Introdução
O nome Malaquias em
hebraico מלאכי (malachi), que quer dizer “o meu mensageiro”. Depois de o templo
ter sido reconstruído em Jerusalém (mais ou menos 515-450 a.C.), o profeta veio
para advertir o povo de Judá que não estava obedecendo às leis de Deus.
Que leis eram que o
povo não estava obedecendo? Estava condenando que os sacerdotes eram infiéis
por permitir no meio do Seu povo o casamento com mulheres estrangeiras e
infidelidade conjugal. Além dos roubos dos dízimos e das ofertas.
O Livro de Malaquias é um livro profético que faz
descrições que mostram a necessidade de reformas antes da vinda do Messias. Por ser um livro curto e de acordo com
a catalogação, Malaquias é o último dos profetas menores, tendo sido escrito por
volta do ano 430
a.C., sendo que o seu nome não é citado em mais nenhum livro da Bíblia.
O profeta Malaquias
foi contemporâneo de Esdras e Neemias,
no período após o exílio do povo judeu na Babilônia em
que os muros de Jerusalém tinham sido já reconstruídos em 445
a.C., sendo necessário conduzir os israelitas da apatia religiosa
aos princípios da lei mosaica.
Os temas tratados na
obra seriam o amor de Deus,
o pecado dos sacerdotes, o pecado do povo e a vinda do Senhor.
Nas últimas linhas
deste livro do Antigo Testamento bíblico, vemos uma exortação de Deus
às famílias: "converter o coração dos pais aos filhos e dos filhos aos
seus pais". No término do livro de Malaquias convida-se ao arrependimento
da família como alicerce da sociedade.
Outro tema tratado no
livro de Malaquias refere-se às ofertas e aos dízimos,
nos versos de 7 a 12 do capítulo 3, passagem esta que é muito utilizada com o
objetivo de se justificar com amparo bíblico a contribuição da décima parte das
rendas dos fiéis de uma organização religiosa. (wikipédia).
Embora o dízimo tenha
sido reconhecido desde a época de Moisés,
nos dias de Malaquias os sacerdotes do templo recolhiam as ofertas e não
repassavam para os levitas, para que eles pudessem utilizá-las para cuidar dos
próprios levitas, dos órfãos, das viúvas e viajantes. E isso fez com que o
profeta (Malaquias) iniciasse uma advertência a todos sobre o roubo do dízimo:
"Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação
toda." (Malaquias 3:9).
A nação que Deus estava repreendendo era Israel, ou seja, os
descendentes de Jacó. Ele era amado por Deus; quanto Esaú, sobre descendência
Deus odiou (edomitas) (1.3). Odiar significava não o havia escolhido.
Veja que já no Primeiro Capítulo de Malaquias diz: “Esta é a
mensagem que o Senhor Deus mandou Malaquias entregar ao povo de Israel...”.
Portanto, a mensagem é exclusiva a nação de Israel, para mim,
muito claro isso!
Agora do verso 6 em diante, percebemos que Deus queria guiar
o povo no caminho certo; e orienta os sacerdotes que estavam desprezando a
aliança que havia feita sobre como deveriam oferecer os sacrifícios de animais,
para não trazer animais impuros. E não estavam obedecendo e com isso, estavam
ofendendo a Deus.
Os animais que traziam, estavam cegos, aleijados ou doentes
(8), como também defeituosos (14). E esta forma de oferecimento já tivera sido
proibido por Deus: “... quando um Israelita ou um estrangeiro que vive no meio
do povo apresentar em sacrifício ao Senhor Deus um animal que vai ser
completamente queimado, seja para pagar uma promessa, seja uma oferta feita por
vontade própria, O ANIMAL DEVERÁ SER UM
MACHO SEM DEFEITO. Assim, a oferta será aceita. O animal poderá ser um
touro ou um carneiro ou um bode, MAS
DEVERÁ SER SEM DEFEITO. Se um animal defeituoso for
oferecido, Deus não ACEITARÁ A OFERTA. (Levítico
22.19 e 20).
Portanto, Deus estava repreendendo-os por trazerem essas
ofertas de ANIMAIS DEFEITUOSOS. E
não outra coisa, como alguns pretendem pretensiosamente colocar.
Observe agora que Deus no verso 11, alega que os que o
Adoraram no mundo todo, oferecem, SACRIFÍCIOS
PUROS. Ou seja, animais puros. “Então terás prazer em receber
os sacrifícios certos e os ANIMAIS que são totalmente queimados. E touros novos
serão oferecidos no teu altar.” (Salmo 51.19).
É impossível não aceitar que não seja animais aqui neste
capítulo. O contexto refuta aqueles que não aceitam essa honraria a Deus.
Quando Deus mostra o fogo aqui no contexto, referisse
justamente o extinguir a oferta queimando-a definitivamente, e aceitando-a como
cheiro suave, porque essa representava Seu Filho que um dia ia ser extinto
(morto) na Cruz do Calvário.
O castigo dos sacerdotes que nos são apresentados sobre
maldição de Deus, neles, era porque não estavam sendo cumpridores do que seus
avôs, Arão e Levi haviam determinado quanto Deus os ordenou que fizesse. “Eram
estes os descendentes de Arão e de Moisés no tempo em que o Senhor falou com
Moisés no monte Sinai. Os nomes dos filhos de Arão são os seguintes: Nadabe, o
mais velho; depois Abiu; Eleazar e Itamar. Eles foram ungidos e ordenados para
servir como sacerdotes. Porém Nadabe e Abiú foram mortos quando, no deserto do
Sinai, estavam oferecendo a Deus, o Senhor, fogo que não era sagrado (fogo
estranho). Eles não tinham filhos, e por isso Eleazar e Itamar serviu como
sacerdotes durante a vida de Arão.” (Números 3.1-4).
Foi da descendência desses dois filhos de Arão que exerceram
o sacerdócio do templo, bem como os netos de Levi também. Assim, fica mais que
evidente que eles quebraram a aliança, quando ofereceram oferendas impuras a
Deus. “– Na aliança que fiz com eles [descendentes
de Arão e Levi]...” (2.4 e 5).
Ainda para piorar as coisas, eles, o povo de Judá e Israel,
casaram-se com mulheres que ofereciam sacrifícios a ídolos pagãos. Coisa que
era proibida por Deus. Por isso que Deus não aceitava mais suas oferendas de
sacrifícios. (Ml 1.10).
Quando o livro de Malaquias apresenta a mulher como esposa
nos versos 14 e 15 do capítulo 2, não estão falando somente no sentido literal,
mas simbólico; porque a esposa de Deus era Israel e ela divorciasse e agora
casa com os povos que adoraram deuses pagãos; e passa a oferecer sacrifícios
estranhos.
Neste contexto de todos os capítulos, Deus agora ver-se
obrigado a mostrar seus juízos divinos, a fim de castiga-los, aqueles que rejeitam
suas ordens. E quer purificar de novo os sacerdotes para que venham oferendar
os sacrifícios de forma perfeita. (3.3).
“Então as ofertas trazidas pelo povo de Judá e pelos MORADORES DE JERUSALÉM (israelistas),
agradarão a Deus, como aconteceu nos tempos passados.” (Malaquias 3.4).
Ai vem no contexto, sua advertência, que Ele não muda e por
isso não destrói a descendência de Jacó. Porém, alega que estão roubando-lhe
nos dízimos e ofertas, que é a décima parte das colheitas e dos animais que
eram oferecidos a Deus, de acordo como mandava a Lei de Moisés.
Veja: “A décima parte das colheitas, tanto dos cereais como das
frutas, pertence a Deus, o Senhor, e será dada a Ele. Se o dono
quiser tornar a comprar alguma porção dessa décima parte, pagará o preço
marcado, mais um quinto.” (Levítico 27.30 e 31), mas não termina ai...
Note: “O Senhor disse: - Eu dou aos LEVITAS todos os dízimos que o povo de Israel me oferece. Isso é o
pagamento pelo serviço de cuidar da Tenda Sagrada... Mas os LEVITAS farão o trabalho da Tenda e serão
responsáveis pelos erros que cometerem; essa lei é para sempre e valerá também
para os seus descendentes. Os LEVITAS
não terão nenhuma propriedade em Israel, pois Eu lhes dei, para serem
propriedades deles, os DÍZIMOS que os israelitas me apresentam como oferta
especial. Foi por isso que Eu lhes disse que não teriam propriedades em Israel.”
(Números 18.21 a 24).
1)
Existem
levitas hoje, para que possam usar os dízimos (cereais e frutas), como alimentos?
Talvez?
2)
Os
levitas deveriam fazer o trabalho na Tenda Sagrada, que trabalho era esse? Seria
todo ritual cerimonial?
3)
Não
poderiam ter propriedades nenhuma, e a oferta deveria ser sua propriedade em
Israel?
O contexto nos mostra que há algo errado hoje, quando
apresentam Malaquias para assentir a sustentação ao argumento que deva dá o
dízimo dentro do livro. Coisa que não é verdade!
Mas o que realmente estava acontecendo com os israelitas que
Deus condenava-os que estavam roubando-Lhe?
O povo estava preocupado, e não levava os dízimos, sua
comida, cereais
e frutas, porque achavam que pudessem acabar ou faltar, como bem
trata a Bíblia no livro de Ageu 1. 1-11.
Agora perceba concretamente o que diz as Escrituras Sagradas:
“Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja MANTIMENTO na minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor
dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós
benção sem medida.” (Malaquias 3.10).
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