundo Luiz Gustavo, atualmente existe acalorada discussão envolvendo um fragmento descoberto entre os Manuscritos do Mar Morto, na Jordânia, e o Evangelho de Marcos. Trata-se do documento 7Q5, que muito provavelmente seja o manuscrito mais antigo desse evangelho, de acordo com o falecido papirologista espanhol e teólogo Josep O’Callaghan. “É bom lembrar que a comunidade de Qumran foi destruída antes do ano 70 d.C., e na biblioteca deles já havia um exemplar do Evangelho de Marcos. Sem dúvida, ele deve ter sido escrito antes dessa data”, conclui Luiz. Os textos de Paulo são ainda mais próximos do tempo de Jesus. Um exemplo disso é 1 Coríntios 15:3-7. Trata-se de um antigo credo cristão que Paulo estava citando para os fiéis de Corinto. Existem várias palavras e expressões nesses versos que jamais foram utilizadas por ele em outras passagens, demonstrando que ele estava citando algo. Não só isso, mas os verbos “entregar” e “receber” eram termos técnicos utilizados no meio rabínico para transmitir tradições orais.

As fortes tendências semíticas nesses textos demonstram que esse credo surgiu na região de Jerusalém e Paulo deve ter tido contato com ele em algum momento depois de sua conversão, em 34 d.C., poucos anos após os ministério de Jesus, que se encerrou em 31 d.C. “Em outras palavras”, explica Luiz, “o que temos em 1 Coríntios 15:3-7 é um credo cristão falando da morte, sepultamento, ressurreição e das aparições de Jesus, elaborado pouco tempo depois desses eventos, e que facilmente poderia ser desmentido.”

Na contramão da Super, a jornalista Isabela Boscov, na revista Veja do dia 15 de dezembro de 2004, escreveu: “As fontes mais aceitas sobre a trajetória de Jesus – os evangelhos sinópticos, de Mateus, Lucas e Marcos – são consistentes com o que se sabe sobre a Palestina do século I, de forma que a chance de serem fruto da imaginação de seus autores é desprezível.”

Sir William Ramsey, célebre historiador do século 19, esforçou-se por demonstrar que o relato de Lucas estaria cheia de erros. Entretanto, após um longo período de sistemáticos estudos ele reconsiderou sua posição dizendo: “A história de Lucas é insuperável quanto a sua fidedignidade” (The Bearing of Recent Discoveries on the Trustworthiness of the New Testament[Grand Rapids: Baker], p. 81). Mas a Superdona da verdade consulta esse tipo de fonte? Não, nunca.

A revista não ia perder a chance de colocar o dedo na polêmica em torno dasuposta esposa de Jesus: ao falar a respeito dos “evangelhos apócrifos”, informa que “um deles é aquele descoberto recentemente e que ficou famoso por dizer que Jesus era casado”. Trata-se de um fragmento de papiro em que se lê: “Minha esposa [...].” O resto está cortado. “O manuscrito é dos anos 300 d.C. Bem mais recente que os evangelhos do Novo Testamento”, portanto, muito menos confiável que os manuscritos bíblicos. Mas o pior vem a seguir: “O que ele [o fragmento egípcio com texto incompleto e cortado] significa? Que alguma comunidade cristã daquela época acreditava que Jesus era casado.” Isso é interpretação mirabolante de quem não estuda a Bíblia. Ainda que acreditássemos na autenticidade do papiro, o fragmento de frase “Minha esposa [...]” poderia significar muitas coisas, inclusive uma menção à igreja, representada no Apocalipse (e em outros livros bíblicos) como a “esposa do Cordeiro”.

Além de também tentar redimir o traidor Judas (tópico 6) (leia sobre issoaquiaqui e aqui), no tópico 7, a revista vai mais longe: procura reinterpretar as palavras de Jesus (registradas nos evangelhos que ela não aceita, relembre-se). “O reino de Deus ou Reino dos Céus) que Jesus pregava iria acontecer aqui na Terra mesmo [...] Jesus chega a afirmar que o Reino de Deus já chegou”, diz o texto, numa clara tentativa de sugerir que Jesus não Se refere ao fim do mundo. Que falta faz a boa teologia!Superinteressante deveria fazer o dever de casa e perguntar a alguns bons teólogos por que Jesus Se referia ao reino de Deus no futuro e no presente. Algum desses estudiosos poderia explicar que Jesus faz menção ao reino da graça (presente) e ao reino da glória (futuro). Como Rei dos reis, onde Jesus está, ali está o reino dos Céus. Portanto, o reino já estava de fato entre as pessoas do século 1, e também pode estar com qualquer um que convide Jesus para morar em seu coração, em sua vida. Mas o aspecto glorioso desse reino de fato está no futuro, quando Jesus voltar à Terra para resgatar aqueles que aceitaram o reino da graça. Simples assim. Não tem nada de oportunismo, como Superinteressante sugere, como se Jesus, ao ver que Sua pregação apocalíptica não se cumpria, teria se saído com esta: “Meu reino não é deste mundo.”

O viés da matéria da Superdona da verdade fica ainda mais claro no fim do texto, no “Para saber mais”. São indicados apenas dois livros, de autores que defendem a mesma linha de pensamento: André Chevitarese e Bart Ehrman. Existem vários acadêmicos de respeito que poderiam ser citados como contraponto. O teólogo e filósofo Gary Habermas, da Liberty University, nos EUA (leia entrevista exclusiva com ele na revista Conexão 2.0 de janeiro), e Craig Evans, da Acadia Divinity College, no Canadá. Ambos possuem vários livros publicados sobre Jesus e o surgimento do cristianismo, mas são sempre ignorados em matérias como essa da Super.

Se não consegue sequer fazer bom jornalismo “ouvindo os dois lados”, comoSuperinteressante vai nos fazer crer que é capaz de falar de Jesus com isenção? Bem, o importante é vender revistas e Jesus é um bom “vendedor”. Isso é fato e a Super sabe muito bem.

(Michelson Borges é jornalista e mestre em teologia)
Fonte: www.criacionismo.com.br/

domingo, 16 de dezembro de 2012

JESUS CRISTO NA HISTÓRIA E NOS ESCRITOS PROFÉTICOS PARTE 2


É tão históricas quanto essa afirmação, são as provas que Jesus Cristo aduziu para demonstrá-la.
Razões tinha Jesus Cristo por tudo quanto se via, em Sua Pessoas, de santidade e de verdade, por tudo quanto os Profetas haviam predito do Messias, e que o podiam ver inteiramente cumprido n'Ele, para que cressem n'Ele. Mas, "se em Mim não quereis acreditar", dizia a seus adversários, "operibus credite", crede em minhas obras". (João 10.38).


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As obras de Jesus Cristo! Plenas de realidade, inconfundíveis, infalsificáveis. Justíssimo é que o entendimento humano queira provas da realidade afirmada por Jesus Cristo. Não é o próprio do homem razoável crer sem provas. Pedi provas, e provas positivas, das que não possais racionalmente duvidar, das que não possam ser falsificadas. 
Quando, porém, oferecem-vos essas provas como todo o rigor crítico possível, não procedeis racionalmente se as recusais por apriorismos afetivos.
- Igreja, de-me uma prova clara, uma prova para um operário. Igreja, uma prova para um comerciante.... Igreja, sou um homem metido em negócios; eu sou arquiteto...Igreja,  não me dê essa prova...que não compreendo. Igreja, sou médico e cuido da parte material do homem; não me apresente uma prova de excelência, de agudeza de espírito porque... - Fazes muito bem em solicitar provas ao vosso alcance. Pedis uma prova que seja palpável, pedis uma prova manisfesta, que conste ser, sem tergiversação possível, uma prova irrecusável . Exigis provas, exigis. Provas sensíveis, tangíveis, não provas de difícil compreensão para este ou aquele privilegiado entendimento.
Provas manisfestas e absolutamente fora do curso natural e ordinário. 
     Provas em que a desproporção real entre a causa e o efeito salte à vista.
                            Provas que, pela maneira plena de dignidade que são realizadas, excluem o charlatanismo e tudo quanto tenda a favorecer o orgulho, o exibicionismo e os bastardos interesses do lucro.
Prova relacionadas com algo de transcendência vital, de verdadeiro inte-
resse, não ligeirezas e puerilidades nigromânticas e de manisfesta vacuidade.
                           Provas em que a pessoa que as produz por sua honorabilidade, virtude, seriedade, seja a sua garantia. 
Está em vós exigir essa as provas, para possuirdes um fundamento sólido em vossa crença.





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E como Jesus Cristo se mostra magnífico em oferecer provas inconcussas de suas afirmações!
Magnífico nas provas é Jesus Cristo!
Ah, amigos! Quando Jesus Cristo resolve apor o seu selo!
Há firmas que podem ser falsificadas. Para isso existem os falsificadores. Mas quando Jesus Cristo
põe-se a selar, usa de um sinal que ninguém possa falsificar! Como Jesus Cristo o faz bem!...
Contam-se, nos quatro Evangelhos, nada menos que 41 dessas provas; 24 em Mateus, 22 em Marcos, 24 em Lucas e 9 em João, num total de 41 provas diferentes, sendo, as demais repetidas.
Provas que constituem a substância mesma dos Evangelhos.
Provas de tal maneira distribuídas nos Evangelhos que, em crítica científica é absolutamente impossível qualquer interpolação; porque os antecedentes e consequentes de tais provas - a razão pela qual se fazem os milagres e a doutrina que, na oportunidade, Jesus Cristo explicou - estão todos no Evangelho.
Todo o Evangelho, amigos, é como que antecedente e consequente das provas - os milagres - que Jesus
Cristo ofereceu de Sua Pessoa.
Todo o Evangelho. E, amigos, o Evangelho todo, em plena crítica, sob o critério científico mais rigoroso, é um documento histórico de tamanho valor que, segundo a confissão até mesmo dos não crentes, mas especialistas na matéria, não existe outro livro, na literatura antiga, que possua já não digo iguais, mas nem mesmo longínquas provas a favor de sua historicidade.






Jesus Cristo é magnífico no oferecimento de provas. Quarenta e uma vezes as apresenta, fundadas na mais rigorosa crítica histórica.
Selecionemos algumas...Certa vez Jesus Cristo ergueu os olhos e viu uma turba que viera ao seu encontro e,
compadecido desses homens, pois estavam como ovelhas sem pastor, acolheu-os e principiou a doutriná-los; começou a pregar-lhes. Eram muitos, mais de 5.000, sem contar multidão de mulheres e crianças.
Aqueles homens, entusiasmados pela prédica de Jesus Cristo - Oh! sim, se eu vos pudesse falar como falava Jesus Cristo - seguiram- durante o dia todo, sem um pedaço de pão para mastigar.
Quando a tarde desceu, ao avançar das horas, aproximaram-se dos discípulos dizendo: "Estamos num deserto e faz-se tarde; deixa ir essa gente, para que demandando as aldeias, compre de comer". (Mateus 14.17-21). Mas Jesus disse-lhes: "Não tem necessidade de ir. Dai-lhes de comer". 
Dirigindo-se depois a Felipe perguntou-lhe: "Onde compraremos o pão para dar de comer a essa gente? 
Quantos pães tens?". (João 6.5-14).
André, o irmão de Pedro, respondeu: "Há aqui um jovem que tem cinco pães de cevada e dois peixes, Mas que é isto para tanta gente?" 
Redarguiu-se Jesus: "Traze-o aqui". E acrescentou, numa ordem: "Faze com que vão se sentando sobre a relva, por grupos".


E, de acordo com o que foi ordenado, fizeram com que todos se sentassem em grupos de cem ou de cinquenta. Tomou, então, Jesus, os cinco pães e os dois peixes, abençoa-os e mandou que seus discípulos os distribuíssem... Ah! pseudocientista, que, com ironia, e desdém exclamas para desvirtuar os fatos: "Sugestão! Sugestão! Quem sabe até onde chega à sugestão?"
Pseudocientífico! O lamentável não é te perderes, mas que te percas por vontade; o lamentável é que, voluntariamente, não queiras refletir; o lamentável é que não só te perdes como arrastas outros infelizes em tua perdição, abusando de tua autoridade pseudocientífica.
Encarcera-se aquele que envenena com drogas e estupefacientes, mas não se condena quem envenena as almas, que é mais que o corpo.
Pseudocientista! Como Jesus Cristo ensina bem! Ensina e sela sua doutrinação de maneira infalsificável!
Repartem-se pães. Repartem-se pães. Sugestão! 5.000 homens que comem, 5.000 homens que se fartam. Sugestão! Oh! protervia humana! Acreditam-se nas ridicularias e no noticiário dos jornais e quando Jesus Cristo exibe o seu selo...Sugestão!
Sugestão sobre 5.000 homens - e acrescentem-se ainda, as mulheres e as crianças - que não julgam ver, mas que pegam, comem e se fartam! ... Como é irrecusável o selo de Jesus Cristo! ... E manda que se recolham os fragmentos das sobras de pão, com as quais se enchem doze enormes cestos!
"Jesus Cristo, ordenas que se recolham os pedaçoes de pão? Mas que falta fazem essa migalhas, quando multiplicaste os cinco pães?"
Há! amigos, nenhuma falta faziam a Jesus Cristo as sobras de pão, mas a mim foi muito bom que Ele mandasse recolhê-las.
Começaram a repartir cinco pães, deles comeram 5.000 homens, sem contar as mulheres e as crianças, e ainda sobraram, amigos, doze cestos do resto desses pães.
Com que razão argumenta Jesus Cristo: "Se não credes em Mim, crede em minhas obras".




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Que imenso pecado o daquele que cospe em Jesus Cristo e atira à sua face: " Não acredito em Ti!"
Amigos, como é indestrutível o selo de Jesus Cristo!...
Existem médicos por aqui? Diz o médico: sugestão! Eu pergunto: desejava saber o que é sugestão...Que será a sugestão?
Há aqui algum psiquiatra? Que será a sugestão? O mecanismo interno que se designa com oito letras: sugestão! Mas, espera ai vem Jesus Cristo  a caminho de Jerusalém, e dele aproximam-se dez leprosos.

Haverá aqui médicos que conhecem o bacilo de Hansen e os módulos cancerosos e a degeneração dos tecidos?  A técnica atual do Século XXI, à força de investigar em tantos centros, chegou a observar que talvez, 



"Hoje, porém, a situação é bem diferente. Com o tratamento adequado, a hanseníase tem cura. Quanto mais cedo acontecer o diagnóstico, menores os riscos de sequelas. O tratamento é feito com remédios (poliquimioterapia), e deve ser mantido pelo tempo determinado pelo médico para ser eficaz (6 a 12 meses, em média). Dependendo das sequelas, pode ser necessário realizar também fisioterapia ou terapia ocupacional.
Um aspecto pouco destacado da hanseníase é o comprometimento dos olhos. Em geral, os sintomas citados são as manchas na pele, com alteração de sensibilidade, dor e alteração dos movimentos nos braços, mãos, pernas e pés. Mas os olhos também são acometidos, com o aparecimento de ressecamento e perda de força dos músculos das pálpebras.
É importante lembrar que, quando um caso de hanseníase é diagnosticado, deve ser feita uma avaliação de familiares e outras pessoas, principalmente as que convivem na mesma casa; assim, verificando-se outros casos ainda não percebidos, o tratamento pode ser iniciado mais cedo. Essa necessidade se justifica pelo modo de transmissão da hanseníase: através de gotículas expelidas pelo doente e transmitidas através do ar até outras pessoas próximas e pelo contato direto com feridas do paciente." Fonte:renatapinheiro.com/hanseniase-lepra-tem-cura  Bem tratado devidamente administrado, se obtenha certa remissão e cura condicional da lepra. Tratamento dolorosíssimo, prolongado e ... não eficaz. 
     Eis que vem Jesus Cristo e dele aproximam-se os leprosos, aqueles que não podiam apresentar-se em público, mas que tiveram coragem para aproximar-se do Mestre, com essa confiança que somente Jesus Cristo inspirava.
    Chega o leproso, ocultando as chagas em sua carne e, uma vez diante d'Ele, diz-lhe: "Senhor, se queres poderás limpar-me". ( Mateus 7.2-3). Resposta de Jesus Cristo: "Quero! Fica limpo!"
     E no mesmo instante aquela carne podre tornou-se completamente limpa, sadia como corpo de recém-nascido...Sugestão?
     Haverá quem queira arriscar-se ao ridículo afirmando que a lepra é curável por sugestão?
     Amigos! Como prova Jesus Cristo!


                                                                   
                                                                      
                                                                                * * *

   Tal não aconteceu. 
   Muitos sim, muitos creram. Mas, diz o Evangelho que grande aparte, não. Quisera que aqui esta noite, um psicólogo famoso, um grande psiquiatra que pudesse explicar-me o influxo da afetividade na lógica, e ao mesmo tempo observasse como as derivações psíquicas, que antes se acreditava fossem primordialmente intelectuais, parecem ser, agora, de ordem afetiva.
   Como é ver
   Há alguém aqui que conheça Medicina Legal? Qual a prova certa para determinar-se a morte real, distinguindo-a prova certa para determinar-se a morte real, distinguindo-a da aparente? 
   Reparai, amigos; o certo em ciência, o indiscutível é isto: onde ha putrefação não existe vida. Cédula putrefata, célula morta. O putrefato não vive. Protoplasma desintegrado, núcleo desintegrado, estado coloidal transformado em estado gel...,morte!
   Em ciência tal é indiscutível: putrefação, morte! Lázaro, da Betânia, encontra-se gravemente enfermo. Suas irmãs mandam contar a Jesus Cristo. Esse, porém, atrasa-se em atender ao chamado e chega ao lar do amigo quatro dias após o seu sepultamento. (João 11.1-54).
   Dizem a Jesus: "Se houvesse estado aqui, Lázaro nosso irmão não morreria", o que equivale a dizer-lhe: Por que  o deixaste morrer? Deixou-o morrer, amigos, para bem selar a prova de Sua divindade.
   "Amigos, disse-lhe Marta, Senhor, repete Maria, se houvesses estado aqui, meu irmão não teria morrido". Chora Marta, Maria desmancha-se em lágrimas, os judeus que tinham ido até o sepulcro, choram também, e Jesus, diante daquela cena de dor e ternura, deixa entrever a imensa suavidade de seu coração ...e cai em pranto.
    Disse Jesus : "Retirai a pedra!"
    Marta, a irmã do defunto, diz-lhe: "Senhor, ele já cheira mal, morreu há quatro dias".
    Ao retirarem a pedra todos, sem dúvida, haveriam de sentir o nauseabundo odor que se exalaria do sepulcro.
    Ergueu Jesus os olhos para o alto e exclamou: "Pai... para que todos creiam que Tu me enviaste".
    E com aquele mesmo poder com que criou os astros, que em vertiginosa carreira giram pelos espaços, com seus milhões de quilômetros cúbicos de massa; com aquele poderio de Deus Criador, Jesus Cristo, sereno, digno, em pleno domínio de Si mesmo, clama em voz forte: "Lázaro, sai para fora!"
   Eis Lázaro vivo, não num lugar que se ignora, não diante dum grupo de iniciados por Jesus Cristo, mas em Betânia, à frente dos Judeus que se encontravam em casa de Marta e Maria, inimigos mortais de Jesus Cristo em sua maioria.
   Lázaro vive!
   Saiu do túmulo o que estava morto, pés e mãos amarrados, o rosto envolto num sudário.
   Amigos! É de se perder o juízo!
   Parece que ver o cadáver ressuscitado seria suficiente para que todos, arrojados à terra, adorassem Jesus Cristo, beijassem a fímbria de seu manto e exclamassem: "Creio!"
dade! Que influência a da afetividade! E por causa dela, como odeiam a Jesus Cristo, com encarniçada raiva! O que Jesus Cristo dá de melhor, convertem-no no pior.
   Os judeus não negam o fato - é por demais palpável - mas, fervendo de ódio diante do prodígio, acodem pressurosos aos Príncipes dos Sacerdotes, instando em fazer que Jesus Cristo desapareça o quanto antes. "Que faremos? Esse homem faz muitos milagres". " Se o deixarmos continuar, todos acabarão crendo Nele".
   Quão tremenda, amigos, é a cegueira afetiva! como o ódio altera a inteligência! 
   O prodígio é palpável, não o negam, mas ao invés de se renderem à evidência, tornam-se, por ele, abrasados do ódio que obscurece a inteligência.
   E ouve-se esses judeus murmurar: "Que faremos com este homem? Ele está fazendo prodígios  magníficos e, se o deixarmos continuar, todos acabarão crendo Nele!"
   Que fazer? Pois crer n'Ele e adorá-lo. O lógico, o conseguinte.
   Mas não amigos, aconteceu o contrário. Deste fato nasceu precisamente o influxo tremendo que determinou a morte de Nosso Senhor.
   Desse fato de amor nasceu o ódio e dessa fonte de vida surgiu o "Temos que levá-lo à morte!"
   Tal como hoje! É preciso varrê-lo da sociedade. Tal como hoje!
   Quanto podem as cargas afetivas!...
   A História se repete, amigos, no fluir dos séculos. O influxo da paixão sobre a inteligência está, de modo insuperável, descrito na cena do cego de nascença. É a página mais bela que se escreveu sobre a paixão e a lógica (João 9).
   Saia Jesus Cristo do templo, certo dia; em seu encalço também saíram, bramindo, os fariseus e os escribas, cheias as mãos de pedras para serem atiradas sobre Ele.
   Saiu; e ao sair, percebeu um ceguinho de nascença que pedia uma esmola à porta do templo de Jerusalém.
  Jesus Cristo, que acabara de se proclamar a Luz do mundo, quis demonstrar, com fatos, que Ele dava a luz ao mundo - cego de nascença pelas paixões e pela concupiscência - como dava a luz aos olhos do ceguinho que esperava uma esmola.
  Fez Jesus Cristo como o pó do chão e saliva um pouco de barro, com o qual untou os olhos do cego e: " Vê - disse-lhe - e banha-te na piscina de Siloé".
  E o cego, conduzido por seu guia, foi-se, banhou-se e viu.
  O cego não vê, mas crê; o cego caminha ate´a piscina e o cego recobra a vida dos olhos, que é a luz.
   Um cego de nascença! Quantos problemas desencadeia a cegueira de nascença! Cego de nascença...E um pouco de lama que Jesus coloca em seus olhos, um pouco de água para lavá-los e a visão aparece...
   As pessoas observam que um homem enxerga e dizem a si mesmos: "mas não é este o ceguinho que estava esmolando no templo?" E indagam: "Ouça, não é você quem pedia à porta do templo?"
  Ele responde afirmativamente...
  Ah! amigos, se é que ainda não saboreastes os Evangelhos! Que capítulo, o nono de João!
   E  o cego, entusiasmado, acreditando dar uma grande notícia aos escribas e fariseus, lhes disse: "Jesus acaba de dar-me a visão!"
   "como! curou-o hoje? Mas hoje é sábado! - o sábado é dia de santo entre nós judeus -; aos sábados não se pode trabalhar; como o curou hoje, sábado?"
   Hipócritas! Quanta hipocrisia!
   Certo sábado, Jesus Cristo, após haver curado uma mulher, lhes disse: "Estranha dialética a vossa! Por acaso não dais de comer aos bois ao sábados, para que não morram? É por ventura, esta pobre muher, de pior condição que um animal? Se teu boi cai numa fossa num sábado, não chamas teus vizinhos para o ajudarem a retirá-lo dali? É esta pobre mulher de pior condição que o boi que caiu? Hipócritas!" 
   Os escribas e fariseus murmuram entre si: "Como foi curá-lo, se é sábado? O mesmo acontece com aqueles  q fazem a pergunta sobre os bombeiros, enfermeiros, médicos e aqueles que socorrem as pessoas; eles não compreendem que Jesus Cristo autorizou fazer o bem neste dia. (Mateus 12.12), E passam a acusar os Adventistas do Sétimo Dia. 
   Chamam: - leia, como foi isso? O pobre homem, indagado pela primeira vez, narra: - Estava à porta do templo e quando Jesus saiu, untou-me os olhos com lama(lodo), lavei-os e passei a ver.
   - Esse nunca foi cego - redarguiram os fariseus. E para prová-lo, mandem buscar seus pais.
   Chegados os pais, perguntaram-lhes: - Este é seu filho?
   - Sim.
   - Ele era cego?
   - Desde que nasceu.
   - E como é que ele vê?
   Os pais, que temiam explicar como o filho passara a enxergar, já que ameaças existiam de expulsão do templo dos que se confessassem a Jesus Cristo, hesitaram: "Ele já em idade suficiente para contar-vos. 
   Perguntai a ele".
   Procuraram novamente o recém-curado e novamente indagam como se deu a cura.
   Farto de tantas indagações, perguntou-lhes o ex-cego: "Por acaso também quereis fazer-vos discípulos d'Ele?"...!!
   Aquelas palavras fizeram explodir os ânimos: " Discipulos desse que nem sequer sabemos de onde vem? Somos  discípulos de Moisés! Nasceste mergulhado no pecado e pretendes ensinar-nos?...
   E o arrojaram foram do templo. 
   Jesus Cristo, ao saber da expulsão, procura-o e indaga: - Crês no Filho de Deus?
   O mendigo, que reconheceu aquele que o curara, certo de que o que dissesse merecia crédito e confiança, disse: - Senhor, e quem é esse, para que eu creia nele? 
   Respondeu-lhe Jesus:
   - já o viste. É o que está falando contigo.
   - Creio, Senhor, confessou o cego curado, caindo de joelhos, em adoração.
   o cego reconheceu Jesus Cristo. E os escribas e os fariseus fogem voluntariamente da luz, cegando-se, obstinados pelo ódio.
   Aí está retratada, amigos, a psicologia da incredulidade.


                                                                   

                                                                           * * *


    Amigos, desejais crítica? Quereis ciência? Pois em plena ciência e crítica histórica, deveis admitir a historicidade dos Evangelhos.
   Em sua páginas, constituindo sua essência, depositadas estão algumas das provas apresentadas por Jesus Cristo, fiadoras de sua missão e de Sua Pessoa
   Muitos de vós negais os fatos que não se enquadram nas vossas idéias e nas vossas tendências afetivas! E ainda alardeias ciência...
   Amigos! Isto não é sério, nem sincero. É algo espantoso!
   Todo crítico especialista nesta matéria admite as obras de Heródoto e de Tucídides. Pois bem, amigos quem mencionou Heródoto pela primeira vez, e cem anos após sua morte, foi Aristóteles. E o primeiro a reconhecer como autênticas as obras de Tucídides foi Cícero, trezentos anos depois do seu desaparecimento.
   Considera-se suficiente para que o crítico, exibindo erudição admita Heródoto e Tucídides como autores de tais e tais obras, o simples depoimento de testemunhas que viveram de cem e trezentos anos posteriormente à sua morte.
   Amigos, é de grande proveito observar que aqueles que, nos Evangelhos, fogem da luz, são os mesmos que admitem, sem a menor hesitação a vida e a doutrina de Buda. Mas o livro Lalita Vistara, que contém a história de Buda, é reconhecido, de olhos fechados, por todos os críticos, como do Século I antes de Cristo, isto é, redigido pelo menos três séculos após a morte de Buda.
   A questão, amigos, não é de ciência, mas de fobia, Disse-o expressamente Strauss: Não querem admitir os Evangelhos, não porque haja razões para isto, mas para não admitir as consequências morais dos mesmos.
   Mais - confessa terminantemente Zeller: ainda que tivessem a prova máxima de Jesus Cristo, corroborada por argumentos de maior força e mais valor, jamais acreditariam nele.
   Foi o que aconteceu com os judeus e se passa com os incrédulos de hoje.
   E este é o enorme pecado contra o Espírito Santo, do qual o grande perdoador Jesus Cristo Nosso Senhor diz que "não haverá perdão para quem blasfemar contra o Espírito Santo" 
  É o pecado de desprezar e caluniar as obras manisfestas de Deus.
  Isto como se vê, não tem perdão, não porque o pecador, arrependido, não possa obtê-lo, pois Deus perdoa a quem se arrepende, mas sim porque os que procedem dessa forma fecham para si próprios, da maneira mais absoluta, o caminho da conversão.
  Ah! que dó sentiu Jesus Cristo dessa gente! Ele, que propiciou as máximas garantias em prol da verdade! Quanta pena lhe causou essa conduta!
  Com que dor de coração exclamou Jesus Cristo diante desse tristíssimo proceder: "Se eu não tivesse vindo e não lhes houvesse falado, não teriam culpa, mas agora não tem desculpa do seu pecado...Se eu não houvesse feito entre eles tais obras, como nenhum outro as fez, não teriam culpa, mas agora viram-nas e, contudo, aborreceram-me a mim, e não só a mim, mas também a meu Pai". (João 15.22-24).
  A luz veio ao mundo....Bem nítido está no Evangelho tudo quanto se refere à pessoa de Jesus Cristo e a Suas Obras.
  Mas, "amaram os homens mais as trevas do que a luz"...
   



                                                                   


                                                                             * * *


  Amigos, peço a Deus quando comecei, mantivéssemos bem abertos os olhos da alma, procurando dissipar as trevas das paixões que pertubam uma visão esclarecida.
  E diante de nós apresentou-se Jesus Cristo, com uma realidade histórica baseada em fontes de tal valor crítico que, no parecer de técnicos especialistas, que contam com anos de minuciosa investigação, não existem, no estudo da literatura clássica, livros que possuam, historicamente falando, posição mais privilegiada que os Evangelhos. 
  E tais fontes, de indisputável valor, apresentaram-nos a Jesus Cristo através de declarações claras e diáfanas sobre Sua Pessoa, e com provas, tanto em número como em qualidade, absolutamente convincentes.

  Esse é Jesus Cristo na História e nos Escritos Proféticos.