terça-feira, 2 de abril de 2013

Daniel 8 - O Alicerce da Igreja Adventista do Sétimo Dia - Parte 1

                                                                      
                                             


Sabemos que toda instituição séria e principalmente que se preze tem, base e estrutura. Sem fundamento, seria o mesmo que, construir uma casa na areia sem alicerce. É importante, porém conhecermos essa base, essa estrutura e esse fundamento, para termos certeza que estamos no caminho certo e na denominação formada em cima do que à Bíblia apresenta. Pois bem, uma correta interpretação e compreensão deve ser o foco essencial para termos esse direito de sabermos se estamos verdadeiramente corretos.

Um dos fundamentos ou base que formou à Igreja Adventista do Sétimo Dia é a doutrina do santuário. Foi nessa que, começou a formação da Igreja. Era o ano 549 a.C. (antes de Cristo), O ano terceiro do reinado do rei Belsazar, aquele mesmo que havia dado uma festa e utilizado os copos de ouro e de prata que Nabudonosor, o seu pai, havia tirado do Templo de Jerusalém. Sim, aquele mesmo, que, viu aparecer uma escrita misteriosa de uma mão na parede, que os sábios não podiam ler nem explicar. E que somente um homem poderia ler o que estava escrito ali, esse homem era Daniel. (Daniel 5.1-12).


Era esse tempo governado por Belsazar que, Daniel teve uma visão, e nessa, “Um carneiro” que tinha “dois chifres” que representava “Os reis da Média e Pérsia” e que um “chifre” (rei) era mais alto que o outro. A Pérsia era mais forte e poderosa do que a Média. (Daniel 8.3,20).
“O carneiro dava marradas para o ocidente, e para o norte, e para o sul”. Faça um paralelo com os “Quatro animais, grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar.” (Daniel 7.3).  E que, Daniel “continuo olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou sobre um dos seus lados; na boca, entre os dentes, trazia três costelas; e lhe diziam: Levanta-te, devora muita carne.” (verso 5). Essa três costelas que as carnes foram comidas, eram: Babilônia, Lídia e Egito que foram as principais conquistas segundo a história dos Medos e Persas.


Em 336 a.C. Alexandre o Grande, tornou o rei da Grécia que aqui é representado como o “bode” (verso 5, 21). “O bode” Alexandre tinha grande força, mas, “o seu reinado foi quebrado” (verso 7 e 8) (Bíblia João F. Almeida 1956), por ter morrido com quase 33 anos de idade. Só que, o bode tinha um “chifre grande”  e quando quebrou-se nasceram mais “quatro chifres” (v.8) que são os quatro generais que dividiram entre si o império de Alexandre, são estes: Cassandro (Grécia), Lísimaco (Ásia menor), Antígono (Síria), Ptolomeu (Egito). “De um desses chifres saiu um chifre pequeno e se tornou muito forte para o sul, para o oriente e para a terra gloriosa.” 



Perceba que no capítulo 8.23 diz que: “... aparecerá um rei cruel e enganador” (Bíblia NTLH), não podemos esquecer que nesse tempo já existia Roma imperial (pagã) e paralela com Roma papal, conquistou o Egito ao “sul” em 30 a.D., depois que conquistara a Macedônia em 168 a.C.; “o império Selêucida, no oriente, formou-se a província romana da Síria em 65 a.C.; a Palestina – ‘terra gloriosa’ foi incorporada ao Império Romano em 63 a.C.”.

Note a expressão: “Cresceu tanto, que chegou até o lugar onde está o exército do céu, que são as estrelas (“ as sete estrelas são os anjos” Apoc. 1.20); jogaram na terra algumas delas e as pisou” (verso 10). Veja a comparação de este poder pagão papal “chifre pequeno” com o que Isaias disse: “Subirei acima das nuvens mais altas e serei como o Deus Altíssimo” (Isaias 14.14). Percebeu? Quem é que  na Terra se compara com Deus? Não é o Papa? Embora o texto traga à referência a Satanás, a alusão pode ser usada a um poder romano que assumiu todo o paganismo que deixou até os anjos do céu espantado O exército dos céus (as sete estrelas são os anjos Apoc. 1.20).



Também não podemos esquecer à guerra que esse poder fazia contra os santos de Deus e prevalecia (Daniel 7.21); o qual além de matar (pisar aos pés) os santos, ainda blasfemava contra o Altíssimo tomando a posição de julgamento que só pertence a Deus. (verso 23,25). Na hermenêutica (interpretação) segue a continuidade dos textos, e até o que o texto sugeriu antes. “O povo santo” fora perseguido por Roma Pagã no tempo de Nero, Décio e Diocleciano; e por Roma Papal no tempo da Inquisição (por 1260 anos). “Com a sua presença, ele [poder papal] enganará a todos; ficará cada vez mais orgulhoso e matará muitas pessoas à traição. Finalmente, ele desafiará a Deus, o Rei dos reis [Jesus Cristo], mas será destruído sem o uso de força humana” (Bíblia Católica), (Daniel 8.25). Lembra-se da estátua do sonho do rei Nabucodonosor, aonde “a pedra que veio do céu e destruiu a estátua”? Essa pedra é Jesus Cristo.

Veja agora a semelhança e tire você mesmo à conclusão, se é ou não, Jesus que apresenta no contexto – “O príncipe do exército” Daniel 8.11 - “e se insurgirá contra o Príncipe dos príncipes”. (Verso 5). Percebeu a semelhança? Alegar que, não é Jesus Cristo, é um erro de interpretação escriturística da exegese do texto.  “Dele [de Cristo] tirou o sacrifício costumado”, ou segundo o original hebraico, ‘dele [de Cristo] tirou o contínuo’.” ‘זה לקח הרציף’ no original hebraico não aparece ‘sacrifício’”. “A palavra ‘sacrifício’ foi acrescentada ao texto pela sabedoria humana, para favorecer a falsa interpretação. Este acréscimo força o texto a referir-se exclusivamente ao santuário terrestre, no tempo de Antíoco Epífanes – um rei pagão helenista que se levantou contra os judeus e seu culto, e morreu em 164 a.C. A particular e falsa interpretação atual, coloca Antíoco como sendo o ‘Chifre Pequeno’ da Daniel 8.9.”.



Perceba que Daniel 8. 9,10 mostra a Roma imperial com seu paganismo, enquanto em Roma Papal, tenta tirar “o contínuosacrifício de Cristo que intercede pelos santos no Santuário Celestial. O Profeta Isaías prova isso, veja: “Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá Ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu”. (Isaias 53.12). Embora, o texto tenta referir-se no contexto de sua atuação na Terra, existe um erro na tradução do hebraico para o português, o certo é assim: “Pelos transgressores intercede” השתדלות לעברייניםישעיהו 53.12.

Assim expressou Ellen G. White: “‘ Contínuo’ refere-se ao contínuo ministério sacerdotal de Cristo no Santuário Celestial; e ao verdadeiro culto de Cristo na era do evangelho”. (B. C. Vol. 4, p. 843).

“O lugar do Seu santuário foi deitado abaixo”. O papado tentou e atentou tirar o santuário de Cristo; preste agora bastante atenção: “O exército lhe foi entregue, com o sacrifício diário, por causa das transgressões; e DEITOU por terra a VERDADE; e o que fez PROSPEROU”. (Daniel 8. 12). Percebeu que houve uma prosperidade enganosa e mentirosa contra a verdade? A blasfêmia ai é querer fazer da Terra um santuário na região romana ou em Roma para interceder pelos homens. Veja: “e abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no céu”. (Apocalipse 13.6). Sua atuação é a seguinte: com seus bispos e sacerdotes (soldados) tentam perdoar os pecados através de missas e penitências – coisa que não é verdade.

 “Antes, digo que as coisas que eles sacrificam, é a demônios que as sacrificam e não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios”. (I Coríntios 10.20). O contexto que nesse livro aos corintos refere-se ao cristão deve fugir da idolatria, coisa que é muito feito nas igrejas católicas romanas, com imagens e estatuas de santos. “Assim o ‘lugar’ (mákon segundo o original hebraico) do ‘santuário de Deus que se acha no céu’ (Apocalipse 11.19) ‘foi deitado abaixo’ [por terra] transferido a Terra por meio da intercessão de Maria e dos santos, em lugar da intercessão de Cristo”. 

Veja: “Porquanto há um só Deus [Jesus Cristo] e um só Mediador [Jesus] entre Deus [o pai] e os homens, Cristo Jesus, homem”. (I Timóteo 2.5). “Assim como o santuário terrestre era o centro de adoração do povo de Deus até à morte de Cristo em 31 a.D. (Mateus 27.51, ‘ o santuário no Céu é o próprio centro da obra de Cristo em favor dos homens’ (E. G. W. – C.S., pág. 528)).”. “Lá estava à esperança e a fé apostólica (Heb. 6.18-20; 10.19-22). O Papado – este gigantesco sistema de engano – “desvia completamente a atenção dos homens de Cristo, privando-lhes assim dos benefícios de Seu ministério”. (B.C., vol. 4, pág. 843).

Conclusão: A igreja romana Papal pagã, tenta a todo o custo o poder, levando às pessoas a acreditarem que existe uma intercessão aqui na Terra em prol da humanidade; e que, sem o seu comando através dos seus agentes, não se pode ter acesso a Deus; coisa que à Igreja Adventista do Sétimo Dia prova através do seu alicerce e mostra que às coisas não é, bem assim que se pensa. (G).


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