Estamos
falando de alicerce, e se tratando deste, sabemos que dificilmente é reformado;
porém, uma casa, ela por anos e estando com alguns defeitos é restaurada e
concertada. Se as paredes estão rachadas, quebramos e rebocamos de novo; se ela
está com mofo, pintamos; se as conexões onde corre os fios estão descascadas,
trocamos os fios por novos. Pois bem, quanto ao fundamento, estrutura pouco se
pode fazer.
Considerando
o direito ao respeito da história e dos fatos que ocorre na mesma, temos como
base o contexto paralelo da Palavra de Deus. Em Daniel 8.12 nos diz que, “O
exército lhe foi entregue com o sacrifício contínuo, por causa das
transgressões”. Podemos ler assim o texto: O povo santo foi entre para ser
perseguido por um tempo que foi de 538 a 1798, totalizando 1260 anos onde o
Papado perseguiu os cristãos na inquisição.
Nesse tempo já
havia uma aliança entre o Estado e a Igreja a partir do imperador Constantino
chamado de o Grande, que afirmou tornasse cristão; no ano 313 a.D., pelo Edito
de Milão. Tendo ele reconhecido plenamente a legalidade do culto cristão. “Depois,
ouvi dois anjos conversando, e um perguntou ao outro: - Quanto tempo vai durar
aquilo que apareceu na visão? Por quanto tempo essa oferta nojenta será
apresentada em lugar do sacrifício diário? Por quanto tempo será entregue o
santuário e o exército [santos], a fim de serem pisados?” (Daniel 8.13).
A
palavra “sacrifício” não existe no original hebraico. Então, podemos usar a
pergunta assim do texto: Por quanto tempo ocorrerá à perseguição aos santos,
oferecendo um ritual (oferta) terrestre em vez de celestial? Isto é, uma
transferência sacerdotal (Papado) de perdão de pecados terrestre, em relação ao
humano, deixando o sacerdócio de Cristo de lado.
Volte um
pouco o texto dentro do contexto de Daniel 8.12 e veja que: “E deitou por terra
a verdade; e o que fez prosperou”. Isto é, mudou o sacerdócio que deveria
celestial que deveria ser o de Cristo pela humanidade, para um sacerdócio
terrestre, ou seja, o Papado assumiu a função que pertencia a Cristo e
prosperou nessa atuação, mas, perceba que jogou o que era verdadeiro no chão e
ainda pisou na verdade.
No texto
seguinte, é nos apresentado o tempo desta perseguição aos cristãos, que
protestaram por causa desses erros escriturísticos bíblicos. Veja: “Até duas
mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado”. (Daniel 8.14).
Perceba então uma coisa: Se o santuário celestial que pertencia a Cristo, havia
sido mudado para Terra, através de uma posse indevida pelo papado, não
permitida pelo o original dono; obviamente ele (santuário) deveria voltar para
Aquele legítimo dono; que é Jesus Cristo. Logicamente se eu sou dono de uma
empresa, e vem alguém, e se apossa dela, que não é proprietário desta, por não
ser o legal dono, teria que eu restituir de volta a minha função de
proprietário de novo.
Foi por esse
motivo que o texto nos diz: “E o santuário será purificado”, deixando o santuário
terrestre (do papado) de um suposto-dono, para um original dono, que é Jesus
Cristo (no santuário celestial). E essa purificação deveria haver um tempo
específico a qual é apresentado ao anjo em conversa: “Até duas mil e trezentas
tardes e manhãs” isto é, 2300 anos.
Segundo o
Dr. Ruy Cesar Silveira, “A visão aqui, abrange os períodos do ‘Carneiro’, do ‘Bode’
e do ‘Chifre Pequeno’, segundo o original hebraico; e não ser refere somente a
partir do ‘chifre Pequeno’ (ou Ponta Pequena), como atualmente aparece nas
falsas interpretações, colocando Antíoco Epífanes como o ‘Chifre Pequeno’ de
Daniel 8.9 (V. obs. 9b)”.
“O texto
refere-se ao Papado como estabelecendo a ‘transgressão assoladora’, ou a
‘transgressão causando horror’ [V. obs. 10b]’. O espantoso horror da Inquisição
está aqui certamente incluído. A expressão acima pode referir-se a ‘ambos os
sistemas’ – Pagão e Papal de religião falsa, em conflito com a religião de Deus”.
(B.C., vol. 4, pág. 843).
Jesus
referindo-se a grande tribulação que ocorreria disse: “Quando, pois, virdes o
abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê
entenda), então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes; quem estiver
no campo não volte atrás para buscar a sua capa” (Mateus 24.15-18).
Os romanos
destruíram o santuário terrestre judaico no ano 70 d.C., e Jesus disse: “Eis
que a vossa casa vos ficará deserta”. (Mateus 23.38). Perceba que este
santuário terrestre, após a morte de Jesus Cristo no ano 31 a.D. não tinha mais
sentido nenhum. Veja: “Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes de
alto a baixo; tremeu a terra, fenderam-se as rochas”. (Mateus 27.51); “Disse-lhe
Jesus: Mulher pode crer-me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em
Jerusalém adorareis o Pai”. (João 4.21); “Mas foi Salomão quem lhe edificou a
casa. Entretanto, não habita o Altíssimo em casas feitas por mãos humanas; como
diz o profeta: O céu é o Meu trono, e a terra, o estrado dos meus pés; que casa
me edificareis, diz o Senhor, ou qual é o lugar do Meu repouso?” (Atos
7.47-49); uma pequena pausa para fazer uma pequena observação ao texto de atos
perceba que a casa de Deus a qual Ele repousa ou mora é no santuário celestial
e não terrestre; porém, isso não nos dá o direito de dizer que Ele não possa habitar
na Igreja, pois diante da interpretação do texto, Ele não deixa a terra de lado
afirmando ser ela “o estrado de seus pés”, ora se estrado, é por que Ele anda
nela; visto que nós mesmos andamos nos estrados.
Jesus “penetrou além do véu
tornando sacerdote para sempre pela ordem de Melquisedeque” (Hebreus 6. 17-20).
A história nos conta que Roma Pagã levantou-se, contra o santuário terrestre,
ou seja, contra Israel Jerusalém por ter rejeitado Jesus Cristo como messias e
o matado. Diz a profecia: “Mas, se não obedecerem, e não guardarem o sábado
como dia sagrado, e se nesse dia carregarem cargas para dentro dos portões da
cidade, então eu porei fogo nesses portões. O fogo destruirá os Palácios de
Jerusalém, e ninguém poderá apagá-lo”. (Jeremias 17.27).
Agora veja a comparação
à parábola das bodas que Jesus apresenta: “O rei irado e, enviando as suas
tropas, exterminou aqueles assassinos e lhes incendiou a cidade”. (Mateus 22.7).
Surge agora
Roma Papal levantando-se “contra o Príncipe dos príncipes”. (Daniel 8.25). Não
esqueça estamos no contexto de Daniel 8, temos que dá prosseguimento ao
assunto. “Por suas astúcias nos seus empreendimentos, fará prosperar o engano,
no seu coração se engrandecerá e destruirá a muitos que vivem”. (Daniel 8.25
Bíblia 1993). “... e matará muitas pessoas à traição. Finalmente ele [Papa]
desafiará a Deus, o Rei dos reis [Jesus Cristo], mas será destruído sem o uso
de força humana”. (Daniel 8.25 Bíblia NTLH).
Fazendo um
paralelo com Apocalipse 13.6 vemos: “E abriu a boca em blasfêmias contra Deus,
para lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no céu”.
Os defensores da doutrina do Papado, não consegue perceber o singular no texto:
“Abriu a boca”, e não abriram às bocas. Embora sabermos o sistema geral na
influência do comando, o líder é o principal no assunto, como o Cristo o é, e
não somente seu governo.
“Abriu-se,
então, o santuário de Deus, que se acha no céu...” (Apocalipse 11.19 Bíblia 1956).
Temos que entender que toda visão, desde o “Carneiro” – a Medo Pérsia, até o
reinado do Papado que é o “Chifre Pequeno” entende-se como os dois santuários:
Terrestre e Celestial que foi apresentado a Daniel é para “o tempo do fim”. (Daniel
8.17). A profecia diz: “E disse: Eis que te farei saber o que há de acontecer
no último tempo da ira, porque esta visão ser refere ao TEMPO DETERMINADO DO
FIM”. (Daniel 8.19 Bíblia 1956).
Concluindo: “o
exército”, como vimos, é “o povo santo” que fora perseguido por Roma Papal e
Pagã (Daniel 7.21,25; 8.24); vimos à destruição do templo terrestre com a
invasão de Tito no ano 70d. C. E que “a verdade foi jogada por terra e pisada
pelos pés” (Daniel 8.11). E o “santuário” em Daniel 8.13 pode referir-se tanto
no original hebraico qõdes´ Terrestre como Celestial, o “alicerce” deste
santuário seria jogado por terra, e haveria de ser levantado, para ser colocado
no seu devido lugar e com o seu real regente, Jesus Cristo. (G).
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