quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Como Se Faz Um Profeta?


Por muito tempo tenho observado que muitos dos pastores almejam serem profetas. Mas seria um pastor um profeta? É bom dizer que o apóstolo Paulo na sua carta aos coríntios afirma que, “nem todos são apóstolos, ou profetas, ou mestres. Nem todos têm o dom de fazer milagres.” (I Coríntios 1229). Portanto, o texto de Paulo, já deixa essa bem clara, e sem sombra de dúvidas que, nem todos podem ser profetas.

Entendemos que um profeta ele precisa em primeiro lugar, ser reconhecido por Deus, como profeta. Ele não pode ser profeta por sua própria vontade.

Quando Deus escolheu Abraão para ser pai de uma grande descendência, ele sabia que ele poderia ser profeta, pois quando Abimeleque rei de Gerar tomou sua mulher Sara para ser uma das suas concubinas, Deus o apareceu em sonho, e pediu que ele o devolver-se porque ele era marido dela, e como Ele era profeta oraria por ele para que não morrer-se. (Gênesis 20.7).

Deus não escolhera Abraão de qualquer forma, não, pois Deus sabia que ele iria resistir a uma prova muito grande, e iria vencer por causa da sua fé que tinha Nele.

Em outra ocasião escolhe Moisés, mas não sem antes fazer-lhe passar uma prova muito grande como todos conhecem que é, quando mata um servo egípcio, e foge, ficando no deserto durante 40 anos, até que Deus aparece numa sarça ardente a fim de chama-lo para profetizar contra o faraó.

Uma prova que é Deus quem faz o profeta é quando Josué tenta interpelar contra alguns jovens que estavam profetizando e chama a atenção de Moisés, e ele diz: “- Por que você está preocupado com os meus direitos, quando eu é que deveria estar? Eu gostaria que o Senhor desse o Seu Espírito a todo o seu povo e fizesse com que todos fossem profetas.” (Números 11. 29).

Embora pareça que os jovens estavam profetizando pelas suas próprias vontades - não estavam!

O próprio Deus afirma que é ele que aparece ao profeta, e fala com visões e sonhos. (12.6).

Portanto, não é só dizer, “sou um profeta”, tem que ter as credências que outrora Deus lhe deu.

Deus recomenda para que nós não devêssemos dar ouvidos a todo profeta que aparece fazendo milagres, quantas curas. (Deut. 13.1). Mas que Deus iria por a prova seu povo para ver se obedecem as suas leis e seus ensinos. (versos 3 e 4).

Um profeta em depois de ser chamado, precisa, ser um discípulo, ou seja, aquele que está disposto a ouvir a convocação de Deus, e obedecer as suas ordens.

Ele também precisa ser um aprendiz, pois está em processo de aprendizado para poder compreender bem as revelações que por muitas vezes lhe parece estranhas.

Quando o povo se encontrava em desobediência ao que Deus queria que se fizesse, obedientes, deixou-os serem presos pelos medianitas durante sete anos, mas quando achou que deveria libertá-los, chamou um profeta chamado Gideão, o menor da tribo de Manassés, e o da família mais pobre. (Juízes 6.15)
Não lhes parece engraçado, Deus não escolhe para ser seu profeta um homem de boa posição financeira, ou até mesmo de uma família que tem um nome em destaque?

Talvez seja porque ele está mais acostumado com a vida cheia de desafios, e, portanto, sabe como proceder com todos, porque reconhece, e sabe como aqueles estão passando.

Além do mais, está disposto a seguir Jesus (Deus), deixando tudo que o mundo possa lhe oferecer. (Mateus 16.24).

O maior problema nesses que se auto intitulam profetas são, querem seguir a Deus, porém, não me venha falar que tenho que devo deixar o luxo e a riqueza. E querem serem profetas? A maioria dos profetas antigos não tinha nem onde ficar direito, sofriam por várias circunstâncias, pois seu chamado era para está pronto a fim de advertir o povo, então, às vezes não podia fazer sua própria vontade, mas Daquele que o escolhera para tal desígnio.

Entendemos que quando Deus pediu para que Saul matar-se todos os amalequistas, ele não quis obedecer ao profeta, e, por isso, perdeu seu reino. Talvez por não acreditar literalmente que o profeta Samuel não tinha ouvido mesmo a voz de Deus, ou porque sua ambição, pois já era rei, e, portanto, poderia fazer o que bem lhe aprouve.

Tá ai o erro de muitos, não querer atender a ordem de Deus através de seu profeta, porém, nem todos são profetas verdadeiros.

O caso de Davi retrata muito bem isso, era rei, e achava que poderia fazer suas próprias escolhas, e como tal, também desobedecer a um dos mandamentos de Deus (não adulterarás).

Tal foi sua decepção quando o profeta Natã veio para abrir-lhe os olhos que por arrogância já estavam fechados. (2Samuel 121).

Esse é o grande problema da atualidade, achar que pode fazer o que bem acha que deve ser feito, e muito mais, aqueles que supostamente fazem-se de profetas, e não escutam o verdadeiro profeta, e planejam prendê-lo. (I Reis 13.8).

Contudo, a ordem de Deus é, “não maltratem os meus profetas” (2 Crônicas 16.22).

Porque ele pode trazer a cura, como aconteceu com Naamã, que foi curado, e não somente a ele, mas a todos. (Lucas 4.27).

Contudo, o profeta não profetiza mentira, pois reconhece que pode fazer o certo (cura). (2 Reis 5.8).

E mesmo ter a possibilidade de curar os outros, não parece estranho um profeta ter que ir até uma cidade, para salvar uma viúva, e ele mesmo nem ter comida direito? Isso não nos mostra que Deus escolhe pessoas com dificuldades?

Será que Deus não está preocupado que seu profeta tenha dinheiro ou posição social? Por outro lado, ele quer que somente através do que o profeta tenha para dizer, ser reconhecido?

Entretanto, ao que parecem hoje, muitos que alegam possuir o dom de profetizar, estão em grandes posições financeiras, e abastadas do bom e do melhor.

E querem ser reconhecidos como profetas, uma vez pensam que por estarem trabalhando na causa de Deus, se acham no direito de alegarem o que bem entende pra si.

Contudo, Deus age com eles com paciência, mas contra eles falaste, porém, ficaram surdos, e Deus os castigará. (Neemias 9.30). 

“Mas há outros que também andam tontos por terem bebido muito vinho (pode ser falsa doutrina), que não podem ficar de pé por causa das bebidas (ou seja, conhecem a verdade, mas fazem irreverentes, e quanto suas profecias falsas): são os sacerdotes, os profetas, quando recebem visões de Deus, estão bêbados, e os sacerdotes também, quando julgam os casos do tribunal.” (Isaías 28. 7). Existia um conflito entre Isaias, os profetas e sacerdotes, uma vez que teimavam em ouvir a voz dum profeta simples, pois eles estavam embriagados com seus vinhos, das suas luxúrias, e, portanto, não mais ensinando corretamente. Como pode alguém embriagado ensinar verdades?

Um profeta, um homem sem condições nenhuma para falar, com aqueles cheios de orgulho, de arrogância, e poder, pois viviam no meio do que eram aos olhos deles, muito bom:

“Todos ricos e pobres, procuram ganhar dinheiro desonestamente. Até os profetas e os sacerdotes [pastores] enganam as pessoas.” (Jeremias 6.13).

Mesmo não querendo atender porque não reconhece verdadeiramente um profeta, visto estão cheios os bolsos de dinheiro, e luxo, saberão que no meio deles há um profeta.

“Tanto se derem atenção a você como se não derem, eles vão saber que um profeta, esteve no meio deles.” (Ezequiel 2.5).

Aqui Deus estava chamando a atenção do profeta para não ter medo, mesmo que eles não queiram atender o que o profeta está tentando passar, e Ele ainda coloca eles como teimosos, e como escorpiões que picam sem ninguém perceber onde estão.

Assim fica claro que, é Deus que está sempre orientando o profeta, uma vez que, alerta-o, preveniu-o, e retrata o que irá acontecer no meio dele.

Então, o profeta está sempre ou quase sempre ouvindo a voz de Deus, que muitas vezes aparece em sonhos e visões, para definir seu propósito.

Há um erro gravíssimo nas igrejas atuais, pensarem que Deus está atuando através dos pastores como profetas dele.

Veja que na época de Jesus quanto ao seu ministério que havia de vir, Deus não escolheu nenhum sacerdote na sinagoga, nem tão pouco os mestres da lei, mas um homem que vivia no deserto comendo gafanhotos e mel. “A voz que clama no deserto”, João Batista, a fim de anunciar o messias.

Uma coisa também interessante, é que nem todos os profetas eram profetas de escolas, mas escolhido pelo próprio Deus (Amós 7.14).

Embora possamos admitir que na comissão de levar a mensagem de salvação, todos aqueles que aceitam Jesus, estão com o Espírito de Deus, isso não quer dizer, serem profetas, uma vez que já apresentamos todos os atributos dos tais.
Veja que Jesus disse que haveria de ter profetas falsos que tentariam enganar o povo de Deus. (Mateus 7.15).

Conclusão

Estamos vivendo os últimos dias da história desse mundo, num futuro próximo, o fim chegará, e não tardará; então, devemos termos cuidado com esses que se adentram nas igrejas intitulando-se profetas de Deus.

E que tudo que está acontecendo, diz que foi Deus que havia lhe dito que seria desse jeito. Contudo, muitas das suas supostas profecias, não são concretizadas.

Ademais, o que me parece óbvio é está querendo mostrar para sua igreja que entre eles, há um profeta, mas cadê o cumprimento desta profecia se concretizando?

Como foi apresentado, que muitos, e se não digo todos, eram homens simples, sem condições financeiras, lavradores, agricultores, servos, etc.

Eram homens que foram tratados como aqueles que poderiam trazer o mundo contemporâneo ao que estava acontecendo de errado, para corrigir, e ficarem alerta, que é Deus o soberano de tudo, e sem Ele, os homens estarão perdidos.

Homens como Abraão que deixou tudo para uma nova terra; Jacó o pai fiel entre os filhos perversos; Moisés entre o Egito e o deserto; Elias que morava em cavernas, o rei Acabe e Jezabel; Eliseu que tinha de um único bem, uma capa e o poder do Espírito; Ester diante da salvação de um povo; Jeremias que vivia clamando dia e noite num buraco; Daniel, preso, cativo e angustiado; Ezequiel no meio daqueles que zombavam; Jonas o pregador num reino mal; João Batista entre a pregação no deserto, Herodes e Herodias; etc., todos sem exceção ao parece não estavam de bem com a vida, não estavam sobre o luxo e a riqueza, embora alguns viviam no meio dos reinos, mas lembre-se, sempre angustiados.

Homens que eram considerados, como indignos, e rejeitados, mas homens escolhido por Deus para levar uma mensagem ao mundo; uma advertência que o que estavam fazendo, não estava agradando a Deus. Assim eram os profetas verdadeiros, e assim serão! [G].























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