domingo, 23 de agosto de 2015

O tatu quer sair do buraco, mas suas escolhas não deixam.


"E, não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o telhado onde estava, e, fazendo um buraco, baixaram o leito em que jazia o paralítico". Marcos 2:4.
O paralítico só foi curado, porque passou pelo buraco e saiu ao encontro de Jesus Cristo.


O tatu vive num buraco escondido, muitas vezes sai para comer e logo volta para sua toca. Não consegue vê a beleza que está em seu redor. 

Nem passa pela sua cabeça que existem outros lugares para ser explorados.

Para ele, é impossível perceber a profundidade não dos buracos, mas do universo.

Se conseguir-se olhar para cima veria e poderia dizer – Deus, como são maravilhosas, tuas obras!

Conquanto todos saibam que seja um animal, podemos compará-lo com alguns seres humanos.

O Deus de algumas pessoas está preso em buracos.

Buraco que não se estende além do seu mundo.

Buraco pela falta de lógica, quando sola prova lama e barro escuro.
Buraco do não descobrir que existe um mundo lá fora.

Gerir para esse tipo de tatu que seus sentidos, suas emoções e sua forma de viver não condizem com a mais pura realidade, é quase impossível.

Queremos leva-los ao descobrir, tirá-lo da toca, dos buracos da vida que lhe levaram e os fizeram presos.

Considerando que quase tudo fica velho, o que parece importante hoje, amanhã não terá mais importância para o velho – o velho de idade, quase não sente as necessidades que hoje sentimos.

Tudo para ele parece banal, pois não foi só porque ficou com a idade avançada, mas porque soube, entendeu e adquiriu sabedoria para saber que aquilo que outrora fizera, não passa de pura ignorância.

Se ele pudesse, quereria esquecer o resultado de andar em certos tipos de furos.

Embora fosse jovem, e não percebeu que um dia ficaria velho, e ao que parece não se soube que tatu envelhece, não ligou e continuou com seus desvios, e, portanto, chegou o dia.

É normal ter disposição quando jovem, e está animado, contente e parece que tudo é um mar de rosas; mas quando tatu, o escuro parece bonito, e a lama gostosa uma vez que sente que escorregar-se nela, é divertido.

Não é porque, não conhece, é porque o anormal é aventuroso. Sem se dá credito que o mundo envia para todos, mudanças – sejam essas, mortes, defeitos físicos, trabalhos etc., ele entra o mais profundo que possa alcançar no antro.

Não é de admirar que a vida, para nós, limita-se em fazer. Temos uma mentalidade em olhar as principais coisas que nos cercam. Em teoria, conhecemos as coisas da igreja; da fé; e do amor; mas confundimos, porque nosso ideal é nos mostrar conscienciosos com tudo.

Se quisermos fazer algo que nos traga prazer, não vemos nenhuma dificuldade em fazer por mais que seja difícil fazê-lo; pois nos esforçamos ao máximo.

Começamos com os planos na mente, e adentramos na realização, a fim de alcançar nossos objetivos. Daí o horizonte é gigante em realizar.

Quando alguém quer ir numa festa importante, porém, não tem o ingresso de entrada, fala, liga, entra em contatos com os amigos com o fim de adquiri-lo de todo jeito.

O tatu ai sabe que se não pode ir somente em direção reta, pois não alcançará nada.

Ele sente o cheiro do que quer, mas como é tatu ainda permanece no buraco com medo do que há lá no horizonte.

Começamos vivendo como queremos a pensar que o importante não seja as necessidades dos outros, muitos mais as nossas satisfações é o que importa.

Vivemos numa mundo ilusório, do imaginável, de puras aparências fora da realidade, isto é, os outros têm que nos notar.

Então os que alguns fazem, devemos fazê-los também. O tatu tem companhia. Não consegue ficar sem tomar a vacina dos prazeres que a vida lhe oferece.

Ele esquece que as realidades perdurarão por uma vida inteira. A injeção do prazer passa, e volta à doença.

A satisfação no beber na noite é muito boa, mas quando chega pela manhã, que dor de cabeça.

O tatu saiu da toca, mas foi perseguido pelas suas escolhas.

Seu corpo sente suas aventuras com o passar do tempo.

Sabe que não pode continuar, mas o que dizer uma vez que está acostumado viver nos buracos.

Ele sabe que não há espaço se não cavar. Está cansado com as experiências, e reflete no assunto, contudo, pensa – o que dirão meus amigos tatus se eu mudar?

Eu nasci tatu e vou morrer sendo tatu, pois uma vez tatu, sempre tatu.
O tatu se acostumou a viver dentro do buraco, e o universo parece pequeno demais para ele.

É certo que tatu não pode voar, mas ninguém nunca pode afirmar que ele não possa sair do buraco que se encontra.

Para ele é ser incrédulo. Crer somente que vive no gozo da vida, num espaço sem sentido e num esconderijo do seu eu – ego exclusivista mascarado pelos defeitos.

Seu suspiro é somente o ar que respira na neblina do fedor da terra.

E como parece bom esse cheiro do prazer! Usa a desculpa para tudo para não sair da cova, pois encontra lá os cadáveres.
O comer o podre, parece-lhe bom e agradável. Nunca
 saiu, nunca quis mudar sua situação. Então a carne putrefata, lhe parece ótima.

Quando se está doente, o que uma pessoa mais quer, é a cura. O enfermo acredita com todas as suas forças que pode chegar ao restabelecimento.

Se ele pudesse, e tivesse dinheiro para isso, não deixaria de empregar todos os esforços a fim de se curar.

Seu gozo aqui está direcionado num único objetivo: quero sair desse estado de morte.

Por quê? Sabe que irá onde estão todos quando morrem (cemitério), num buraco profundo.

Agora consegue vê com mais clarezas, que suas necessidades que antes eram parecia serem boas, não faz mais sentido se morrer.

Decide: não posso ficar assim desse jeito, pois minha vida está um caos, e sei que meu corpo irá desfazer-se.

Com um raciocínio lógico e definitivo, sai do buraco e olha para cima. Vê o céu, e, passa a acreditar – eu posso sair desta terra, e me elevar-se para uma nova vida digna.

- Não quero permanecer sendo tatu pelas escolhas dos outros, eu sou livre para ser descente, tenho caráter, sou eu, posso me enxergar que meu corpo não é outro – sou homem, não sou mulher, sou mulher e não sou homem – oh que maravilha! Exclama: “Venci, meu eu!”. [G].













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