O que nos
interessa é o fato que Jesus Cristo existiu, e, portanto, é Nele que estamos
seguros.
Mais ainda
serão as provas apresentadas.
Diante da
história surge Jesus Cristo proclamando-se o Legado Divino, o Filho de Deus.
Diante da
história surge Jesus Cristo selando suas afirmações com a autenticidade dos
selos privativos e infalsificações de Deus: os milagres.
Se se
procedesse com Jesus Cristo como geralmente se procede com os personagens que a
história nos mostra, teríamos de acordo com a ciência e a crítica escrupulosa,
o conceito exato da pessoa de Jesus Cristo, como se afirma a personalidade de
Cícero, Tucídides, Heródoto...
Os pensadores... Imagens web
Os pensadores... Imagens web
Mas não é em
vão que, atualmente, em Psicologia e Psiquiatria, considera-se como ponto de
vital interesse o influxo da afetividade na lógica; o influxo da afetividade na
vontade.
Nos
problemas históricos comuns estão ausentes as cargas afetivas. Por isso é fácil
ser lógico, sem que a vontade se desvie.
No problema
de Jesus Cristo, entretanto, existem, no máximo da intensidade, grandes cargas
afetivas. As fobias, repugnâncias afetivas à doutrina de Jesus Cristo e suas
consequências práticas, são de tamanhas violências, que chegam não só a anular
e a cegar a inteligência como a abater a vontade.
Senhores
amigos, antes de entrar no tema desta escrita, uma reflexão exigente.
Poderíamos
avaliar o poder de intensidade da luz dum farol quando, apesar de mergulhado na
mais espessa névoa, suas cintilações são vistas de grande distância.
Densíssimas
são as névoas afetivas e de preocupações apriorísticas diante das cintilações
da pessoa de Jesus Cristo. As mais densas que existem na humanidade.
Em torno
dessa luz colocou-se tudo quanto de ódio e de paixão existe no mundo; mas,
senhores, se apesar de toda essa cerração da inteligência, ainda se percebem cintilações
de luz intensa, podemos descobrir o poder intrínseco da luz que Jesus Cristo
encerra.
Amigos,
vejamos agora o que sabem sobre Jesus Cisto os que abertamente negam ser ele
Filho de Deus, mas que, obrigados pela ciência, não podem deixar de admitir inegável valor histórico às
fontes de seu estudo.
Vejamos
amigos que conceito formou a Ciência racionalista sobre Jesus Cristo. A
ciência... Eles não admitem senão a Ciência racionalista.
Pois bem,
pois bem, diante desses homens de critério único e exclusivo
racionalista-materialista, como aparece a pessoa de Jesus Cristo, estudada por
eles de acordo com sua técnica?
Ouçamo-los
amigos agora. Que eles nos digam quem é Jesus Cristo segundo a ciência. Sua
ciência.
Vamos, por
conseguinte, ver, perante a ciência racionalista pura, perante a refinada
supercrítica, perante os que a priori, a priori, dizem ser impossível a
existência de um homem Deus, o que opina essa mesma ciência sobre Jesus Cristo.
Não
proponham argumentos escritos aos que defendem a priori ser impossível um homem
Deus. Cegos por seus princípios negam tudo quanto existe da divindade.
Que há
testemunhos? Que são autênticos? ... Negam-no a priori.
Para esses,
precisamente para esses, quem é Jesus Cristo? Está agora a resposta, vamos
ouvi-los.
Se eu,
amigos, vos submetesse, este dia, as conclusões a que esses investigadores
chegaram sobre Jesus Cristo e, confiado em minha memória, às repetisse aqui,
esperaria que todos nelas cressem, não duvidando de minha veracidade.
Mas, amigos,
agradecendo-vos essa confiança em minhas citações, não procederei dessa forma.
Minhas
ideias talvez trocassem algumas das minhas letras ou palavras que modificariam
as ideias dos textos que iria citar. Ou talvez algum de meus leitores pudesse
ser assaltado pela dúvida quanto à completa fidelidade das citações.
Por isso,
amigos, para minha tranquilidade absoluta e para a plena garantia de todos, vou
este dia escrever-vos textualmente as conclusões sobre a pessoa de Jesus Cristo
dos investigadores racionalistas mais renomados, eu aqui caro amigos, não estou
referindo-me aos meros homens da atualidade, conquanto entendo que muitos se
fizeram de estudiosos e fidedignos são também, mas com algumas ressalvas, pois,
esses que irei vos apresentar são corifeus e chefes de escolas, figuras,
portanto, de primeira grandeza.
Não quero
aqui colocar esses arlequins da ciência com suposta interpretação e ainda
achando-se no direito de pensar que sabe onde ouvem e leem qualquer livro de
segunda categoria ou um que custou R$ 100,00 (cem reais) e acham-se no seu
enredo fazer poder dizer que seu mérito é maior que os grandes que apreciaram
os estudos históricos de veracidade.
Eu aqui não
estou tratando de meros, os falsificadores, esses, que cobrem-se com uma capa
rasgada, que não é ciência, mas mero diletantismo.
O arlequim é
para o café, para o jornal.
Os que
estudam, como concebem a Jesus Cristo quando o estudam!
Não parece
que se não coloca-se ao intuito verdadeiro seja a verdade quando esta não faz
comparações e estes com outros livros.
Não é porque
eu pego um texto e encontro fora do lugar que este defina que tudo é morta e
mera, falsidade, pois, os outros determinam ser verdadeira a mensagem.
Como já
havia dito, não considero alguém só porque ler um livro de um custo que poderíamos
até defini-lo como caro ser importante, e devora-lo ser certo. Não!
Estuda
aquele que domina o grego e o hebraico: considero capacitado para esse estudo o
que conhece bem a Filologia, o manuseador de todas as bibliografias referentes
a esta matéria e aquele que, assim preparado, dedica a existência ao estudo.
Grego:
Ο Ιησούς Cristo
Cristo
Hebraico:
ישו כריסטו
Não quero
aqui dizer daquele que somente conhece o grego e o hebraico, mas aquele que
entendem o que escrevo ser verdadeiro.
Mas, esses
senhores amigos, que dizem de Jesus Cristo?
Jesus, para
Renan, com “seu perfeito idealismo, é a mais alta regra da vida, a mais
destacada e a mais virtuosa. Ele criou o mundo das almas puras, onde se
encontram o que em vão se pede à terra, a perfeita nobreza dos filhos de Deus,
a santidade consumada, a total abstração das mazelas do mundo, a liberdade
enfim”. (Renan, E. Vie de Jésus, 14, c. 15, 17, 20; e 28).
Jesus Cristo
é de uma clareza de inteligência, de uma penetração de espírito tão profunda,
de uma elevação de ideias tão sublime que, para Renan, “criou o ensinamento
prático mais belo que a humanidade recebeu”. (ibid. pág. 125).
“Ele
concebeu – continua Renan – a verdadeira cidade de Deus, a verdadeira
palingenésia, o sermão da montanha, a apoteose do fraco, o amor do povo, o
gosto do pobre, a reabilitação de tudo quanto é humilde, verdadeiro e simples.
Esta reabilitação ele a fez como artista incomparável, com caracteres que
durarão eternamente. Cada um de nós lhe é devedor do que tiver em si de melhor”.
(Ibid., pág. 294).
“Sente-se
por tudo – escreve Loisy, o apóstata modernista – em seus discursos (de Jesus),
em seus atos, em suas dores, não sei que de divino, que eleva Jesus Cristo, não
somente por sobre a humanidade ordinária, mas também por sobre o mais seleto da
humanidade”. (Le Quatriéme Evangile, 1903, pág. 72).
Para Loisy a
obra de Jesus Cristo “o cristianismo, representa incontestavelmente o maior e
mais feliz esforço até agora realizado para elevar moralmente a humanidade”. (
La Morale Humanine, págs. 185-186).
E o chefe do
racionalismo alemão, o renomado professor Harnack, que escreve de Jesus Cristo?
Para
Harnack, “a grandeza e a força da pregação de Jesus estão em que ela é, ao
mesmo tempo, tão simples e tão rica; tão simples, que está encerrada em cada um
dos pensamentos fundamentais por ela expressados, tão rico que cada um dos seus
pensamentos parece inesgotável, dando-nos a impressão de que jamais chegamos ao
fundo de suas sentenças e parábolas”.
Atenção,
amigos! Se Harnack, com a preparação científica que possuía, reconhece que,
embora estudando-as a fundo, não crê haver chegado ao âmago das sentenças e
parábolas de Jesus Cristo, que dirá o diletante? ...
E prossegue Harnack:
foi Jesus Cristo quem “pôs à luz, que primeira vez, o valor de cada alma humana
e ninguém podem desfazer o que Ele fez.
Qualquer que seja a atitude que, diante
de Jesus Cristo, se adote, não se pode deixar de reconhecer que, na história,
foi Ele [Jesus Cristo] quem elevou a humanidade a esta altura”. (Harnack, A.
Das Wesen des christentums, págs. 33 e 34).
Quem “se
esforçar em conhecer Aquele que trouxe o Evangelho, testemunhará que aqui o
divino apareceu com a pureza com que é possível aparecer na terra”. (Ibid. págs.
33.e 34).
Diante da
perfeição moral, da paz harmônica, da conduta delicada, serena, claríssima e
plena de humildade majestade de Jesus Cristo, exclama Harnack: “Que prova de
intensa paz e de certeza!” (Ibid. pág. 92).
Ah! Quisera
ter aqui lendo uns psicólogos profundos que me dissessem o que pensam do homem
que saiba ter paz na alma, e paz serena, paz de domínio, paz de tranquilidade,
apesar de todas as torturas, de todos os ódios, de todos os tormentos,
inclusive o da crucificação na cruz. Espanta amigos!
“De um só
sabemos haver unido a humildade mais profunda e a pureza de vontade mais
completa, com a pretensão de ser mais que todos os profetas que existiram antes
dele”, acrescenta Harnack (Ibid. pág. 23).
Leiamos com
a devida atenção: “O desconcertante em Jesus é que ele tinha consciência de ser
mais que um homem, conservando, contudo, a mais profunda humildade diante de
Deus”.
“É
totalmente impossível representar-se uma vida espiritual com a de Jesus” (Wernle,
P., Die Augange Unserer Religion, pág. 25).
Tal é a perfeição
que, na ordem intelectual e moral, encontram em Jesus Cristo os mesmos que não
lhe reconhecem a divindade, que Tyrrell, confessa, ao vê-lo tão superior aos
demais homens: “Eles queriam ter a Jesus por divino, em certo sentido... Ele
seria Deus à maneira de um sacerdote, de um representante, a manifestação
carnal do que Deus significa para nós... Jesus seria o mais semelhante a Deus
entre os homens (Jesus or Christ? Londres 1909, pág. 15).
Um dos maiores teólogos modernista q existiu
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/noticias-anteriores/11101-george-tyrrel-jesuita-e-teorico-do-modernismo-condenado-por-pio-x
Foi o que
escreveu J. Middleton Murry dizendo que Jesus é o mais divino dos homens –
Jesus Man of Genius, Londres e Nova York, 1926.
Para Augusto
Sabatier, o pai do modernismo francês, Jesus Cristo é a alma mais bela que
jamais existiu; sincera, pura, que conseguiu elevar-se a uma altura a que nunca
o homem poderá atingir” (Esquise d’une Philosophie de la Religion d’aprés la
psychologie et l’histoire, Paris, 1896. Les Religions d’autorité et la Religion
de l’esprit, Paris, 1903).
Houve,
amigos, na América, um homem que empregou toda a força de sua oratória e de sua
ciência em retirar de Jesus Cristo a divindade, em exibi-lo como simples homem:
Channing.
Pois este
homem, amigos, arrastado e obrigado pela evidência histórica em crítica
racionalista pura, emite este juízo sobre Jesus: “Creio que Jesus Cristo é mais
que um homem. Os que não lhe atribuem à preexistência (isto é, aceitam, de bom
grado, que Jesus Cristo, por sua grandeza, mas estabelecem entre ele e nós
profunda diferença... consideram, por isso, de maneira alguma, simples homem,
os que, como ele, negavam-lhe a divindade) não o conduza por sua bondade,
supera toda e qualquer perfeição humana” (Discours sur le caractere de Christ).
Whilhelm
Bousset, o exegeta talvez mais fora do plano da seriedade, não pode deixar de
escrever: “Jesus permanece, é certo, em relação a nós, a uma distância
insuperável... Não ousamos medir-nos com ele, nem nos colocarmos ao lado desse
herói” (Jésus, trad. Franc. Da 3ª ed. Alemã. Tubingen pág. 72).
E disse
Goethe: “Curvo-me diante de Jesus Cristo como diante da revelação divina do
princípio supremo da moralidade”.
E Rousseau
chega a dizer: “Se a vida e a morte de Sócrates são as de um sábio, a vida e a
morte de Jesus Cristo são as de um Deus”.
Que dizer
mais, amigos?
A todos os
demais homens é possível superar, mas Jesus Cristo atingiu a tal cúmulo da
perfeição intelectual e moral, possuída em tal pureza e elevação, que Renan
confessa lapidamente: “Jesus Cristo nunca será superado” (Vie de Jésus, pág.
325).
Jesus
colocado – prossegue Renan – “no mais alto cimo da grandeza humana... superior
em tudo aos seus discípulos... princípio inesgotável de conhecimento moral, a
mais alta... Nele se condensa tudo quanto existe de bom e elevado em nossa
natureza” (Ibid. págs. 4654, 468, 474).
Afirmação
que, antes de Renan, fez expressamente um dos mais encarniçados inimigos do
cristianismo, não podendo fugir à evidência que se lhe impunha, embora contra
seus preconceitos e cargas afetivas.
Strauss, a
quem me refiro, escreveu estas frases: “Cristo não podia ter sucessor que se
lhe avantajasse... Jamais, em tempo algum, será possível ascender mais algo que
ele, nem imaginar-se nada que sequer o iguale”.
Tão grandes,
embora puramente humanos, aparecem Jesus e sua obra que Renan, em que pese o
veneno destilado insidiosa e pseudocientificamente em seus livros, diante da
pressão da realidade, da qual foge em vão, exclama estas frases dignas
certamente de meditação para o incrédulo: “A Igreja, esta grande fundação, foi
certamente a obra pessoal de Jesus. Para ter-se feito adorar até esse ponto, é
necessário que ele tenha sido digno de adoração”. Notem os amigos que neste
trecho, Renan o concebe unicamente como homem, e acrescenta: “O amor não existe
sem um objeto digno de acendê-lo e nós nada saberíamos de Jesus se não fosse
pelo entusiasmo, a constância da primeira geração cristã [igreja primitiva],
não se explicam senão supondo, na origem de todo o movimento, um homem de
proporções colossais” (Vie de Jésus, pág. 463).
E ainda
diante do cadáver de Jesus, justiçado numa cruz, sente-se tão profundamente a
grandeza de Jesus que, não o crente, mas a chamada ciência racionalista deixou
escritas estas linhas, com as quais dou por terminada a lista dos testemunhos,
que nos mostram o conceito que, diante dessa ciência, gozava a pessoa de Jesus
Cristo.
Jesus Cristo
morreu; foi justificado com blasfemo, por afirmar sua filiação divina e, diante
do seu cadáver, escreveu Renan: “Repousa
agora em tua glória, nobre iniciador. Tua obra está terminada, tua divindade
fundada... Ao preço de horas de sofrimento, que não chegaram a tocar tua grande
alma, adquiriste a mais completa imortalidade. Signo de nossas contradições
serás a bandeira em torno da qual se travará a mais cruenta batalha. Mil vezes
mais vivo, mil vezes mais amado após tua morte do que durante os dias de tua
vida terrestre, há de chegar a ser a pedra angular da humanidade, de tal
maneira que arrancar o teu nome deste mundo, seria sacudi-lo em seus
fundamentos. Entre ti e Deus não há distinção possível. Plenamente vencedor da
morte, tomas posse do reino ao qual te hão de seguir, pela via real que
traçaste, séculos de adoradores” (Renan, Vie de Jésus, pág. 440).
Amigos: peço
que mediteis um momento no que acabei de escrever:
“Tomas posse do reino ao qual te hão de seguir, pela via real que
traçaste, séculos de admiradores!”...
Escrevi de
maneira a ser entendido?
Amigos, eis
ai o que a incredulidade mais incrédula, à luz da chamada Ciência, pensa de
Jesus Cristo.
Jesus Cristo
é, perante a ciência racionalista, a pessoa histórica de superioridade máxima
na humanidade.
Jesus Cristo
é, perante a ciência racionalista, a inteligência mais sublime e mais profunda,
da qual recebeu a humanidade a doutrina mais prática e mais bela, mais simples
e mais rica em conteúdo, mais consoladora e reabilitadora.
Jesus Cristo
é, perante a ciência racionalista, a pessoa sem o mínimo desequilíbrio entre
suas qualidades, todas sublimes, e em que reina a máxima harmonia intelectual,
afetiva, moral.
Jesus Cristo
é, perante a ciência racionalista, a alma mais pura e bela, serena, delicada e
plena de luz, de amor e de verdade.
Jesus Cristo
é, perante a ciência racionalista, aquele em quem se concentra tudo o que há de
nobre, puro e elevado em nossa natureza.
Jesus Cristo
é, perante a ciência racionalista, por todas as sublimes, harmônicas e únicas
qualidades que possuiu, a pedra angular da humanidade, cuja retirada sacudiria
os alicerces do mundo da vida.
Amigos, a
ciência racionalista, investigando seriamente, viram-se obrigada a confessar, através
de todos seus grandes estudiosos de todas suas escolas, que Jesus Cristo é esse
que acabais de ler. Esse sim. Mas Deus, não.
Esse, sim,
amigos. O máximo em sabedoria e moral, o máximo em retidão, o máximo em
justiça, o máximo em verdade. Eis o que concede a ciência racionalista a Jesus
Cristo. Mas Deus, não.
E como fica
tranquila a ciência, a racionalista, como que aliviada dum remorso que a
perseguia, quando concede isso a Jesus !
Sim. Se fosse
lógica, séria a cientifica, ela deveria reconhecer que Jesus Cristo é Deus.
Mas, tendo que negar-lhe a divindade contra toda lei de ciência critico-histórica,
cega pelas densas névoas que ela própria, de modo afetivo, foi criando, não
regateia nada do mais sublime que se possa conceber, contando que não exceda os
limites do puramente humano.
E assim
procedendo, os racionalistas como que fazem calar os gritos da verdade
histórica que clama: “Não sois sério, não sois científicos, não sois autênticos
no tratamento do problema mais vital da humanidade; claudicais diante de vossos
apriorismos. Isso não é ciência”.
E como que
respondendo a essa voz atormentadora, semelhante a horrível pesadelo,
respondem: “Deus, não. Mas em compensação, já confessamos que o maior na ordem
intelectual, o maior na ordem moral, o maior na ordem afetiva, o maior da
humanidade existente e por existir, isso sim, isso é Jesus Cristo”.
A troco de
negarem que Jesus Cristo é Deus, não lhes importa conceder-lhe o que concedem.
Negar, com todas as forças, que Jesus Cisto seja Deus, mas exaltá-lo como homem
até o ideal.
Mas, reparai
amigos: é precisamente daquilo que concedem a Jesus Cristo enquanto homem que
se conclui de maneira intuitiva, ser ele Deus.
Precisamente
pelas perfeições que a ciência racionalista atribui a Jesus Cristo, enquanto
homem, negando-o ser Deus; precisamente por essas concessões é que se deduz,
claramente, que Jesus Cristo é precisamente Deus.
Vejamos
amigos, a prova.
Há
argumentos difíceis de expor, porque possuem conceitos delicados, que talvez eu
não consiga expressar com a necessária clareza, mas agora, hoje não preciso
esforçar-me.
Existem,
talvez, aqui pessoas como o motorista que leem: o operário, o comerciante
metido com seus negócios, o jovem que vem do comércio ou dos bancos, que
poderiam dizer-me: “Galhardo, não estou habituado a determinados raciocínios...”.
Mas hoje,
desde o operário até o intelectual vão entender-me.
Esse Jesus
Cristo, amigos, disse que Deus Pai e Ele eram uma e a mesma coisa – que Ele era
o Filho de Deus – que antes que Abraão Ele já tinha existência – que Abraão
desejou ver o seu dia – que Ele era maior que Salomão – que aquele que, por Ele
não abandonasse os pais e tudo quanto possuísse (riquezas, ou até mesmo o que
tivesse), não entraria no reino dos céus – que Ele voltaria para julgar, no dia
do juízo final, a humanidade toda...
Disse tudo
isto repetidas vezes, asseverando, exigindo que acreditassem no que dizia. Disse-o,
amigos, quer particularmente, quer em público. Disse-o, amigos, como tal
clareza e tão categoricamente que, por dizê-lo, levaram-no à cruz.
Eis agora o
meu raciocínio. Entendei-me um momento; o fulgor da razão.
Se Jesus
Cristo não era o Filho de Deus, se não era maior que Salomão, nem anterior a
Abraão, nem possuía todo o poder no céu e na terra; se não era o Juiz da
humanidade e acreditou nisso, observai bem, amigos, Jesus Cristo não passava,
então, dum paranoico vulgar. Um infeliz e delirante megalomaníaco. Um tipo
digno de um manicômio.
E se não
acreditou no que dizia, mas sabendo que não era nem Filho de Deus, nem nada de
quanto afirmou, afirmou-o e reafirmou-o, ameaçando de condenação eterna aqueles
que não acreditassem em suas palavras, então Jesus Cristo foi um embusteiro,
Jesus Cristo foi um impostor. Um tipo digno de um cárcere.
Jesus
Cristo, amigos, se não foi Deus, como afirmava, foi um louco ou um impostor,
foi um delirante ou um embusteiro.
Evidente como
a própria evidência, amigos.
Mas ciência racionalista,
que nos disseste, como prova ciência, de Jesus Cristo?
Como
insististe, a troco de negar-lhe a divindade, ser Jesus Cristo a inteligência mais
sublime e mais profunda, mais equilibrada e harmônica que já existiu e pode
existir no domínio intelectual?
Logo, se a
perfeição sublimada, no intelectual, foi Jesus Cristo, não foi ele um
delirante, não foi ele um paranoico, não se enganou.
Como
insististe, ciência racionalista, a troco de negar a Jesus Cristo a divindade,
haver sido ele a pessoa de moral mais pura e elevada, a retidão plena de luz e
de verdade?
Logo, se a
perfeição sublimada, na ordem moral, foi Jesus Cristo, não foi ele um vulgar e refinado
impostor ou embusteiro.
Logo,
amigos, se Jesus Cristo não se enganou, e se Jesus Cristo não se enganou, e se
Jesus Cristo não enganou e se Jesus Cristo, séria e repetidamente, afirmou ser
Deus, Jesus Cristo é Deus.
Deus, ou
louco, ou impostor. Eis o dilema.
Jesus Cristo
louco? Ciência racionalista: repete agora o que concedeste à pessoa intelectual
de Jesus Cristo. Foste, no entanto, a primeira a confessar que Jesus Cristo não
foi um louco.
Impostor Jesus
Cristo? Ciência racionalista: repete agora o que concedeste à pessoa de Jesus
Cristo. Foste, no entanto, a primeira a confessar que Jesus Cristo não foi um
impostor.
Deus, ou
louco, ou impostor, isso é Jesus Cristo.
Perante a ciência
pura racionalista, Jesus Cristo é a suma sabedoria, a suma moral, a suma retidão,
a suma verdade. Logo, não é louco nem impostor.
Deus, ou
louco, ou impostor.
Jesus Cristo
não é louco nem impostor; logo, amigos, perante a própria ciência racionalista,
Jesus Cristo é Deus.
Jesus Cristo.
Agora sim, Jesus Cristo pode repetir aquela frase que, em vida, saiu de seus
augustos lábios: “Mesmo quando sou eu próprio quem dá testemunho de Mim, o meu
testemunho é verdadeiro” (João 8. 13 e 14).
Crede-me,
disse Jesus Cristo, eu sou Deus!
Amigos:
terminei e convido-vos a pensar.
Escrevi outro
dia, Jesus Cristo na profecia e vimos convergir em Jesus Cristo, como e ponto
concêntrico, verificadas e realizadas, todas as profecias no decurso de vários
séculos.
Apresentei-vos
Jesus Cristo perante a historia e recordai-vos de que não existe monumento
literário nas obras clássicas do universo, que tenha a certeza histórica de que
gozam os Evangelhos; recordai-vos do testemunho
autorizado e insuspeitos de Westcott em favor dos Evangelhos, afirmando que a
alteração que neles pudesse haver não passaria de uma milésima parte do seu
todo.
Vede, hoje,
amigos, Jesus Cristo diante da ciência racionalista que, de maneira a não
deixar dúvida, conclama a impossibilidade de ser tido como louco ou como
embusteiro.
Donde, a
conclusão, amigos... Desejais tirar a conclusão?
Quando em
agora no momento, mesmo diante de outrora apresentação no youtube, ocorreu-me
uma passagem do Evangelho:
Certo dia,
rodeado pelos seus, Jesus Cristo perguntou-lhes: “Que dizem os homens quem eu
sou?”.
E os
discípulos, passaram a transmitir-lhes as opiniões que, a Seu respeito, tinham
os homens.
Hoje imagino
Jesus Cristo repetindo a mesma indagação:
- Que dizem
os homens quem eu sou? Que diz a ciência racionalista?
E logo,
voltando-se para nós, como fizera aos seus, faz-nos a pergunta definitiva: - E
vós, quem dizeis que eu sou?
Amigos, a
resposta cabe a vós. Pensai.
Quereis pensar
a respeito? Não é uma questão de Bíblia Sagrada contenha um mínimo de erros,
pois isso é normal em toda escrita e escritor visto nos tempos outrora a
correção era difícil. Mas a apresentação foi fazer descortinar os horizontes e
conhecer a verdade. Desejais meditar sobre este problema?
Pensai.
Estudai. [G].
http://igrejaremanescente-igrejaremanescente.blogspot.com.br/* Serão permitida reprodução total quanto parcial, onde poder ser incluídos textos, imagens e desenhos, para qualquer meio, para sistema gráficos, fotográficos, etc., sendo que, sua cópia não seja modificada nem tão pouca alterada sua forma de interpretação, dando fonte e autor do mesmo. P.Galhardo.
Nenhum comentário :
Postar um comentário
A verdade é doce, porém doe. A abelha produz mel que é gostoso ao paladar, mas sua picada causa dor.