Diferente
O enriquecimento ilícito quando se constrói uma
determinada instituição religiosa, é uma das causas, mas controvérsia que existe
no nosso meio.
Pregar o evangelho e constituir fortuna em
cima do mesmo destrói qualquer credibilidade daquele que fundou sua
denominação, uma vez que a intenção é de salvação e não de riqueza.
Não tem como se dizer, sou homem de Deus
mostrando que ficou rico em cima dos dízimos e das ofertas dos irmãos.
Ademais, em nenhum lugar na Bíblia é
encontrado que os homens trabalhavam na causa do evangelho e ficar-se rico.
O próprio Jesus condenou a riqueza desse
mundo: “Mas os cuidados deste mundo,
e os enganos das riquezas e as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a
palavra, e fica infrutífera”. (Marcos 4:19).
Embora possamos entender que
o homem possa adquirir riquezas através do seu trabalho etc., isso não pode
ocorrer em cima da pregação da palavra de Deus.
Existem várias pessoas com
problemas financeiros dentro das suas próprias igrejas, e os pregadores se beneficiando
daqueles que com sacrifício e suor ganham seu pão a cada dia.
E não me venha dizer que,
tem algo errado com eles, pois necessitam devolver o dízimo, uma vez que a
palavra de Deus não impõe tal condição nos seus escritos.
Se isso fosse verdade, por
que muitos cristãos morrem na causa do evangelho? Cadê o cuidado relatado em
Malaquias 3?
- Isso é uma prova que tá
mal interpretado o contexto do mesmo!
Não estou querendo tirar a
ajuda que toda instituição precise para sobreviver, não, mas observar as
condições que alguns vivem dentro desta, e outros não.
Ah, mas você diz – eu lutei
para chegar onde estou! Pois bem, entendo que realmente alguns conseguiram com
seus esforços, lutas, determinação e estudo, alcançar vitória; mas isso não ti
dar o direito de usufruir aquilo que não ti pertence.
Qual maior direito está em
um filho de um pastor estudar com regalias num colégio da instituição, e o
filho do irmão que dizima não ter a mesma?
Ainda mais, o que disse
Isaías com relação os órfãos e as viúvas? “Aprendei
a fazer bem; procurai o que é justo; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão;
tratai da causa das viúvas.” (Isaías 1:17).
Agora vamos pensar um pouco
mais: Se uma mulher fica grávida por ter casado e o marido deixando-a ou até
mesmo por ter se relacionado com um homem, e ficou sozinha lutando para criar
seus filhos, não poderia ela e seus filhos ser tratados como umas viúvas e como
órfãos de pai?
Entretanto, não é isso que
vemos hoje nos nossos dias, aliás, pouco se vê com as próprias viúvas e órfãos.
O que acontece é que cada um de nós queremos
vê nosso umbigo, se ele tá sujo ou se tá limpo.
E queremos pregar, queremos
alcançar alvo de batismo, mas cadê a verdadeira prática na vida?
O resultado é o seguinte:
quanto mais, melhor, pois se as igrejas estão cheias, mas dinheiro corre,
contudo, seria essa prática adequada sabendo que alguns vivem em dificuldade e
outros no luxo?
Não parece hipocrisia dizer
que tá realmente pregando o evangelho construindo igrejas luxuosas com milhões
de reais, vinda do bolso do coitado do irmão?
Também não concordo com
doações absurdas por alguns irmãos, e que dizem estarem ajudando a causa de Deus,
doando milhões para se construírem templos faraônicos e deixando de ajudar o
necessitado.
“A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta:
Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção
do mundo.” (Tiago 1:27).
E por incrível que possa
parecer, ainda depois de recolherem o dízimo e as ofertas, ainda pedem ajuda
para construírem mais igrejas? Para onde vai todo o arrecadamento de todas as
contribuições?
Se quiserem usar o texto de
Malaquias, então siga ao pé da letra: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para
que haja mantimento na minha casa, e
depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos
abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não
haja lugar suficiente para a recolherdes.” (Malaquias 3.10).
Aqui não estou querendo demonstrar que não se deva
doar, não, estou só apresentando as falhas diante da incoerência que alguns
vivem.
Alguns poderiam pensar: mas esses que não estão sendo
ajudados porque não estão em conformidade com a igreja, portanto não podemos
fazer nada! Mas isso é um absurdo se tratando de cristianismo, pois o mesmo intrínseco
prega a amar.
Veja isso:
“E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um
de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e
recebereis o dom do Espírito Santo;
E com muitas outras palavras isto testificava, e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa.
De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas,
¶ E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.
E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.
E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.
E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,
Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar”. (Atos 2:38-47).
Então, diante dos fatos e das evidências, o que podemos
concluir é, nos falta muito para sermos chamados de cristãos; e, portanto, não estamos andando em conformidade com que o evangelho nos pede. [G].
http://igrejaremanescente-igrejaremanescente.blogspot.com.br/
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P.Galhardo.
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