“Em verdade
em verdade vos digo: ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo.”
(João 3.3).
O homem é o
único ser capaz de ser transformado. Ou seja, ter uma renovação de vida. Porque
a alma do homem pode está morta, e ser restaurada. O homem tem habilidade de
mudança entre todos os outros seres nascidos de carne, uma mudança espiritual.
Os animais
se movem, andam, comem etc., porém, tratando-se de renovação de vida espiritual
isso é impossível nos seres irracionais.
Sabemos e
admitimos que o homem seja formado de corpo e alma, numa ordem sobrenatural
transcendente, de dentro para fora.
Tanto às
plantas como todos os seres jazem e estão em contatos com seu meio, mas podem
morrer. Assim é a alma, uma vez morta o corpo fica como zumbis.
Alma precisa
inclinar-se a perfeição, e isso só se pode alcançar quando unir-se a Deus, que
juntos poderão melhorar a personalidade.
A imperfeição
é um fator destrutivo na vida, porque o espírito passa a deixar de ter o
conhecimento em si próprio.
O músico
pode tocar sem seu instrumento, mesmo que esse seja uma simples peça? O Astrônomo
pode investigar os céus sem o telescópio? Muitos homens estão satisfeitos com
seus negócios, seus desejos, sua psicologia, sua filosofia etc. Entram a todo
custo no mundo em crer nas suas vidas, mas esquecem da sua fé.
Tais indivíduos
ver parte do ambiente e não ver a parte do todo. Podemos olhar um imóvel por
fora, e não ver o que se tem por dentro. Ex. Os quartos, salas, cozinha e
banheiros.
Nossa
observação atinge vários campos, podemos ouvir o som dos passarinhos, o agitar
das águas escorrendo num rio ou descendo pela cachoeira, vemos as cores do arco-íris
e sabemos que são sete. Olhamos as flores e sentimos o perfume que transborda nos
ares. As estrelas brilham, a lua reflete a luz do sol. Tudo percebido e visto.
Porém, existem aqueles que estão mortos vivos; parecendo que nunca havia
nascido.
Pois bem,
maior que tudo isso presenciado e admitido por todos, está Deus. A psicologia e
filosofia pode não entender direito, a divindade, mas supostamente entende e
percebe toda a natureza, porque veem, ouve, sente, cheira, toca e faz uma
leitura da mesma. A beleza de tudo nos é mostrada. Mas para alguns as aspirações
e inspirações que temos não chegaram ao Deus disso tudo.
Existem
pessoas que são verdadeiros poetas, escritores, filósofos, psicólogos, médicos,
cientistas etc., mas nunca perceberam o amor verdadeiro de Deus em observar que
roda na sua volta. “Cegos ao divino”.
Jesus disse:
“Se fosses cegos, não teriam culpa, mas vendo a culpa permanece.” Culpados de
não entender o mistério revelado nas coisas presentes; culpados em não aceitar
que as cores são diferentes na natureza; culpados em não ver que há
transparência na água; culpados em não sentir o vento soprando; e culpados por
não verem Deus em tudo.
Conhecem
quando suas casas precisam ser pintadas e renovadas; sabem que os dentes estão
ficando escuro e precisam de clareamento; suas roupas já não estão na moda e querem
trocá-las por outras. O temporal é de infinita importância para os tais. Tudo,
menos o amor de Deus.
O Deus Jesus
encarnado não querem admitir porque precisam ter convicções experimentais e
tangíveis. Mas, não admitem as cores das plantas sem experimentos? Não aceita o
vento tocando nas suas orelhas e até cheiram o ar? Não cegos ao ambiente, mas
cegos para Deus.
Nós temos
uma divida não aceita para com Deus. A equação das coisas são as quantidades
que existe na natureza que nos favorecem: à água que bebemos, a areia, e a
pedra que construímos nossos imóveis, a grama que pisamos e alimentamos nossos
animais, as árvores que delas utilizamos para fazer nossos móveis, os animais
que alimentamo-nos, e sem falarmos de outras coisas. Tudo isso, um debito para
com Deus que não pagamos.
Precisamos
voltar para Aquele que nos forneceu tudo isto, a fim de nosso próprio bem
comum. A existência da nossa consciência do ego para a consciência de Deus, uma
renovação de vida e de personalidade pelo reconhecimento do seu amor, através
de Seu Filho, Jesus Cristo.
Submetido a
sua vontade e seu desejo que sabemos ser o melhor para nós, visto ter criado
todas as coisas em favorecimento a humanidade. É a visão que a alma precisa ter
em relação ao criador; onde precisamos alcançar o Seu amor em nosso caráter
para conseguirmos o amor em nós. Isso é transformação de vida; mudança de rumo.
Nossa
confusão está dentro de nós, onde o olhado, o visto, o sentido, geralmente não
é aceitável, porque não entendemos bem o transcendente. Mas, entendemos bem as
explosões estelares? Aceitamo-la como são. Conhecemos o infinito do universo? Mas
sabemos que existe o infinito, e esse é o infinito, logo não tem fim; e se não
tem fim, o que dizer do Deus que é infinito? É uma incoerência aceitar outras
coisas sem comprovações, e não aceitar Deus que comprovamos através da
natureza.
Somente Deus
pode suprir as necessidades que nos envolve a mente e o coração. Que
necessidades temos? O reconhecimento naquilo que não temos como experimentar,
porque aceitamos. O que nutre a alma não é o temporal das coisas, mas o eterno
ao tempo. Nicodemos tinha tudo, porém, não tinha nada. Queria entender como um
homem podia fazer milagres e ser homem carnal. Jesus explica-lhe, que ele
precisava nascer de novo, para entrar no Reino dos céus. Embora tendo
interpretado, como um homem poderia nascer de novo sendo adulto? O nascimento
seria nAquele que veio do alto. Ou seja, acreditar num divino homem que fizera
tudo e era percebido.
Nicodemos
reconheceu sua necessidade mesmo sendo mestre dos judeus, procurou aquele que
ouvira do povo, e que poderia dá-lhe paz. Não uma paz no mundo como muitos
imaginam ser, não, é uma paz em saber que mesmo em aflições e angustias
alcançará a vida eterna. Esse era o desejo de Nicodemos, porque sabia que mesmo
sendo mestre, haveria um lugar especial, onde não houvesse nem dor e nem
desconforto. (João 3).
O único que
pode dá a cura ao desespero das mentes: é Jesus Cristo. A alma é um campo de
batalha entre o corpo, uma luta muitas vezes injusta. Um conflito na
consciência e subconsciente do eu do ego, que não quer abandonar o temporal dos
prazeres, para o eterno do tempo.
A confusão
da mente está em conflito sempre, uma hora quer Deus, outra hora quer o mundo. É
o eu do mundo, lutando contra o eu divino. Adão tinha a divindade, não aquela
de um Deus, mas uma divindade humana. A divindade em puro conhecimento num
crescimento profundo ao verdadeiro divino.
Quando o Apóstolo
Paulo havia perseguido os cristãos, na verdade ele estava querendo agradar a
Deus de maneira errada. Quando Jesus apareceu-lhe disse: “Saulo, Saulo, por que
me persegues”? (Atos 22.7). O choque e a cegueira, o fizeram perceber que sua
forma de adoração estava totalmente errada e cegada pelo o que havia aprendido.
É meu caro amigo, às vezes e muitas vezes, nossa inclinação para o certo, está
totalmente e indiscutivelmente errada.
Temos que
irmos ao encontro de Deus para saber qual sua verdadeira vontade. Seria a
vontade de Deus que permanecemos nessa religião? Seria vontade de Deus que
devamos aceitar sem profundo estudo da Bíblia o que os teólogos nos dizem? É
certo e correto entendermos que existem teólogos sérios e respeitados e que
exercem o bem para o povo no geral. Mas, existem aqueles que suas intenções são
aproveitar-se dos coitados e oprimidos de espíritos.
A
advertência para vós é dura: “cegos, e guias de cegos, quem te fará escapar do juízo
vindouro?” “Melhor que nem tivesses nem nascidos!”, espíritos de almas não
transformadas pelo Espírito Santo. Os homens precisam do conhecimento de Deus,
porque este faz intrínsecos na sua alma, e ai, aparecem vocês enganadores,
perversos e sem escrúpulos nenhum, para enganar as almas aflitas e necessitadas
do amor de Deus? - Mais juízos enfrentarão no último dia.
A alma sente
intranquila quando Deus começa a entrar na sua, porque exerce o conflito entre
o certo e o errado, e por vezes o homem entra em angústias profundas, rasgando-lhes
os sentimentos que teve com a influência do mundo, para uma nova vida. As máscaras
começam-lhes caírem dos rostos e mostram-lhes as verdadeiras faces.
Cabe o homem
aceitar ou rejeitar esse entrar na alma, que muitas vezes dize-lhes aos ouvidos
com vozes suaves, Santo Agostinho conta a história de um homem que não quis ouvir
o clamor na alma:
“Tal foi à
história de Ponciano; mas tu, ó Senhor, enquanto ele estava falando, fizeste-me
voltar para mim mesmo, tirando-me de trás de minhas costas onde eu me havia
colocado, não querendo observar a mim mesmo; e colocando-me diante de meu rosto
para que eu pudesse ver quão manchado e ulcerado. E eu me contemplei e fiquei
horrorizado; e para onde escapar de mim mesmo não descobri. E se eu buscava
desviar meus olhos de mim mesmo, continuavam eles a ver e tu de novo me
colocaste contra mim mesmo e me lançaste diante de meus olhos para que eu
pudesse descobrir a minha iniquidade e odiá-la. Eu a tinha conhecido, mas
fizera como se não a visse, fiz sinal para ela e esqueci-a.” (The
confessions of St. Augustine, pág. 149, Peter Pauper Presse, Mount Vernon, N. York).
Essa
declaração nos mostra que a alma está sempre em intrigas com o seu eu do ego, o
ego no eu, não quer se separar para um ego sem eu. Muitas pessoas querem viver
no ego do eu, para ter tranquilidade no espírito, mas se esquecem de que
somente o espiritual pode desenvolver seu espirito perturbado. O divino retira
sempre o eu para o teu. Isso se chama amor ao próximo.
Não se pode
ter um coração transformado pensando somente em si, não, não se pode. O próprio
Deus não pensou em si, dando seu Filho em favor de nós. (João 3.16). É muito comum retratarmos aos outros, nossos desejos que temos nossas vontades
que muitas vezes são-nos pervertidos e não aceitamo-nos deixa-la, porque
estamos acostumados a viver de uma forma como queremos e como almejamos que
seja.
Porém, nem
tudo que queremos e almejamos é o melhor para nós. Queremos ser felizes, mas
não deixamos nossos pecadinhos acariciados quanto escondidos; o pecadinho de
abusarmos de crianças, conhecidos hoje atualmente como pedofilia; o pecadinho
da paquera mesmo sendo casados; o pecadinho da mentira, dita branca, a fim de
nos ajudar em algo; o pecadinho de nos acharmos dignos e outros indignos etc.
são estes e não outros que se não abandonarmos não alcançaremos santificação,
mesmo que essa leve uma vida inteira.
A mudança de
vida não é para depois, pois, o depois pode ser agora. Jesus pode voltar a
qualquer instante ou momento. E sabemos caros amigos, que a tortura do pecado
nos afeta a alma por isso, pedimos encarecidamente que os abandone. Se você
anda num parque e sem querer pisa num espinho a qual te incomoda, você deixá-lo-ia
ficar incomodando- lhe em dor? Claro que não! Então, e porque não tira o pecado
que te angustia a vida, para tu tenhas uma suposta paz? Duvido que tu deixarias
os espinhos te perturbarem com dores por muito tempo.
Conclusão
O vago que
alma quer ser preenchida, mesmo que para alguns achem não necessário fazê-la,
faz-se necessário ser abundante por Aquele que quer mudar teu rumo, como o fez
em Paulo.
O homem não
pode e não tem como ser bom por completo, sem o divino, porque a bondade não
está somente em trazer as coisas necessárias para os outros, mas trazer o
desconhecido para dentro de nós. E quando o desconhecido entra, já faz conhecido,
por sua atuação em nós.
A submissão
a Cristo muda nosso eu e o necessário passa ser Ele. A nossa culpa no sentido de não estarmos com
Ele, já não existe porque aceitamo-lo. A uma esfera moral onde o erro ou a falha
muitas vezes não nos é percebido, porque não atingimos o conhecimento
necessário, visto não saber o conhecimento metafísico.
Pensamos conhecer, como
Nicodemos achava que conhecia. E quando teve oportunidade, qual foi à primeira
coisa que fez, não foi conhecer a Jesus Cristo? Reconheceu que falta-lhe algo
na alma. O desconhecido causou-lhe um conflito no seu eu, que o trouxe a querer
saber o que lhe faltava. E foi-lhe dito: “Importa nascer de novo”. Amém!
[Galhardo].
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A verdade é doce, porém doe. A abelha produz mel que é gostoso ao paladar, mas sua picada causa dor.