Sabemos que toda instituição séria e
principalmente que se preze tem, base e estrutura. Sem fundamento, seria o
mesmo que, construir uma casa na areia sem alicerce. É importante, porém conhecermos
essa base, essa estrutura e esse fundamento, para termos certeza que estamos no
caminho certo e na denominação formada em cima do que à Bíblia apresenta. Pois
bem, uma correta interpretação e compreensão deve ser o foco essencial para
termos esse direito de sabermos se estamos verdadeiramente corretos.
Um dos fundamentos ou base que formou
à Igreja Adventista do Sétimo Dia é a doutrina do santuário. Foi nessa que,
começou a formação da Igreja. Era o ano 549 a.C. (antes de Cristo), O ano
terceiro do reinado do rei Belsazar, aquele mesmo que havia dado uma festa e
utilizado os copos de ouro e de prata que Nabudonosor, o seu pai, havia tirado
do Templo de Jerusalém. Sim, aquele mesmo, que, viu aparecer uma escrita
misteriosa de uma mão na parede, que os sábios não podiam ler nem explicar. E
que somente um homem poderia ler o que estava escrito ali, esse homem era
Daniel. (Daniel 5.1-12).
Era esse tempo governado por Belsazar
que, Daniel teve uma visão, e nessa, “Um carneiro” que tinha “dois chifres” que
representava “Os reis da Média e Pérsia” e que um “chifre” (rei) era mais alto
que o outro. A Pérsia era mais forte e poderosa do que a Média. (Daniel
8.3,20).
“O carneiro dava marradas para o
ocidente, e para o norte, e para o sul”. Faça um paralelo com os “Quatro
animais, grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar.” (Daniel 7.3). E que, Daniel “continuo olhando, e eis aqui o
segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou sobre um dos seus
lados; na boca, entre os dentes, trazia três costelas; e lhe diziam:
Levanta-te, devora muita carne.” (verso 5). Essa três costelas que as carnes
foram comidas, eram: Babilônia, Lídia e Egito que foram as principais conquistas
segundo a história dos Medos e Persas.
Em 336 a.C. Alexandre o Grande,
tornou o rei da Grécia que aqui é representado como o “bode” (verso 5, 21). “O
bode” Alexandre tinha grande força, mas, “o seu reinado foi quebrado” (verso 7
e 8) (Bíblia João F. Almeida 1956), por ter morrido com quase 33 anos de idade.
Só que, o bode tinha um “chifre grande” e quando quebrou-se nasceram mais “quatro
chifres” (v.8) que são os quatro generais que dividiram entre si o império de
Alexandre, são estes: Cassandro (Grécia), Lísimaco (Ásia menor), Antígono
(Síria), Ptolomeu (Egito). “De um desses chifres saiu um chifre pequeno e se
tornou muito forte para o sul, para o oriente e para a terra gloriosa.”
Perceba
que no capítulo 8.23 diz que: “... aparecerá um rei cruel e enganador” (Bíblia
NTLH), não podemos esquecer que nesse tempo já existia Roma imperial (pagã) e
paralela com Roma papal, conquistou o Egito ao “sul” em 30 a.D., depois que
conquistara a Macedônia em 168 a.C.; “o império Selêucida, no oriente, formou-se
a província romana da Síria em 65 a.C.; a Palestina – ‘terra gloriosa’ foi
incorporada ao Império Romano em 63 a.C.”.
Note a expressão: “Cresceu tanto, que chegou até o lugar onde está o exército do
céu, que são as estrelas (“ as sete estrelas são os anjos” Apoc. 1.20); jogaram na terra algumas
delas e as pisou” (verso 10). Veja a comparação de este
poder pagão papal “chifre pequeno” com o que Isaias disse: “Subirei
acima das nuvens mais altas e serei como o Deus
Altíssimo” (Isaias 14.14). Percebeu? Quem é que na Terra se compara com Deus? Não é o Papa?
Embora o texto traga à referência a Satanás, a alusão pode ser usada a um poder
romano que assumiu todo o paganismo que deixou até os
anjos do céu espantado “O exército dos céus” (as sete estrelas são os anjos Apoc. 1.20).
Também não podemos esquecer à guerra
que esse poder fazia contra os santos de Deus e prevalecia (Daniel 7.21); o
qual além de matar (pisar aos pés) os santos, ainda blasfemava contra o
Altíssimo tomando a posição de julgamento que só pertence a Deus. (verso
23,25). Na hermenêutica (interpretação) segue a continuidade dos textos, e até
o que o texto sugeriu antes. “O povo santo” fora perseguido por Roma Pagã no
tempo de Nero, Décio e Diocleciano; e por Roma Papal no tempo da Inquisição (por
1260 anos). “Com a sua presença, ele [poder papal] enganará a todos; ficará
cada vez mais orgulhoso e matará muitas pessoas à traição. Finalmente, ele
desafiará a Deus, o Rei dos reis [Jesus Cristo], mas será destruído sem o uso
de força humana” (Bíblia Católica), (Daniel 8.25). Lembra-se da estátua do
sonho do rei Nabucodonosor, aonde “a pedra que veio do céu e destruiu a estátua”?
Essa pedra é Jesus Cristo.
Veja agora a semelhança e tire você
mesmo à conclusão, se é ou não, Jesus que apresenta no contexto – “O príncipe do
exército” Daniel 8.11 - “e se insurgirá contra o Príncipe dos príncipes”.
(Verso 5). Percebeu a semelhança? Alegar que, não é Jesus Cristo, é um erro de
interpretação escriturística da exegese do texto. “Dele [de Cristo] tirou o sacrifício costumado”,
ou segundo o original hebraico, ‘dele [de Cristo] tirou o contínuo’.” ‘זה לקח הרציף’
no original hebraico não aparece ‘sacrifício’”. “A palavra ‘sacrifício’ foi
acrescentada ao texto pela sabedoria humana, para favorecer a falsa
interpretação. Este acréscimo força o texto a referir-se exclusivamente ao
santuário terrestre, no tempo de Antíoco Epífanes – um rei pagão helenista que
se levantou contra os judeus e seu culto, e morreu em 164 a.C. A particular e
falsa interpretação atual, coloca Antíoco como sendo o ‘Chifre Pequeno’ da
Daniel 8.9.”.
Perceba que Daniel 8. 9,10 mostra a Roma imperial
com seu paganismo, enquanto em Roma Papal, tenta tirar “o contínuo” sacrifício de Cristo que intercede pelos santos no Santuário Celestial.
O Profeta Isaías prova isso, veja: “Por isso, eu lhe darei muitos como a sua
parte, e com os poderosos repartirá Ele o despojo, porquanto derramou a sua
alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o
pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu”. (Isaias 53.12). Embora, o
texto tenta referir-se no contexto de sua atuação na Terra, existe um erro na
tradução do hebraico para o português, o certo é assim: “Pelos transgressores
intercede” השתדלות לעבריינים – ישעיהו
53.12.
Assim
expressou Ellen G. White: “‘ Contínuo’ refere-se ao contínuo ministério
sacerdotal de Cristo no Santuário Celestial; e ao verdadeiro culto de Cristo na
era do evangelho”. (B. C. Vol. 4, p. 843).
“O
lugar do Seu santuário foi deitado abaixo”. O papado tentou e atentou tirar o
santuário de Cristo; preste agora bastante atenção: “O exército lhe foi
entregue, com o sacrifício diário, por causa das transgressões; e DEITOU por terra a VERDADE;
e o que fez PROSPEROU”. (Daniel 8. 12). Percebeu
que houve uma prosperidade enganosa e mentirosa contra a verdade? A blasfêmia
ai é querer fazer da Terra um santuário na região romana ou em Roma para
interceder pelos homens. Veja: “e abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para
lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no céu”.
(Apocalipse 13.6). Sua atuação é a seguinte: com seus bispos e sacerdotes
(soldados) tentam perdoar os pecados através de missas e penitências – coisa que
não é verdade.
“Antes, digo que as coisas que eles sacrificam, é a demônios que
as sacrificam e não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos
demônios”. (I Coríntios 10.20). O contexto que nesse livro aos corintos refere-se
ao cristão deve fugir da idolatria, coisa que é muito feito nas igrejas
católicas romanas, com imagens e estatuas de santos. “Assim o ‘lugar’ (mákon
segundo o original hebraico) do ‘santuário de Deus que se acha no céu’ (Apocalipse
11.19) ‘foi deitado abaixo’ [por terra] transferido a Terra por meio da intercessão
de Maria e dos santos, em lugar da intercessão de Cristo”.
Veja: “Porquanto há
um só Deus [Jesus Cristo] e um só Mediador [Jesus] entre Deus [o pai] e os homens,
Cristo Jesus, homem”. (I Timóteo 2.5). “Assim como o santuário terrestre era o
centro de adoração do povo de Deus até à morte de Cristo em 31 a.D. (Mateus
27.51, ‘ o santuário no Céu é o próprio centro da obra de Cristo em favor dos
homens’ (E. G. W. – C.S., pág. 528)).”. “Lá estava à esperança e a fé apostólica
(Heb. 6.18-20; 10.19-22). O Papado – este gigantesco sistema de engano – “desvia
completamente a atenção dos homens de Cristo, privando-lhes assim dos
benefícios de Seu ministério”. (B.C., vol. 4, pág. 843).
Conclusão:
A igreja romana Papal pagã, tenta a todo o custo o poder, levando às pessoas
a acreditarem que existe uma intercessão aqui na Terra em prol da humanidade; e
que, sem o seu comando através dos seus agentes, não se pode ter acesso a Deus;
coisa que à Igreja Adventista do Sétimo Dia prova através do seu alicerce e mostra
que às coisas não é, bem assim que se pensa. (G).
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