quinta-feira, 11 de julho de 2013

Deus e Seus Juízos

                             
Introdução

   Os juízos de Deus se alargam por toda Bíblia, localizamos desde os céus até a terra. No livro do Apocalipse no capítulo 12 vemos a expulsão de Satanás; em Gênesis a expulsão e morte do homem; em toda história humana sempre percebemos a atuação de Deus, como no dilúvio e Sodoma e Gomorra, quanto à libertação do povo no Egito, as pragas e por ai vai.

    Os símbolos que o apocalipse traça, são os eventos finais da história deste mundo, com a atuação do julgamento de Deus.

     Sempre Deus tenta mostrar ao homem a melhor maneira de viver. Trás ele para um arrependimento, visando um aperfeiçoamento a fim de salvá-lo. Seu juízo vem acompanhado de um alerta antes, para que o homem tenha um preparo, e que possa ter tempo para a regeneração.
    No contexto do apocalipse, observamos que ele inicia-se entre os capítulos 6 e estendesse até o 20, do mesmo livro.

1-   Os Seis primeiros Selos




1)   - Nos Capítulos 15 e 16 nos são mostrados as taças e flagelos. “Vi no céu outro sinal grande e admirável: sete anjos, tendo os sete últimos flagelos, pois com estes se consumou a cólera de Deus.” Apocalipse 15.1. Vemos a semelhança entre as pragas do Egito em Êxodo 7.20 a 12.30 e as sete últimas pragas. O sangue, as rãs, úlceras, a chuva de granizo e a escuridão.

2)   - Ao que se refere às trombetas, notamos os mesmos eventos finais parecidos, entre o capítulo 8 até o capítulo 16. Formando um paralelo quase que idênticos: “O primeiro anjo tocou a sua trombeta, e foi lançada sobre a terra uma chuva de pedra [granizo] e fogo, misturados com sangue. E foi destruída pelo fogo a terça parte da terra, das árvores e também de toda erva verde.” (8.7); “O primeiro anjo foi e derramou a sua taça sobre a terra, e apareceu uma chaga feia e dolorosa nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam sua imagem.” (16.2); “O segundo anjo tocou a trombeta, e foi lançado no mar como que um grande monte ardendo em fogo e tornou-se em sangue a terça parte do mar.” (8.8); “Aí o segundo derramou a sua taça sobre o mar. A água ficou como o sangue de uma pessoa morta, e morreram todos os seres vivos do mar.” (16.3); “Então o terceiro anjo tocou a sua trombeta, e uma grande estrela, queimando como uma tocha caiu do céu sobre a terça parte dos rios e sobre as fontes de águas.” (8.10); “Então o terceiro anjo derramou a sua taça sobre os rios e nas fontes de água, e eles viraram sangue.” (16.4); “Aí o quarto tocou a sua trombeta, e foi ferida a terça parte do sol, da lua e das estrelas, de modo que perdeu a terça parte do seu brilho. Não houve luz durante a terça parte do dia e também da noite.” (8.12); “Depois o quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e ele recebeu licença para queimar as pessoas com fogo.” (16.8). Podemos observar que trombetas são parecidas com taças.

3)   – Os sete selos representa um símbolo de autenticidade com que ninguém havia ainda aberto estes rolos.  Nos rolos, tem mensagens que somente um, com autoridade suprema, ou seja, credenciado por Deus poderia abri-lo. É como um tribunal que sentado está o juiz, Deus, o advogado de defesa, Jesus, e as testemunhas fiéis, os anjos. Sendo que, somente aquele que venceu todos os obstáculos proposto, tem a verdadeira capacidade e autoridade de quebrar dos rolos os selos. E Jesus é o cordeiro que pode, e o único no céu e na terra capaz de revelar o que está escrito nos rolos.
Dentro o que está descrito descrevem as revelações (5.1), do período da era cristã, desde os tempos de Cristo (Apoc. 6), até sua volta (Apoc. 11.15).

1º Selo - Um cavalo branco: representando a pureza na qual um cavaleiro com a mesma qualidade poderia guia-lo no caminho certo. É dito, como a igreja pura do primeiro século como tendo um evangelho limpo e sincero. Uma igreja que não tinha medo de pregar a verdade, e levar ao mundo inteiro o que aprendeu, para que eles pudessem receber e passar adiante com testemunhos verdadeiros, daqueles que viram e presenciaram o messias com seus próprios olhos.

2º Selo - Um cavalo vermelho: símbolo das guerras e perseguições que sofreram a igreja primitiva. Os cristãos tiveram que enfrentar os horrores das espadas e feras do império romano sob os comandos dos carniceiros da época. Quanto mais matavam, mais nasciam cristãos, que, Tertuliano declarou: “O sangue dos mártires é uma semente.” 

3º Selo – Um cavalo preto: Neste o cavaleiro traz numa das suas mãos, uma balança e um medidor na qual medi o tamanho e o preço dos alimentos. Essa era uma época onde o alimento era escarço para os cristãos, por se tratar do preço elevado por causa das guerras sob o comando de Constantino que havia visto um sinal no céu dizendo: “Em nome deste sinal, conquiste.” Onde através deste, convertesse ao cristianismo, porém, batiza seus soldados quando passa por um rio, e ele mesmo, só aceita literalmente o batismo quando fica velho porque queria usufruir dos privilégios que o mundo lhe oferecia com luxurias e promiscuidade. Neste tempo, a igreja tornou-se escura, ao que se refere às doutrinas vindas e instituídas do paganismo ao cristianismo. A balança na mão do cavaleiro também era para pesar o peso do pão do evangelho que era de graça e agora passa a ser pago. O mesmo que acontece hoje. É o caos do negócio da pregação nas igrejas!

4º Selo – Um cavalo amarelo, agora o cavaleiro é chamado de morte. O texto desse verso 8 deixa claro serem por meio de guerras, fome, doenças e animais selvagens que haveria de ter muitas mortes. Foi nessa época que perseguiram por 1260 anos os cristãos a fim de exterminá-los alegando a igreja romana cristã serem eles hereges e criminosos por estudarem a Bíblia do seu modo.

5º Selo – “Então o Cordeiro quebrou o quinto selo. E vi debaixo do altar as almas do que tinham sido mortos porque haviam anunciado a mensagem de Deus e tinham sido forte: no seu testemunho.” (Apocalipse 6.9). O texto fala por si próprio. Uma igreja perseguida e morta por testemunhar o verdadeiro evangelho de Cristo. Em meio ao sofrimento e angústias por verem seus parentes mortos e eles também da mesma maneira, clamaram: “– Ó Todo-Poderoso, santo e verdadeiro! Quando julgarás e condenarás os que na terra nos mataram?” (Apocalipse 6.10). Foi-lhes dito que esperassem e que suas vestes estavam brancas como a neve. Símbolo da aceitação dos seus testemunhos na terra. (verso 11).

6º Selo – Quebrou-se o sexto selo e um terremoto grande atingiu toda a terra. Dentro da era cristã, viu-se no término, um grande terremoto que atingiu em 1º de novembro de 1755 Lisboa. No dia de “Todos os Santos” “Às 9h30, o chão rugiu e estremeceu. Casas, igrejas, edifícios do governo e palácios ruíram, pilares e vigas de mármore partiram-se como palitos, telhados e paredes tombaram ao chão. Não foi só Lisboa que sofreu o efeito desse terremoto. O tremor abalou outras cidades europeias e norte-africanas também. Rios e lagos se agitaram até na Escandinávia, e uma onda enorme atingiu a ilha de Barbados, no Caribe, a cerca de 6.500 quilômetros.” (Feyeranbend Henry, Apocalipse verso por verso pág. 56).
“O sol se tornou negro como uma roupa de luto, e a lua ficou toda vermelha como sangue. As estrelas caíram do céu sobre a terra, como os figos verdes caem da figueira sacudida por um vento forte. O céu desapareceu...” (Apocalipse 6. 12).

A escuridão que houve em 1780 deixou todos alarmados pensando que já havia chegado o fim dos tempos, que, um poeta Greenleaf Whitiier em seu poema descreveu: “Deixemos que Deus faça o Seu trabalho, e nós cuidaremos do nosso. Tragam as velas” (idem, pág. 57). Nessa mesma noite a população olhou para o céu viram a lua vermelha como sangue. Dentre todos esses acontecimentos que ocorrera o de grande repercussão fora o das estrelas que caíram pela Terra que o astrônomo W.G. Fisher da Universidade de Howard, disse: “Na madrugada do dia 13 de novembro de 1833, as pessoas dos Estados Unidos foram despertadas com estrelas cadentes.” E “Peter McMillman, na revista The Telescope [O Telescópio], estimou que de 100 mil a 200 mil estrelas caíram em uma hora.” Isso não quer dizer que não possa acontecer de novo, porque o contexto deixa claro que às pessoas se escondem nas cavernas e debaixo das rochas (montes ou rochedos) e que caiam sobre eles, como também já havia chegado o grande dia da ira do Senhor. (Versos 15, 16 e 17). Porém, esses fatos, já são suficientes para provar que Deus está nos julgamentos da humanidade. E que, seus escritos são verdadeiros obras de comprovações dos fatos ocorridos.

2-    O Sétimo Selo

7º Selo – Neste é-nos descrito que, quando Jesus quebra o sétimo selo, cresce uma grande expectativa com relação aos acontecimentos que virão depois. E houve no céu um grande silêncio, onde se seguem as sete trombetas que os anjos recebem. (Apocalipse 8.1e2). Esses eventos apresentam paralelos aos acontecimentos de apocalipse 15 e 16 que contam sobre as últimas pragas de Deus, destinadas a todos aqueles que rejeitam seus ensinos, e mais ao reino da besta e falso profeta. São os maiores castigos que a terra já presenciou e evidenciou em todos os tempos da história da humanidade. Perceba também que, os flagelos de Deus referente à humanidade, distinguem-se agora no sétimo selo. Porque há um destaque maior por se tratar de um julgamento específico e direto. Ou seja, como um todo, da qual a participa os salvos. Paulo descreve assim: “Pois sabemos que até agora o Universo todo geme e sofre como uma mulher que está em trabalho de parto. E não somente o Universo, mas nós, que temos o Espírito Santo como o primeiro presente que recebemos de Deus, nós também gememos dentro de nós mesmos enquanto esperamos que Deus faça com que sejamos seus filhos e nos liberte completamente.” (Romanos 8.22 e 23).



“Quando Cristo cessar Sua intercessão no santuário, será derramado à ira sem mistura reservada aos que adoram a besta. As pragas do Egito eram similares aos mais extensos juízos que devem cair sobre o mundo justamente antes do livramento final do povo de Deus. Diz o autor do Apocalipse: ‘Aos homens portadores da marca da besta e adoradores da sua imagem sobrevieram úlceras malignas e perniciosas. ’ ‘O anjo assim declara: ‘Tu és justo... pois julgaste estas coisas; portanto derramaram sangue de santos e de profetas, também sangue lhes tem dado a beber; são dignos disto. ’ Condenando o povo de Deus à morte, são tão culpados do derramamento de sangue como se este tivesse sido derramado por suas próprias mãos.” (Apocalipse 16. 2-6, 8 e 9; G. Conflito pág. 351).

3 – As divisões do livro Apocalipse


Dos capítulos 6 a 11 percebemos, os acontecimentos descrito referente ao julgamento da humanidade. E quanto à atuação da igreja (pessoas) no decorrer da história contada na abertura dos rolos, quando são quebrados os selos pelo Cordeiro, Jesus Cristo. Também podemos notar uma ruptura, ou seja, uma interrupção a fim de mostrar um povo especial (144 mil), que tanto no capítulo 7 quanto no capítulo 14, mostra-nos que essas pessoas que recebem o nome do Filho e do Pai, escrito nas suas testas, que estavam diante do Cordeiro, que estavam cantando um novo cântico são primícias para Deus, por haverem enfrentado perseguições, não mentiram e nenhuma falta foi encontrada neles. Nota-se também que, as cartas às sete igrejas da Ásia são bem distintas, ou seja, direcionadas para elas, mesmo que possamos usá-la, como na última para a igreja de Laodiceia, porque pertence há uma época desde 1798 até o fim. Quanto aos capítulos 12 a 19 percebe-se nitidamente uma luta travada entre Satanás e Cristo, para defender sua igreja com lutas que envolvem destruição total do reino das trevas, do falso profeta e salvação do povo de Deus.

Conclusão
   Há de se perceber quanto a Deus e seus juízos, que são para todos os povos existentes do começo do mundo ao final dos tempos. “Porque todos pecaram e carecem da glória de Deus”. Segue distintamente cada julgamento de maneira diferenciada: por ter os remanescentes de Deus, por ter o povo rejeitado à mensagem, por ter um falso profeta, e por fim, por ter o homem do pecado e a igreja falsa.

E esses julgamentos seguem numa ordem progressiva: 1º) juízo da cada de Deus (1 Pedro 4.17), tendo como juiz, um justo e perfeito homem divino, Jesus Cristo. (Apocalipse 2 e 3); 2º) Todo o julgamento da humanidade, estando havendo um juízo investigativo dos seis primeiros selos que se distingue como a era cristã primitiva (Apoc. 6) e tendo já um tribunal de justiça instituído no céu que observou até a abertura dos rolos que tinham selos que ninguém, há não ser, o cordeiro que podia abri-lo. (Apoc. 4 e 5); 3º) E que no sétimo selo, haverá o julgamento final com pragas mais graves, e mais flagelos e fogo eterno no qual acabará com a humanidade e purificará a terra para o retorno dos salvos após o milênio no céu (Apoc. 8 a 11 e 16 a 20). “Então vi um grande trono branco e aquele que está sentado nele. A terra e o Céu fugiram da sua presença e não foram vistos mais.” (Apocalipse 20.11). Pois bem, que todos nós possamos estarmos entre os salvos para podermos sermos chamados sacerdotes eternos. Amém! [G].
   

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